Vinho, Gente, Coisas e Adjacências
Inimá Souza*
Nesta visita à “Terrinha”, deitei mais olhares para os seus vinhos fortificados, os quais, ao contrário do que muitos acreditam, não se restringem à região do Douro; embora seja ela a maior referência para o mais histórico vinho fortificado de Portugal, o Vinho do Porto. Corretamente fala-se, no País, que é ele o vinho mais estudado, legislado e regulamentado do mundo, nos últimos três séculos. Em sua rica diversidade, podem ser utilizadas dezenas de cepas.
É da região de Lisboa que surgiu um dos mais históricos vinhos fortificados, o Carcavelos – elaborado a partir da cepa Galego Dourado -, que tem estágio mínimo de 30 meses. A designação, IG Lisboa, é indicativa para vários vinhos fortificados produzidos na região, incluindo fortificados varietais.
No Tejo, região empenhada em promover a qualidade dos seus vinhos, os fortificados vêm se destacando na atuação das adegas de Almeirim, Cartaxo, e várias outras. Não vi o fortificado elaborado a partir da Tannat, pela Lagoalva de Cima.
Berço da grande uva Touriga Nacional, o Dão, tem no fortificado Cabriz, produzido pela Global Wines, a sua referência de licorosos. O Cabriz Ímpar tem estágio de 20 anos.
Fortificados ou licorosos não ocupam muito espaço na BAIRRADA, que, até onde sei, restringe a sua produção ao destacado Marquês de Marialva, da A.C. Cantanhede; naturalmente elaborado a partir da uva Baga, por óbvio. Não sei de outros produtores ali.
A Península de Setúbal concentra um elenco de vinhos licorosos, mas, a grandeza fica por conta do Moscatel de Setúbal, feito com a casta Moscatel de Alexandria, e considerado o melhor vinho Moscatel do mundo. A designação Setúbal exige que o vinho tenha, no mínimo, 85% da uva Moscatel de Setúbal ou da Moscatel Roxo.
Geralmente, os grandes moscatéis apresentam a designação Superior, desde que, no mínimo, com cinco anos, e data de colheita ou menção de idade de cinco a quarenta anos. A Casa Museu José Maria da Fonseca, ou JMF, e a Casa Agrícola Família Horácio Simões, produzem o que é uma preciosidade e, lógico, dos mais raros de Portugal, o Bastardinho de Azeitão, feito com a uva Bastardo. Nem cheguei a vê-lo por lá.
Observando a história do vinho fortificado ou licoroso, em Portugal, foi a partir das últimas quatro décadas que as técnicas se aperfeiçoaram para atingir um vinho de qualidade máxima; e são encontrados em todas as regiões.
Ou seja, vinhos fortificados ou licorosos são parte da história de Portugal.
Tim, tim.
*(inima.souza@gmail.com)
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