17 de março de 2024

Medidas incluem o acréscimo de R$ 2 bilhões do Programa de Capitalização das Cooperativas

No mês de fevereiro, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um conjunto de medidas que expandem o alcance e as condições de apoio ao cooperativismo de crédito. Dentre as medidas, foi anunciada a ampliação em R$ 2 bilhões do Programa de Capitalização das Cooperativas (Procapcred), com aumento do público-alvo, do limite do valor contratado por cooperado e dos prazos de financiamento. Dessa forma, o banco continua seu trabalho de reconhecimento do modelo cooperativista.

As recentes alterações promovidas pelo BNDES representam um marco significativo para as cooperativas de crédito, gerando impactos positivos em várias frentes. Há, por exemplo, mais oportunidades de contratação, agora estendidas tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas. Além disso, o aumento substancial no limite de contratação, elevando-o de R$ 30 mil para R$ 100 mil, evidenciam o compromisso em fortalecer as cooperativas.

“Essas alterações têm um impacto significativo na capacidade das cooperativas de atrair recursos e de alavancar o capital social”, explica Roberta Caldas, presidente da Cooperativa de Crédito dos Empresários e Empregados dos Transportes e Correios do Sul do Brasil (Transpocred). “Ao expandir as oportunidades de captação, fortalecemos a base financeira das cooperativas, garantindo maior segurança e estabilidade ao sistema cooperativo como um todo”.

Com o aumento em R$ 2 bilhões do Programa de Capitalização das Cooperativas (Procapcred), as organizações ganham uma margem maior para atender às necessidades dos cooperados, especialmente no que diz respeito ao acesso ao crédito. Essa injeção de recursos não apenas amplia a capacidade de oferta de empréstimos, mas também permite a criação de linhas de crédito mais acessíveis e vantajosas. “A utilização estratégica desses recursos pode incluir a implementação de programas de investimento em setores-chave da economia local, o fomento a projetos com impacto social positivo e a promoção de iniciativas voltadas para o desenvolvimento sustentável”, conta a presidente.

A possibilidade de estender o público-alvo do programa para incluir todas as pessoas naturais e jurídicas associadas a cooperativas de crédito é uma evolução significativa que fortalece a base de beneficiários. Roberta acredita que “ao permitir que nossos cooperados pessoas físicas também se tornem investidores, abrimos caminho para uma participação mais abrangente e ativa na cooperativa. Isso não só promove um senso de pertencimento mais amplo, mas também oferece oportunidades diferenciadas para esses cooperados, com condições vantajosas nos produtos e serviços oferecidos”.

Além de aproveitar as oportunidades proporcionadas pelo programa do BNDES, a presidente da Transpocred acredita que o cooperativismo de crédito pode continuar crescendo com outras iniciativas. “Acredito que precisamos, ainda, fomentar ações voltadas ao associativismo nas comunidades onde as cooperativas estão inseridas, no âmbito de educação cooperativa, ações sociais, desenvolvimento e adequação de produtos, educação financeira e sustentabilidade”, opina Roberta. “Ao enfocarmos essas ações, o engajamento ativo nas esferas social, educacional e econômica contribuirá para um desenvolvimento sustentável e duradouro do cooperativismo de crédito”.

Roberta Caldas é formada em administração e atua como presidente da Cooperativa de Crédito dos Empresários e Empregados dos Transportes e Correios do Sul do Brasil, trabalhando, desde 2006, junto aos cooperados ligados ao ramo de Transporte e suas áreas relacionadas.

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