Turismo

Xenofobia repercute no turismo

Paulo Queiroga

A aversão ao estrangeiro tem se tornado comum em nações desenvolvidas. Suas origens e sintomas se assentam em guerras e na desigualdade social e econômica das populações dos países emissores, que buscam oportunidades através da imigração.

O sentimento de xenofobia é alimentado pelo argumento de que o imigrante retira ou diminui oportunidades dos nativos e causa desequilíbrio na estrutura social e aumento de gastos públicos das comunidades receptoras.

Outra razão, não menos importante, que reforça a xenofobia se dirige ao turista. São as diferenças culturais em relação às comunidades locais. Essas, embora reconheçam a importância econômica do visitante, se sentem invadidas em seu cotidiano por ordas de turistas com culturas e hábitos diferentes dos seus.

A aversão a estrangeiros é visível, especialmente, nos destinos de turismo em massa nos grandes centros receptivos como Paris, Nova York, Londres, Roma, até mesmo Lisboa em Portugal.

O viajante brasileiro, em geral, tem sido, ao mesmo tempo, autor e vítima deste fenômeno sociológico mundial, muito em razão de seus próprios hábitos e costumes em terras estrangeiras.

Com isso, não estamos criminalizando o comportamento do brasileiro e nem caindo no falso argumento do generalismo. Mas, todos nós que cruzamos fronteiras internacionais com frequência já nos deparamos alguma vez com grupos de viajantes, os quais, imediatamente, identificamos como brasileiros, não só pela língua, mas, pela expansividade da expressão corporal, o volume da voz e por uma certa ausência de formalismo, muitas vezes exigido em terras estrangeiras. A sensação que se passa para o observador externo é que o brasileiro fica tão à vontade no exterior, que se sente o “dono do pedaço”

O Huffington Post, um site estadunidense de notícias, que tem mais acessos do que o jornal New York Times, relatou algumas regras pessoais mais recomendadas, quando se visita a casa do anfitrião no exterior.

Nós as reproduzimos aqui, até mesmo como um serviço de utilidade pública, lembrando que se aplicam a comportamentos individuais, mas podem ser observadas também por grupos de viajantes:

ÍNDIA 

É uma prática comum o anfitrião servir um copo de água e o convidado bebê-la. Os sapatos são deixados do lado de fora da casa e, antes de entrar, cumprimentar o seu anfitrião com um beijo no rosto. Quando o alimento é servido, não espere que a bebida alcoólica seja servida junto. E não espere que seu anfitrião aceite um não como resposta para um segundo prato. Se você simplesmente disser ‘não’, ele não vai parar. Segure sua barriga com a mão para mostrar que você está realmente satisfeito.

INGLATERRA

Os britânicos podem não ser os melhores anfitriões. Há três regras: Primeiro, traga bebida suficiente para si e algumas extras de presente para o anfitrião. Uma garrafa para um casal não é suficiente. Se entrar em uma casa com carpete, tire os sapatos. E quando a festa acabar, retribua com um convite.

ITÁLIA

Quando você estiver na casa de alguém, nunca peça uma colher para comer espaguete ou outros tipos de massas, exceto para o minestrone. Deixar comida no prato também não é nada recomendado.

FRANÇA

Leve sempre algo quando for convidado a uma casa francesa. Vinho, sobremesa, doces ou flores são bem-vindos, mas o melhor presente é o Champanhe.

CANADÁ

A população diversificada do Canadá torna mais difícil para você acertar essas regras universais, mas lembre-se de que você deve chegar sempre com algum sinal de agradecimento. Depois, ofereça ajudar na limpeza, mesmo se o seu anfitrião recusar. A festa, de qualquer forma, normalmente termina na cozinha.

ALEMANHA

Os alemães esperam que você seja pontual. Um atraso de mais de 15 minutos para o jantar é realmente falta de educação.Também é bom ressaltar: quando levar álcool, jamais escolha cerveja. E não se sinta muito em casa.

MAGREBE

Em todo o Magrebe, que inclui Marrocos e Tunísia, você deverá levar algo, mas tenha cuidado com o vinho. A menos que você tenha certeza que o seu anfitrião beba, isso pode ofender as pessoas que não o fazem. Algo doce é uma ótima pedida. Como convidado, você não terá permissão para ajudar na limpeza, mas se o fizer, evite jogar pão no lixo. O pão tem um lugar sagrado na cultura Magrebe.

GRÉCIA

Como convidado, você nunca deve chegar com as mãos vazias. Os presentes mais comuns incluem bebida alcoólica, sobremesa ou plantas. Se o evento é um jantar, esteja preparado para esperar até que todos os convidados cheguem.

ESPANHA

Na Espanha, um convite será quase sempre para às 9 da noite ou mais tarde. E você faz bem em não aparecer antes disso. Esteja preparado para beber a partir do momento que você chega, até depois que a sobremesa for servida. É importante que a conversa nunca morra. Um silêncio de até 10 segundos significa fracasso.

COREIA DO SUL

Na casa de um coreano, sempre tire os sapatos e “faça elogios sobre o lugar. E não importa o quão deliciosa a comida possa parecer, deixe seu anfitrião dar a primeira mordida. Se a comida não for boa, diga que estava ótima e tente comer tudo.

JAPÃO

Fale baixo. Muito barulho na casa de alguém, especialmente à noite, é visto como falta de consideração, pois pode causar problemas com seus vizinhos. Tóquio é uma cidade superlotada e você precisa ficar quieto.

ARGENTINA

Coisa importante em um encontro argentino é que você nunca deve sair da casa sem beber uma xícara de café ou uma rodada de “mate”. Esse é o momento mais especial do dia, em que os amigos abrem seus corações e compartilham seus sentimentos. É como dar a todos um grande abraço.

MÉXICO

Em uma casa mexicana, prepare-se para comer como se fosse o fim do mundo e para passar bastante tempo lá. Mesmo que seja tarde e todo mundo pareça estar com sono, ninguém estará disposto a ir para casa.

CUBA

Tal como os seus conterrâneos da América Latina, a pontualidade não é importante em Cuba. O que é importante é você aparecer com um sorriso. 

PORTO RICO

Se você for convidado para um evento às 6 da tarde na casa de alguém em Puerto Rico, esteja lá às 7h e vá preparado para beber café. Também é importante ter em mente que lá se fala muito alto, mas isso não significa que estejam discutindo.

ESTADOS UNIDOS

Alguém aparecer na casa de algum norte americano sem aviso pode ser desagradável. Avise-os com antecedência e seja claro sobre quanto tempo você pretende ficar, principalmente, se for por mais do que uma noite.

Antes de viajar, procure conhecer os hábitos de seu anfitrião.

Cremos estar contribuindo, ainda que de forma incipiente, para atenuar o sentimento de xenofobia contra basileiros. Boa viagem!

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