* Por Wagner Dias Ferreira
No ano de 1500, os portugueses declararam a tomada de terras no Brasil. Cabral chegou, apossou-se das terras em nome do rei de Portugal e deu início a um processo exploratório que segue até os dias atuais. Hoje, a exploração é feita por grandes conglomerados internacionais.
A extração de riquezas vegetais, minerais, animais e humanas, já que o comércio de escravos índios brasileiros e negros africanos também era fonte de riquezas, foi formando o que hoje chamamos de sociedade brasileira. Todos com objetivo de retirar riquezas para viver bem na Europa. Permaneciam no país apenas os explorados. Brancos pobres que não podiam retornar à Europa, porque vieram de lá expulsos, negros escravizados à força, índios sobreviventes de doenças para cá trazidas e os filhos de todos estes que aqui nasceram.
A propósito, os filhos de famílias brancas ricas no século XVII começaram a retornar à Europa para estudar. O movimento histórico era de saírem jovens ricos do Brasil Colônia para estudarem em Portugal.
O Brasil ficou independente, afastou a monarquia e se tornou República, desfazendo o vínculo colonial com Portugal e começaram a ser criadas no Brasil escolas de ensino superior, interrompendo o ciclo de deslocamento de jovens para Europa em busca de estudos superiores, ao menos reduzindo este movimento.
Hoje, o povo brasileiro vive um movimento que pode ser tido como invertido. Agora são os pobres que vão a Portugal retirar de lá riquezas para trazer ao Brasil.
Depois de uma enorme migração de trabalhadores brasileiros para os EUA na tentativa de realizar o “sonho americano” que ocorreu nos anos 1980 e 1990, houve grande arrefecimento norte americano com a migração, principalmente após os atentados de 11 de setembro, e mais agora com as loucuras de um presidente que quer fazer um muro na fronteira.
As novas restrições norte americanas contra a migração empurraram esses migrantes para a Europa. Portugal, com a facilidade linguística, absorveu o fluxo migratório de trabalhadores em busca de riquezas.
Aí reside a inversão. No século XVI, migravam europeus para o Brasil em busca de riquezas. Agora, migram brasileiros para a Europa, ainda que as riquezas visem tão somente a subsistência.
Em Minas Gerais, é presente as marcas da Guerra dos Emboabas. Confrontos que ocorreram na região da exploração de ouro e diamante. Há notícias e vestígios desses embates em todos os locais de exploração, tendo como ápice o “Capão da Traição” na região de Ouro Preto. E nas cidades de Caeté e Sabará.
Pacificados à força pela Corte Portuguesa para não atrapalhar a exploração de riquezas minerais, as famílias enriquecidas começaram a enviar seus filhos à Europa para estudar de certo modo desfrutando das riquezas exploradas.
Hoje vivemos a inversão histórica. Os trabalhadores de Minas Gerais estão indo a Portugal trabalhar. Para buscar lá riquezas, que, para alguns, daqui foram levadas.
*Advogado criminalista
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