De acordo com o IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no 4º trimestre de 2022 o PIB-Produto Interno Bruto brasileiro a preços de mercado avançou 1,9% na comparação com o mesmo trimestre de 2021, 8º resultado positivo consecutivo nesta comparação. Em termos dessazonalizados, houve queda de 0,2% sobre o 3º trimestre de 2022, resultado que interrompeu uma sequência de cinco altas seguidas.
Pelo lado da oferta, a queda marginal do 4º trimestre foi puxada pela Indústria (-0,3%), que contou com resultados adversos da Transformação (-1,4%), Construção Civil (-0,7%) e SIUP (-0,4%). Assim como nos últimos trimestres, os componentes de Serviços (+0,2%) mostraram variações predominantemente positivas, com destaque desta vez para Serviços de Informação (+1,8%). A Agropecuária (+0,3%) interrompeu uma sequência de três quedas marginais.
Sob a ótica da demanda, o resultado trimestral negativo foi impulsionado pela FBCF (-1,1%), ao passo que o Consumo das Famílias (+0,3% ) e o Consumo do Governo (+0,3%) mostraram números positivos. O setor externo também ajudou, com +3,5% das Exportações e -1,9% das Importações.
De acordo com o IBGE, o PIB per capita foi de R$ 46.154,6 em 2022, um avanço real de 2,2% ante o ano anterior. Apesar disso, o valor ficou 4,3% abaixo do maior nível da série histórica (2013).
O carregamento estatístico deixado para 2023 – isto é, a variação anual do PIB sob a hipótese de que a economia apresente variação dessazonalizada nula ao longo deste ano – é de apenas +0,2%.
Para o PIB de 2023 o último Relatório Focus do Banco Central do Brasil de 24 de fevereiro estima crescimento de 0,84% do PIB em 2023 e de 1,50% em 2024, com grande contribuição de setores mais determinados por questões de oferta, como Agropecuária e Extrativa Mineral.
Segundo a LCA Consultores Econômicos, “para os segmentos mais relacionados ao ciclo econômico e às condições financeiras internacionais e domésticas há perspectivas bem menos auspiciosas, levando em conta: i) a perspectiva de que o PIB mundial cresça cerca de 1 p.p. a menos neste ano ante 2022; ii) uma postura da política monetária doméstica bastante contracionista (a qual pode estar sendo amplificada pelos eventos envolvendo a onda de recuperação judicial de grandes empresas e pelos ruídos domésticos envolvendo Executivo e Banco Central); iii) uma perda de fôlego dos serviços na recuperação pós-pandemia; iv) uma diluição de parte dos efeitos expansionistas das bondades pré-eleitorais do ano passado (com uma possível contração dos investimentos dos governos regionais, após alta expressiva em 2022); e v) um “efeito-ressaca” associado à antecipação de produção e vendas de caminhões e ônibus a diesel, em função da entrada do protocolo Proconve P8 a partir de janeiro de 2023 (o qual gerou forte encarecimento relativo desses veículos). Além disso, há grande incerteza sobre o desenho e a parametrização numérica do novo arcabouço fiscal a ser adotado pelo novo governo, algo que vem, ao menos até o momento, nublando ainda mais o horizonte, gerando impactos negativos sobre decisões de investimento, contratações e consumo de bens de maior valor.
O Brasil terminou 2022 como a 12ª maior economia do mundo. Subiu uma posição em comparação ao ranking de 2021, realizado pela Austin Rating. O PIB nominal somou US$ 1,92 trilhões, ou R$ 9,9 trilhões. Para chegar novamente ao top 10, precisa superar a Itália (US$ 2 trilhões) e o Irã (US$ 1,97 trilhão)
Nos últimos 4 anos, houve a pandemia de coronavírus (2020-21) e o início da guerra da Rússia (2022) contra a Ucrânia. O quadriênio de 2019 a 2022 colocou o mundo numa das piores situações econômicas em muitas décadas. O governo de Jair Bolsonaro (PL) teve um crescimento anual médio de 1,5%. Eis o histórico do PIB do Brasil sob o ex-presidente:
2019: 1,2%
2020: -3,3%
2021: 5,0%
2022: 2,9%
Média Anual: 1,5%
Se o resultado do 1º trimestre de 2023 for negativo, o país entrará em recessão técnica –quando há duas quedas no PIB consecutivas.
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