O setor supermercadista mineiro encerrou o primeiro semestre deste ano com crescimento de 9,34% nas vendas. É o que aponta o Termômetro de Vendas, pesquisa mensal da Associação Mineira de Supermercados (AMIS), com empresas de todos os portes e em todo o Estado.
Em junho deste ano, mês de referência da pesquisa, sobre igual mês de 2019, o desempenho do setor ficou positivo em 9,97%. Já em relação a maio, houve uma retração de 3,69%. Os dados estão deflacionados pelo IPCA/IBGE.
A diminuição nas vendas em junho sobre maio, além do fato de ser um mês tradicionalmente de desempenho mais fraco, é atribuída ao efeito calendário. Em maio, foram cinco finais de semanas “cheios”, de sexta a domingo, contra quatro em junho.
O desempenho em todo o primeiro semestre está ligando às mudanças provocadas no dia a dia do consumidor pela pandemia do novo coronavírus. Com o isolamento social, o consumo fora do lar se voltou para dentro de casa, tanto pelos adultos que estão em home office, quanto pelas crianças, que não estão indo à escola.
Toda a cesta de compras, especialmente de alto consumo, teve a demanda elevada nos supermercados. Os itens comprados nos bares, nos restaurantes e em eventos, fechados desde o início da pandemia, tiveram boa parte da compra migrada para o consumo doméstico. O que elevou também a demanda por bebidas diversas, carnes e produtos afins.
O auxílio emergencial do governo federal também contribuiu com a melhora nas vendas. Os supermercados, inclusive, buscaram se adaptar rapidamente para receber o pagamento por meio das contas digitais. Para boa parte da população, que estava desempregada, o auxílio de R$ 600, significou a volta ao consumo mesmo que dos itens básicos.
Custos elevados – A expansão nas vendas não significou, no entanto, o mesmo retorno nos lucros. Os supermercados, como atividade essencial, precisaram investir muito em cuidados e qualificação de pessoal para manter o atendimento à população. Aumento da higienização já muito praticada antes, disponibilização de álcool em gel em larga escala, adequação dos espaços para evitar aglomerações e equipamentos para colaboradores foram algumas dessas ações de cuidados.
Regiões – Na avaliação regional, os melhores desempenhos no semestre foram da região Central; do Triângulo/Alto Paranaíba e do Sul; regiões com destacada importância econômica no estado pelo dinamismo da economia e que têm recebido grandes investimentos em melhoria e expansão do setor supermercadista.
O crescimento menor foi verificado no Centro-Oeste, onde a queda do emprego foi elevada no período, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Por exemplo, o pólo calçadista de Nova Serrana que teve forte redução na produção e, consequentemente, muitas perdas de postos de trabalho.
Novos empregos e mais lojas – Neste primeiro semestre, mesmo com todos os desafios impostos pela pandemia, o setor continuou com inaugurações, melhorias de lojas e geração de empregos.
Foram:
Ø 20 novas lojas;
Ø 1.861 novos postos de trabalho;
VARIAÇÃO REGIONAL
Regiões | Vs. mês anterior | VS. mesmo mês ano anterior | Acumulado do ano | |
Central | -3,33% | 14,09% | 12,14% | |
Centro-Oeste | -4,77% | 0,74% | 4,64% | |
Norte/Noroeste | -3,54% | 7,40% | 5,80% | |
Rio Doce/Muc./Jeq. | -2,78% | 9,20% | 7,43% | |
Sul | -4,28% | 10,35% | 9,40% | |
Triâng./Alto Paran. | -3,97% | 10,77% | 10,89% | |
Zona da Mata | -2,68% | 11,48% | 8,64% | |
Geral MG | -3,69% | 9,97% | 9,34% |
VARIAÇÃO GERAL ACUMULADA /2020
Mês | Vs. mês anterior | VS. mesmo mês ano anterior | Acumulado do ano | |
Janeiro | -19,11% | 4,15% | 4,15% | |
Fevereiro | 2,05% | 9,39% | 6,73% | |
Março | 11,93% | 10,21% | 7,96% | |
Abril | -7,11% | 7,69% | 7,89% | |
Maio | 6,42% | 14,45% | 9,21% | |
Junho | -3,69% | 9,97% | 9,34% |
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