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As lutas, a visão, a grandeza, a paixão, as tristezas e realizações do ex-presidente

 

Muito se tem falado, com justa razão, sobre a vida e a obra de Juscelino, o maior presidente que o Brasil já produziu em todos os tempos, injustamente cassado pelos militares que tomaram o poder em 1964, implantaram uma ditadura no país e impediram, pela força das baionetas, o seu retorno triunfal ao poder em 1965.

Ronaldo Costa Couto, com a sua inconfundível fluência, maestria, clarividência e clareza de sempre, nos traz mais esta obra que disseca, como diz no título da obra, o essencial de JK. O autor começa a obra relatando a profecia do pai de Juscelino, o garimpeiro João César de Oliveira que, no dia 12 de setembro de 1902, junto com outros cavaleiros, no arraial do Tijuco, não longe de Diamantina, ao receber a notícia do nascimento de Juscelino, grita para os amigos: “Nasceu Juscelino Kubitschek de Oliveira, futuro presidente do Brasil.”

Por ironia do destino, o pai não viu concretizada a sua profecia, pois faleceu, vítima de tuberculose, quando Juscelino tinha apenas dois anos de idade. Ronaldo relata, de forma quase didática, toda a trajetória da vida de Juscelino, desde as dificuldades que sua mãe enfrentou para educá-lo, já que ficara viúva aos 32 anos de idade, até a sua morte e suas repercussões. Insere, ainda, no livro, preciosos e incisivos depoimentos sobre o ex-presidente.

A tenacidade e a vontade de vencer fizeram com que o garoto Juscelino começasse a trabalhar aos 10 anos de idade. E estuda no seminário de Diamantina. Aos 19 anos, presta concurso para telegrafista dos Correios. Mas, tem outro objetivo: fazer medicina.

Em janeiro de 1922, consegue entrar para a faculdade, após uma disputa duríssima. Em 1927, forma-se em medicina e começa a trabalhar, ajudado pelo seu cunhado Júlio Soares, especializado em Urologia. Depois de algum tempo, resolve aperfeiçoar os estudos na Europa. Ao voltar, monta consultório e acaba sendo nomeado capitão médico da Polícia Militar de Minas Gerais.

Quando estourou a Revolução Constitucionalista de 1932, foi mandado para frente de batalha, para instalar um hospital de sangue. Ficou conhecendo, na região de Passa Quatro, o comandante da tropa onde servia, Benedito Valadares. Ali, tornaram-se amigos. E, logo que foi nomeado interventor em Minas, Benedito o convida várias vezes para ser chefe do Gabinete Civil do seu governo. Ele recusou. Mesmo com a recusa, Benedito o nomeia. Nascia, ali, o político que não pararia mais de galgar postos até chegar à presidência da República.

Naquela época, o maior partido de Minas já era, como hoje ainda o é, o PL – Palácio da Liberdade. E, sem pedir um voto sequer, Juscelino foi o mais votado candidato à Assembleia Nacional Constituinte.

Daí para frente, só cresce na política. Em 1940, é nomeado prefeito de Belo Horizonte. Realiza uma gestão renovadora na capital, sendo apelidado Prefeito Furacão. Implanta moderno conjunto arquitetônico na Pampulha, completa a Av. Contorno. Em 1945, elege-se deputado federal. Em 1950, é eleito governador de Minas, derrotando seu concunhado Gabriel Passos. Adota o lema “Energia e Transportes”.

Com o prestígio conseguido no governo de Minas, é candidato à presidência da República pelo PSD em 1955, derrotando o candidato da UDN, Juarez Távora. Derrotada, a UDN, liderada por Calos Lacerda, tenta impedir sua posse. Mas, dois golpes seguidos desfechados pelo General Lott, então ministro da Guerra, garantem a sua posse. Em 31 de janeiro de 1956, assume a Presidência da República e lança um audacioso programa de metas, fazendo o país crescer 50 anos em cinco. Sua maior obra, Brasília, construída em tempo recorde, é inaugurada em 21 de abril de 1960.

Realiza obras em todo o país, principalmente obras rodoviárias, centrais elétricas, um assombro. Mas, fez pouco empenho pela eleição do candidato do PSD, general Lott, que garantiu sua posse cinco anos antes. E este perde a eleição para um candidato tido por alguns como desequilibrado

É lançado, logo depois de deixar o governo, o movimento JK- 65. Mas, em junho de 1964, é cassado pelos militares, sendo obrigado a deixar a país. Em 1967, retoma definitivamente ao Brasil. Em 1974 publica o livro “Meu Caminho para Brasília”, elegendo-se para a Academia Mineira de Letras.

A única derrota, em toda a sua vida, foi quando se candidatou à Academia Brasileira de Letras e foi derrotado por Bernardo Ellis, um ilustre desconhecido, por interferência direta do Planalto. Morreu num acidente de automóvel que o autor chama de “nebuloso desastre”, no km 165 da via Dutra, até hoje não esclarecido, sendo sepultado em Brasília.

Ronaldo Costa Couto sintetiza o fenômeno JK: “Anos JK, anos dourados. Consagra-se como homem de visão e ação, empreendedor público, presidente mais querido do Brasil, projetos grandiosos”.

Este é o Juscelino retratado por Ronaldo Costa Couto. Um livro que merece ser lido, relido e meditado

 

Sobre o autor

O escritor Ronaldo Costa Couto é doutor em história pela Universidade de Paris-Sorbonne, economista pela UFMG, professor, pesquisador, jornalista. Participou, ao lado de Tancredo Neves, do movimento das Diretas Já para presidente da República e da campanha presidencial que resultou em sua eleição e no fim da ditadura. Foi ministro do Interior, governador de Brasília, ministro do Trabalho e ministro-chefe do Gabinete Civil da Presidência da República. É autor, entre outras obras, de Brasília Kubitschek de Oliveira, que inspirou a minissérie JK, do qual foi o consultor histórico.

 

1. Livros biográficos estão sempre presentes na lista de mais vendidos.

2. Celebridade, admirado no país inteiro, JK é considerado um dos maiores brasileiros de todos os tempos.

3. Ronaldo Costa Couto já publicou outros livros de sucesso, como Tancredo vivo, História indiscreta da ditadura, Brasília Kubitschek de Oliveira e Matarazzo. Fruto de mais de uma década de estudo e pesquisa, O Essencial de JK, rico em revelações, combina concisão com leveza e profundidade. “Leitura emocionante”, resumiu o saudoso Saulo Ramos.

 

Ficha técnica:

O Essencial de JK

394 páginas

Editora Planeta

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