1. Vinhos da Morávia
Cada vez mais turistas escolhem passar as férias andando de bicicleta pela magnífica paisagem da Morávia do Sul, descobrindo tesouros arquitetônicos, parando na infinidade de vinícolas e desfrutando do melhor que há na região. Percorrem terras ensolaradas, com a tradição vitivinícola de muitos séculos, com prados floridos, castelos luxuosos e as bodegas centenárias.
A Morávia do Sul é cortada por mais de 1.200 km de trilhas demarcadas, conhecidas como as Rotas do Vinho da Morávia. Elas passam pela paisagem intocada da região, que, em geral, é moderadamente ondulada, com alguns belos mirantes, e com diversas adegas entre as mais importantes cidades vinícolas. Durante a maior parte do percurso se percorre estradas tranquilas e caminhos florestais.
Antes de sair em busca do aroma inebriante do vinho da Morávia do Sul, convém obter o mapa do percurso, com todas as informações sobre longitude, terreno, grau de dificuldade e curiosidades ao longo do trajeto, bem como dados sobre cada uma das vinícolas pelo caminho.
Aproveitando cada quilômetro
A Rota de Kyjov, para ciclistas mais ambiciosos, atravessa uma paisagem ondulada com colinas e muitas encostas íngremes e longas descidas. Por esta rota, que passa pela Morávia Eslovaca, onde pode provar nas adegas locais, por exemplo, as excelentes variedades de vinho Moscatel da Morávia ou Pinot Gris. Já a estrada Strážnice segue um caminho plano pelos belos arredores dos Cárpatos Brancos. No caminho, é possível provar a variedade local de Riesling ou Vert Silvaner e também a vila de Strážnice, com um fantástico museu ao ar livre de casas tradicionais.
Mikulov espera por você
No meio de uma bela paisagem coberta de vinhedos e costões brancos, está localizada uma cidade de conto de fadas, Mikulov. Aqui você pode admirar inúmeros monumentos históricos, andar de bicicleta e explorar os arredores ou simplesmente sentar e desfrutar de um copo de excelente vinho. Em resumo, Mikulov é uma cidade indispensável durante um passeio pela Moravia do Sul.
O ponto dominante da cidade, imperdível, é o palácio barroco, com sua localização no topo de uma rocha. No palácio, não deixe de ver, entre outras exposições, a adega histórica com tudo sobre a tradição centenária de cultivo de vinhas nesta região. Na praça principal, pode-se ver as casas ricamente decoradas e o majestoso Túmulo do Dietrichštejn. Além disso, se pode fazer uma excursão à colina Svatý kope?ek, nas proximidades, que oferece uma vista fantástica da paisagem harmônica entre Mikulov e Viena.
Tesouros da humanidade em uma rota
A Rota de Znojmo, com 165 km, é a mais longa de todas. Ao longo do caminho, você tem a oportunidade de saborear uma mistura perfeita de vinhos aromáticos requintados e monumentos culturais únicos. Na cidade histórica de Znojmo, está a famosa adega pintada Šatov e as fascinantes ruínas do mosteiro gótico de Dolní Kounice.
A Rota Mikulov leva à maravilhosa área de Lednice-Valtice que, por sua beleza espetacular, é chamada de Jardim da Europa e foi inscrita na lista da UNESCO. Para quem gosta de vinhos tintos, a melhor escolha é a Rota de Velké Pavlovice, que passa pela paisagem moderadamente ondulada de Modré Hory, as Montanhas Azuis.
- A fonte secreta de Karlovy Vary
Que gosta de licores de ervas deve visitar a cidade termal de Karlovy Vary. Além de tudo o que este grande destino oferece, é possível descobrir o sabor e a história por trás de outra das bebidas mais emblemáticas da República Tcheca: a Becherovka.
Ela é a personificação perfeita da elegância do spa, com suas colunatas ostensivas, clínicas exclusivas e uma esplêndida localização geográfica no meio de um vale coberto de floresta. A cidade mais importante do famoso triângulo de spas, visitada pelas personalidades mais famosas da vida artística e social da Europa, é hoje o segundo lugar mais visitado da República Tcheca. Devido à sua arquitetura original, é um dos mais belos balneários do velho continente.
Diz a lenda que a cidade de Karlovy Vary foi fundada pelo rei tcheco e imperador românico Carlos IV já no século XIV. Conta-se que o governador descobriu as prodigiosas águas minerais enquanto caçava um veado. Ao longo dos séculos, uma cidade termal cresceu no local, cuja fama logo se espalharia para além das fronteiras da Boêmia e se tornaria um símbolo de charme e status. Grandes personalidades como Goethe, Beethoven, Gogol, Paganini, Casanova, Mozart se revezaram aqui, mas também dezenas de grandes representantes do Estado de todo o mundo e ultimamente também inúmeras estrelas de cinema, já que Karlovy Vary é palco de um dos filmes festivais mais importantes da Europa.
Becherovka, o segredo da água da cidade
A bebida alcoólica de ervas de Karlovy Vary tem uma longa tradição. Foi introduzida no mercado já em 1807, desfrutando de extraordinária popularidade desde então. A porcentagem de álcool em Becherovka atinge aproximadamente 38%.
Seu sabor requintado é devido às águas Karlovy Vary, álcool de qualidade, açúcar natural e uma mistura de 32 ervas e especiarias com um sabor amargo específico. A receita do licor de ervas é um segredo bem guardado conhecido por apenas duas pessoas na fábrica que produz Becherovka. O licor é bebido frio, mas também é um ingrediente favorito na mistura de diferentes coquetéis, como o popular “Beton”, que combina Becherovka com tônica. Eles também podem combinar o licor com Coca-Cola ou suco. O Museu Jan Becher que se encontra no local da primeira fábrica e mostra a história e a preparação da Becherovka, mas também oferece degustação da Becherovka original ou das outras variedades feitas ali.
- Slivovice, o rum tcheco
Falando de tradições não se pode deixar de mencionar o licor local Slivovice. Este destilado é, geralmente, feito de ameixa, é incolor e tem uma potência alcoólica elevada.
Diz a tradição que uma dose desta bebida pela manhã afasta todo o mal do corpo e da mente. Acredita-se que isso venha de um costume do século 13, onde os destilados eram sinônimo de prevenção de doenças contagiosas, como a peste.
Ao longo dos anos, a história dos destilados se desenvolveu, e particularmente o Slivovice aparece na época do comunismo na República Tcheca. Dadas as condições do mercado, não havia grande variedade de frutas disponíveis. Quando se cansaram de comer sempre a mesma coisa, os tchecos pararam de consumi-los e, para evitar que fossem desperdiçados, começaram a destilá-los, criando a receita desta bebida emblemática.
- Kofola
Há 50 anos, Kofola tem sido mais um elemento da identidade tchecoslovaca. Essa bebida à base de cola surgiu especificamente para combater a capitalista Coca-Cola. Sobreviveu à Revolução de Veludo e logo conquistou o paladar das novas gerações de tchecos.
Cada país tem seus próprios produtos e marcas, que fazem parte da idiossincrasia nacional, mas poucos são capazes de competir com uma gigante multinacional como a Coca-Cola.
A Kofola tcheca é a cola mais vendida na Eslováquia e, na República Tcheca, ocupa o segundo lugar depois de sua rival vermelha e branca.
Aliás, diz-se que quem gosta de Kofola não gosta de Coca-Cola e vice-versa. O refrigerante tcheco, inventado em 1960, longe de ser uma imitação, é uma bebida com personalidade própria e sabor característico, que simplesmente apaixona ou não, como descreveu o porta-voz da fabricante, Martin Klofanda.
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