Brasil busca espaço em ranking de produtores de lítio

O Chile e a Austrália são os maiores produtores mundiais de lítio. O Brasil está um pouco atrás, mas com o seu “Vale do Lítio”, em Minas Gerais, tem chamado a atenção do mercado internacional que busca o mineral essencial para a transição energética e para a produção de baterias.

Dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos mostram que 23 países do mundo têm reservas de lítio, com um estoque de 98 milhões de toneladas. Alguns ainda nem começaram a explorar o metal, outros estão engatinhando. E tem aqueles que já são grandes produtores, mesmo sem as maiores reservas.

É o caso da Austrália, o segundo maior produtor mundial. O primeiro fica do outro lado do planeta, o Chile, que, sozinho, fornece quase a metade de todo o lítio consumido no mundo. O Chile, aliás, é uma das pontas do chamado “Triângulo do Lítio”, formado também por Argentina e Bolívia. Os três países concentram, juntos, 60% das reservas mundiais.

Nessa corrida, o Brasil está um pouco atrás. Mas estudos do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) indicam que há reservas no Rio Grande do Norte, na Paraíba, no sul da Bahia e no norte de Goiás. E já há minas em exploração no Ceará e em Minas Gerais. Por aqui, os estoques são estimados em 470 mil toneladas.

Segundo a Agência Internacional de Energia, em 2022, a demanda por baterias de íon de lítio no setor automotivo cresceu 65% na comparação com 2021. O maior fabricante mundial dessas baterias é a China. E na competição por esse grande consumidor, o Brasil tem uma vantagem.

O professor titular do Departamento de Química da USP Henrique Eisi Toma explica que nossas reservas são em rochas, no espodumênio – como é na Austrália, gigante das exportações. O minério concentra mais lítio do que os depósitos do triângulo Chile-Argentina-Bolívia, que estão nos desertos de sal.

“A gente pega na mão aquele monte de sal e lá tem lítio. Mas não pensa que é fácil tirar o lítio de lá, é 0,3% no máximo, é um pouquinho de lítio. E no espodumênio, o teor é dez vezes mais, ou mais ainda que isso. O caso da Austrália é igualzinho ao do Brasil. Ela só tem o espodumênio como fonte e não tem tanta jazida. Nós temos mais do que eles. Mas eles têm tecnologia, investiram pesado nisso. Coisa que o Brasil está começando a fazer agora”, explica o professor.

A aposta é alta. Tanto que, em maio, investidores do mundo todo foram apresentados ao Vale do Jequitinhonha em um evento na Bolsa de Valores Nasdaq, em Nova York, nos Estados Unidos. Ele conheceram o “Vale do Lítio”, um projeto dos governos federal e de Minas Gerais para atrair capital para os municípios com as maiores reservas.

A Sigma Lithium, que vislumbrou o potencial do vale em 2016, exportou em 2023 para a China o primeiro carregamento do material rico em lítio. O pátio da mineradora também tem montanhas de espodumênio pronto para seguir viagem.

A empresa ainda produz o produto final que vai nas baterias fabricadas pelos chineses: o sal de lítio, esse pó que alguns chamam de “ouro branco”. É um passo adiante no complexo processo industrial e, por isso, custa mais caro que a pedra minerada.

O economista e professor da Fundação Getúlio Vargas Paulo Gala diz que esse deveria ser o caminho: adicionar valor à riqueza que a natureza entrega quase pronta ao Brasil.

“A gente tem que ser rápido. A gente não pode deixar as empresas se consolidarem no mundo fora do Brasil. Então, dá tempo. Mas o governo precisaria ser ágil para desenhar um plano para utilizar essas vantagens brasileiras para transformar isso em empresas e fábricas que produzam aqui no Brasil”, afirma Gala. (Com informações da TV Globo – Fonte: Notícias de Mineração Brasil).

Brasil busca espaço em ranking de produtores de lítio
Brasil busca espaço em ranking de produtores de lítio

MERCADOCOMUM estará circulando em dezembro com uma edição especial impressa e outra eletrônica trazendo matérias sobre os premiados, as empresas/instituições e personalidades, destacando a relevância da premiação para a economia e o desenvolvimento de Minas Gerais. Cabe ainda ressaltar a importância da realização desse evento, que reúne expressiva parcela formadora do PIB mineiro e obtém ampla repercussão da mídia em geral. Nesta edição especial constará o descritivo do XXVII Ranking de Empresas Mineiras, listando-se as “500 Maiores Empresas de Minas – 2023” – em ordem alfabética, por setor econômico, receita operacional líquida, resultado, patrimônio líquido e ativos totais.

MercadoComum, ora em seu 30º ano de circulação e em sua 324ª edição é enviado, mensalmente, a um público constituído por 118 mil pessoas formadoras de opinião em todo o país, diretamente via email e Linkedin, Whatsapp/Telegram, além de disponibilizar, para acesso, o seu site www.mercadocomum.com, juntamente com as suas edições anteriores. 

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As empresas agraciadas que participarem desta premiação, através da veiculação de uma página de publicidade na edição especial impressa e eletrônica, bem como no site desta publicação, além de um descritivo institucional sobre as mesmas receberão, também, um diploma impresso em papel especial, um troféu em aço inox e terão direito, adicionalmente, a uma mesa exclusiva de 8 lugares para a solenidade de premiação e jantar de confraternização. Também participarão de um almoço especial que ocorrerá em dezembro, em Lagoa Santa-MG, em homenagem aos agraciados.

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