Economista e gestora cultural com larga experiência no setor, Elizabeth assume presidência do Museu em junho.
MAM São Paulo anuncia Elizabeth Machado como nova presidente.
O Museu de Arte Moderna de São Paulo anuncia Elizabeth Machado de Oliveira como nova presidente. Elizabeth Machado dará continuidade ao processo de desenvolvimento institucional iniciado por sua antecessora, a advogada Mariana Guarini Berenguer.
Economista e gestora cultural, Elizabeth Machado tem um longo currículo ligado à cultura. Ela dirigiu o Teatro Alfa por 18 anos, de 2002 a 2020, atua em conselhos de instituições como FIESP e Instituto Arte na Escola, é membro do Conselho de administração da Fundação Bienal de São Paulo desde 2005, tendo assumido a presidência do mesmo de 2009 a 2012. De 2001 a 2002, foi consultora do MAM durante o estudo para uma nova sede e ainda carrega o título honorífico da Ordem das Artes e Letras (Chevalier de l’Ordre des Arts et des Lettres), concedido em 2019 pelo Ministério da Cultura da França.
“Encontro o MAM num processo de desenvolvimento institucional muito positivo iniciado pela diretoria anterior, com um conselho comprometido e ativo para discutir e atualizar o posicionamento e ações do Museu frente aos novos desafios que hoje se apresentam a todas as instituições culturais”, afirma a nova presidente do Museu.
O educativo, área fundamental nos 73 anos de história da instituição, é uma das prioridades da nova gestão. “Sempre tive muita simpatia pela postura de acolhimento do MAM aos jovens artistas e dedicação à educação. Fortalecer estes laços e aproximar os jovens do Museu serão linhas de trabalho prioritárias, tanto física como digitalmente”, pontua Elizabeth.
O planejamento da nova presidente ainda prevê ações conjuntas com outras instituições culturais, a fim de ampliar a atuação do MAM e atingir locais e públicos para além da sede do Museu, no Parque Ibirapuera. As obras contemporâneas que integram o acervo da instituição devem ganhar maior visibilidade por meio destas parcerias.
Elizabeth Machado é a terceira mulher à frente da presidência do MAM São Paulo. No biênio de 2019 a 2021, Mariana Berenguer comandou a instituição, definindo novas medidas em prol da democratização e sustentabilidade, além de aumentar a presença do Museu no digital. Antes disso, Milú Villela, que presidiu o MAM entre 1995 e 2019, também promoveu mudanças fundamentais para o Museu. Em sua gestão, a aquisição de obras foi intensificada, bem como o educativo e programa de patrocinadores e associados.
Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de 5 mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições privilegiam o experimentalismo, abrindo-se para a pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas.
O Museu mantém uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de áudio-guias, vídeo-guias e tradução para a língua brasileira de sinais. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.
Localizado no Parque Ibirapuera, a mais importante área verde de São Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo Bardi e conta, além das salas de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório, loja e restaurante. Os espaços do Museu se integram visualmente ao Jardim de Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx para abrigar obras da coleção. Todas as dependências são acessíveis a visitantes com necessidades especiais.