Sergio Augusto Carvalho

O Mundial do Queijo do Brasil realizado mês passado em São Paulo não gerou a grande repercussão esperada, mas solidificou a situação do Brasil diante do mercado mundial do produto. Participaram 14 países. Foram julgados 2.000 queijos por 300 membros do Juri. Além dos queijos, também competiram outros derivados do leite (vaca e cabra). 

Apesar de não ter enfrentado as principais feras do queijo mundial, os brasileiros brilharam e surpreenderam os queijeiros estrangeiros que vieram para o evento. Isto significa que o Brasil está caminhando na estrada certa e pode vir a ser, em pouco tempo, um gigante na produção mundial de queijo, especialmente o queijo artesanal. 

Os queijos de Minas surpreenderam por não colocar seus mais famosos produtos no topo da lista, mas, no geral, foram os mais premiados. O campeão mundial foi um queijo de Santa Catarina, “Morro Azul” da cidade de Pomerode (beleza de lugar) da fazenda que leva o nome da região. Não foi um queijo com a marca do queijo brasileiro: queijo azul é produto secular europeu, especialmente da França e Itália. Pois o “Morro Azul” conseguiu igualar sua qualidade à dos Gorgonzolas (leite de vaca) e Roquefort (leite de cabra) e bateu, no desempate o suíço “Le Gruyère AOP”, que também ganhou a nota máxima da competição: 6,13 – de 7 possíveis (99 pontos).

A Vermont Queijos, produtora do “Morro Azul”, explica assim como é produzido o seu campeão (que em 2023 também foi premiado no World Cheese Awards): “Ele é salgado e posteriormente envolto em uma cinta de madeira, que garante estrutura e ajuda na composição do aroma e sabor. O Morro Azul é um queijo muito suave e muito cremoso. Notas amanteigadas e lácteas são predominantes”. Há algum tempo eu conheço os produtos da Vermont e, realmente sei que levam essa missão muito a sério! Produz ótimos queijos não apenas os que têm a cara do Brasil, mas principalmente os de origem europeia. O “Morro Azul” pesa cerca de 130g e custa R$30,00. 

O mineiro melhor avaliado veio da Serra da Canastra: o “Queijo Terroir de Seritinga”. Ele ganhou 99 pontos de 100 possíveis e ficou com uma das Medalhas Super Ouro. Outros dois mineiros receberam a Medalha Super Ouro, nove ganharam a Ouro, dez a de Prata e 13 de Bronze. 

O “Terroir de Seritinga”, é produzido numa grande fazenda de Seritinga, Sul de Minas, propriedade do queijeiro Aurélio Arantes. Ele teve outros dois produtos seus premiados com as medalhas de Ouro e Prata. Há quase 80 anos (desde 1940) a família se dedica à produção de queijos artesanais, influenciada pela chegada à região de dinamarqueses que fugiram dos horrores da II Guerra Mundial na Europa. Eles implantaram sua cultura queijeira em Seritinga motivados pelas características geográficas e climáticas da Serra da Mantiqueira. Hoje, a fazenda de Aurélio Arantes tem um rebanho que fornece 15 mil litros de leite por dia!

Com os elogios feitos pelos estrangeiros que participaram do evento, o Mundial do próximo ano pode até dobrar o número de participantes de outros países e fortalecer o interesse dos brasileiros pela produção em alta qualidade dos queijos brasileiros. Caminho que já vem sendo seguido pelos produtores de Vinho no Sudeste e Sul do Brasil.

sergioamc@uol.com.br

 

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Carlos Alberto Teixeira de Oliveira

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