Impulsionado pelo transporte aéreo, faturamento foi de R$ 208 bilhões em 12 meses
O ano de 2022 foi de recuperação para o turismo brasileiro, que cresceu 28% entre janeiro e dezembro. O faturamento do segmento chegou aos R$ 208 bilhões no período – R$ 45,4 bilhões a mais quando comparado a 2021. Só no mês de dezembro, início das férias escolares e período de alta temporada, o crescimento foi de 14,4%. Os dados são do levantamento mensal do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Todos os setores analisados pelo estudo registraram alta tanto na variação anual quanto no acumulado do ano. Destaque para transporte aéreo, que cresceu 65,2%, em 2022, e 21%, em dezembro. O faturamento de R$ 66,5 bilhões, em 12 meses, é R$ 26,3 bilhões superior ao registrado no ano anterior. O fim das restrições causadas pela covid-19, o aumento da demanda e a maior quantidade de assentos ofertados propiciaram este crescimento. Por outro lado, vale lembrar que parte disso se deve à inflação das passagens aéreas, que, no ano passado, tiveram reajuste médio de 23,5%, segundo o IBGE. Isso, porque a guerra na Ucrânia fez disparar o custo do querosene de aviação, variável fundamental na formação de preços ao consumidor.
Outro destaque ficou por conta do grupo de alojamento e alimentação, com incremento de 23,3% entre janeiro e dezembro do ano passado, faturando R$ 59,2 bilhões – um crescimento de R$ 11,2 bilhões em relação ao ano anterior.
Novo perfil
De acordo com a FecomercioSP, ao longo do ano passado, percebeu-se a substituição do modal aéreo para o terrestre rodoviário. O setor encerrou o ano com alta de 13,9% e faturamento de R$ 34 bilhões – em dezembro, o crescimento foi de 12,9%. Além disso, houve uma mudança gradual do perfil do público consumidor, com famílias buscando destinos de curta e média distâncias, via ônibus ou veículo próprio, de forma a reduzir o custo médio da viagem.
As demais elevações foram observadas no grupo de atividades culturais, recreativas e esportivas (16,7% no ano) e no grupo de locação de veículos, agências e operadoras de turismo.
A expansão mais forte foi registrada ao longo do segundo semestre, consolidando-se ao entrar em 2023 no mesmo ritmo. Apesar das adversidades, o turismo será o grande destaque do ano, pois as famílias voltaram a fazer um planejamento de roteiro mais seguro, bem como as empresas estão ampliando os gastos com viagens e eventos, aponta a FecomercioSP.
De acordo com o assessor técnico do Conselho de Turismo da FecomercioSP, Guilherme Dietze, o ano de 2022 trouxe boas notícias para o setor, expressas na análise do faturamento e, especialmente, na identificação da importância das viagens tanto para a realização de objetivos empresariais (negócios e eventos) quanto para o bem-estar dos indivíduos (lazer).
“Integrar viagens aos orçamentos passa a ser uma característica das famílias brasileiras de classe C, ao passo que a busca por diversificação de mais destinos e segmentos se torna um atributo das classes A e B. O desafio para 2023 é ampliar a oferta de produtos e serviços com preços diferentes para atender a uma base maior de clientes e, possivelmente, atender ao mercado internacional, que pode voltar a considerar o Brasil uma opção”, afirma.
Nota metodológica
O estudo é baseado nas informações da Pesquisa Anual de Serviços e dados atualizados com as variações da Pesquisa Mensal de Serviços, ambas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números são atualizados mensalmente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e foram escolhidas as atividades que têm relação total ou parcial com o turismo.
Para as atividades que têm relação parcial, foram utilizados dados de emprego ou de entidades específicas para realizar uma aproximação da participação do turismo no total.
A FecomercioSP reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.
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