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Os políticos sempre estão a um passo à frente da sociedade, no sentido de tramar maneiras para se perpetuarem no poder. É o que está acontecendo agora. Os partidos mudaram os nomes, mas são os mesmos, com as mesmas ideias, práticas e pessoas.
 
A reforma política não tem nada de reforma, foi um remendo, uma maquiagem para enganar o eleitor. A tal reforma beneficia apenas eles próprios que estão no poder. A começar pelo indecente Fundo Partidário, que vem aumentando a cada ano e hoje chega a dois bilhões de Reais. Teoricamente a ideia é boa para democratizar as eleições, mas o valor é abusivo e somente alguns escolhidos pela cúpula
partidária ganham uma parte do bolo.
 
Na última eleição, pelo menos metade dos 53 deputados federais por Minas Gerais torraram 10 milhões para se eleger; agora vão gastar mais ainda. São votos comprados com práticas que nem imaginamos, coisa de profissional do submundo da política.
 
Agentes públicos, por exemplo, ameaçam cancelar o auxílio dos beneficiários de programas governamentais, caso não consigam na região em que vivem um número mínimo de votos para o candidato que ele apresenta. É por essas e outras que há políticos que a gente não entende como conseguem ser eleitos.
 
O eleitor também se vende ou se ilude por pouco. Se o deputado consegue verba para um ginásio, ou uma obra qualquer, já é motivo para voto. Não compreendem que um trabalho honesto e sério de um parlamentar pode representar uma mudança significativa no país.
 
Por isso que deputados e senadores praticamente viraram vereadores, no sentido de atender o eleitor nas demandas locais. Isto diminuiu
a importância legislativa, que deveria ser focada para as questões mais gerais e estratégicas do Brasil.
 
O que poderia melhorar esta triste realidade seria o voto distrital misto. O deputado distrital cuidaria dos problemas mais imediatos da região, enquanto o deputado de voto amplo, no Estado inteiro, teria o foco mais nacional.
 
Outra vantagem do voto distrital a redução dos custos de campanha, que poderia ser feita com um carro, enquanto hoje boa parte dos eleitos usaaviões e helicópteros particulares. Um político que gasta esta fortuna vai querer compensar depois com esquemas corruptos, como indicações para cargos onde ele possa faturar o quanto puder.
 
Eles não estão interessados em mudar o país. Alguns são verdadeiros office boys de luxo de empresas ou grupos políticos que patrocinam
a sua campanha. Enfim, sem muito dinheiro não se elege, a não ser que seja uma celebridade na TV, ligado a uma igreja ou a uma poderosa entidade. Proporcionalmente, o povo mesmo não é representado como deveria.
 
O resultado é que ao invés de parlamentares, o Congresso acaba virando uma instituição de lobistas profissionais, lutando por interesses próprios. Assim, qualquer um que seja eleito presidente da República vai ter que enfrentar um Congresso que vai barrar mudanças que contrariem os seus patrocinadores.
 
O presidente eleito tem que ser muito capaz e fazer o máximo possível no primeiro ano de mandato antes de virar refém do Congresso. Senão vai acabar como o governo de Michel Temer, que ele próprio intitula de semi-presidencialismo. Graças a esta prática, Temer conseguiu sobreviver a duas denúncias e aprovar apenas reformas tímidas, embora importantes, como a trabalhista.
 
O mais triste é que milhares de brasileiros estão perdendo a esperança e desistindo do Brasil, principalmente aqueles que têm capital para
investir fora. Miami e Portugal estão abarrotados de brasileiros investindo e abrindo novos negócios, deixando de gerar riqueza e empregos em nosso país. Se as pessoas capazes e de bem, que realmente amam o Brasil, continuarem a ir embora, não teremos mais solução.

 

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