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Ao final de 2012 e início de 2013, a expectativa inicial da Associação Paulista de Supermercados (APAS) no que diz respeito ao crescimento para este ano no setor supermercadista girava em torno de 5 a 5,5%. Entretanto, o processo inflacionário que assolou a economia brasileira ao longo do primeiro semestre impactou diretamente no poder de compra da população e, consequentemente, as vendas sofreram um decréscimo em virtude da alta generalizada dos preços, o que trouxe novas projeções para o fechamento do ano. Neste contexto, a expectativa de crescimento para o setor, já no mês de maio, girava em torno de 4,5%, o que deve ser confirmado até o final de 2013. Até o momento, o setor supermercadista apresenta um crescimento real aproximado de 3% em relação a 2012.

Abaixo, uma projeção sobre alguns dos produtos mais comercializados nesta época do ano:

 

Carnes bovinas

Os preços devem apresentar um decréscimo de 2% em relação a 2012. Este resultado está diretamente relacionado à maior disponibilidade do produto no mercado interno – diante do crescimento da demanda internacional, porém, ainda abaixo do seu potencial, em virtude do cenário econômico mundial incerto. A expectativa de redução dos preços só não foi maior pois alguns fatores relacionados à oferta e disponibilidade das carnes afetaram o setor neste ano, tais como o aumento do preço internacional do trigo e a desvalorização cambial, que afetaram o preço deste produto, que, por sua vez, é importado e serve de base para a ração animal dos bovinos.

 

Carnes suínas

Os preços devem apresentar um decréscimo de 1% em relação a 2012. Este resultado está diretamente relacionado à maior disponibilidade do produto no mercado interno – diante do crescimento da demanda internacional, porém, ainda abaixo do seu potencial, em virtude do cenário econômico mundial incerto. A expectativa de redução dos preços só não foi maior em função de alguns fatores relacionados à oferta e disponibilidade das carnes, que afetaram o setor neste ano, tais como o aumento do preço internacional do trigo e a desvalorização cambial, que afetaram o preço deste produto, que, por sua vez, é importado e serve de base para a ração animal dos suínos.

 

Aves

Os preços devem apresentar um acréscimo de até 4% em relação a 2012. Este resultado está diretamente relacionado aos custos de produção – que se elevaram ao longo de 2013 -, em virtude do aumento nos custos da ração destes animais, aliado ao aumento na demanda no mercado interno.

 

Pescados

Os preços devem apresentar um acréscimo de até 3% em relação a 2012. Este resultado também está diretamente relacionado aos fatores de produção. Porém, vale ressaltar que o preço será elevado em uma proporção muito inferior a inflação brasileira no período – estimada em torno de 6%.

 

Panificados

Os preços devem apresentar um acréscimo de até 10% em relação a 2012. Este resultado está diretamente relacionado aos custos de produção advindos do aumento do preço do trigo, da mão de obra e demais custos de produção, tais como aluguel, entre outros. Desta forma, será um dos itens com maior índice de reajuste.

 

Frutas

Os preços devem apresentar um acréscimo de até 7% em relação a 2012. De modo geral, os itens relacionados às festas de fim de ano terão um aumento próximo ao verificado no índice oficial de inflação brasileira (IPCA), algo em torno de 6%. Este resultado exclui determinados produtos que apresentam demanda sazonal mais elevadas, tais como as frutas de época. Em relação a dezembro de 2012, a alta dos preços deve ser a seguinte nos produtos abaixo:

• Peru: 8%

• Bacalhau: 4%

• Uvas: 15%

• Colomba: 6%

• Vinhos: 1,5%

 

As bebidas não alcoólicas devem apresentar alta de até 6% nos preços em relação a 2012, e as bebidas alcoólicas, por sua vez, devem apresentar um acréscimo de até 7% nos preços se comparado ao mesmo período. A variação dos preços das bebidas também estará próximo ao índice oficial de inflação brasileira (IPCA), o que indica uma relação direta com o repasse da inflação ao longo do ano, decorrentes de reajustes na matéria-prima e demais custos de produção (como a mão de obra, por exemplo).

 

Empregos no fim de ano

O setor supermercadista emprega cerca de 1,9 milhões de pessoas no Brasil. No que diz respeito ao estado de São Paulo, há cerca de 490 mil colaboradores empregados, sendo que, nos últimos 12 meses, o setor acumula uma elevação de 4,2% no total de colaboradores empregados. No ano de 2012, os supermercados empregaram aproximadamente 487 mil colaboradores, o que demonstra a representatividade do setor para a geração de emprego no Estado e para amanutenção dos níveis de emprego e renda. Com relação às festas de fim de ano (período entre novembro e dezembro), a expectativa é que o setor proporcione 5.000 novas vagas no estado de São Paulo.

A rotatividade ainda é um grande problema enfrentado pela economia brasileira e o setor supermercadista não se difere neste sentido. O mercado de trabalho está aquecido e a competitividade gera trocas constantes de emprego. Por este motivo, o setor supermercadista vem investindo constantemente em treinamento e desenvolvimento para os colaboradores, cuja finalidade é reduzir o turnover nas lojas e, assim, prestar um serviço de qualidade aos consumidores.

 

Expectativa para 2014

Com a realização da Copa do Mundo de Futebol no país, o setor de alimentos e bebidas deve ser impactado positivamente e, desta maneira, a expectativa de crescimento fica na ordem de 4,5% em relação a 2013. Mais uma vez, o setor deverá crescer acima do PIB brasileiro e demais atividades econômicas, o que proporcionará o aquecimento da geração de emprego e, consequentemente, da evolução da renda brasileira. Tal projeção é expressiva, uma vez que o setor já apresenta um crescimento desta magnitude em 2013 e, portanto, a base de comparação é elevada.

Sobre a APAS – A Associação Paulista de Supermercados representa o setor supermercadista no estado de São Paulo e busca integrar toda a cadeia de abastecimento. A entidade conta com 1,2 mil associados, que somam 2,7 mil lojas.

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