A falta de profissionais qualificados e os altos custos associados à mão de obra estão entre os principais desafios da construção civil no Brasil. Um estudo recente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) apontou que, no terceiro trimestre deste ano, 25,4% dos empresários do setor identificaram a escassez ou o alto custo de trabalhadores qualificados como um dos maiores entraves à atividade — a mesma porcentagem dos que citaram a elevada taxa de juros.
O problema, no entanto, não se limita aos profissionais com formação especializada. A falta ou o alto custo de trabalhadores não qualificados também ocupa posição de destaque, sendo mencionada por 22% dos empresários consultados. Em Minas Gerais, o cenário reflete a realidade nacional, e o impacto da escassez é sentido em todos os níveis, desde serventes e pedreiros até engenheiros especializados.
Segundo Felipe Boaventura, vice-presidente de Relações Trabalhistas do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), o desafio vai além da simples disponibilidade de profissionais. Segundo ele, a escassez está ligada a questões mais amplas, ligadas às escolhas e preferências dos trabalhadores e à cultura organizacional das empresas. Ele destaca, por exemplo, a baixa participação feminina no setor. Apesar de representarem 40% da força de trabalho em idade ativa, as mulheres ocupam apenas 10% das vagas na construção civil. “Iniciativas de inclusão, como maior abertura para mulheres e outros grupos que nem sempre são considerados pelas áreas de recrutamento, podem atrair novos talentos e diversificar a força de trabalho. Nós devemos ampliar o foco para buscar soluções para a falta de trabalhadores”, afirma.
A falta de qualificação é outro ponto crítico. Segundo Boaventura, os desafios enfrentados na contratação de mão de obra especializada tornam urgente a implementação de ações para capacitar e valorizar os trabalhadores. “O problema é estrutural e não se restringe a categorias específicas. Mas, naturalmente, a contratação de profissionais diretamente relacionados à construção, como serventes, pedreiros e engenheiros, têm se mostrado particularmente desafiadora”, aponta o vice-presidente do Sinduscon-MG.
Ele alerta que limitar as opções a medidas que aumentem os custos do setor tem impacto direto no preço dos imóveis, o que pode retrair o mercado imobiliário e o mercado de trabalho, aumentando a taxa de desemprego e migração de profissionais para outros segmentos econômicos. Boaventura afirma que iniciativas que promovam a capacitação profissional “são um dos pilares estratégicos da nossa resposta ao problema da falta de mão de obra”, pois podem gerar ganhos mútuos para empresas e trabalhadores, revertendo a escassez, aumentando a produtividade e o valor gerado para ambos.
Para enfrentar esse cenário, o Sinduscon-MG, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), o Sesi, o Senai e sindicatos de trabalhadores, está desenvolvendo uma série de iniciativas para atender às necessidades do setor. “As empresas que enxergarem a capacitação e a valorização dos trabalhadores como investimentos estratégicos terão um diferencial competitivo importante no mercado”, ressalta o vice-presidente do Sinduscon-MG.
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