Estudos preliminares da FJP sugerem uma expansão da economia mineira de 0,19% acima da média nacional
Em 2023, estima-se que a participação de Minas no PIB nacional tenha atingido 9,47% – segundo melhor nível do século XXI – o que coloca o Estado detendo a 3ª maior economia do país
Pela primeira vez, o PIB estadual supera o patamar de R$ 1 trilhão. Os dados de 2023 ainda são preliminares e sujeitos a futuras alterações
Autor: Carlos Alberto Teixeira de Oliveira*
O desempenho da economia mineira no ano passado pode ter sido melhor do que o do Brasil, pois as estimativas indicam crescimento do PIB estadual de 0,19% superior à média nacional. O Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais atingiu R$ 1.027,6 bilhões (equivalentes a US$ 205,85 bilhões) em 2023, com crescimento real de 3,1% em relação a 2022, superando ligeiramente o avanço do resultado nacional (2,9%), revela estudo contendo estimativas preliminares realizado pela Fundação João Pinheiro (FJP) e divulgada no dia 14 de março. A participação do Estado na economia brasileira foi de 9,47% no ano passado – considerado um dos melhores níveis, mas inferior aos 9,52% obtidos em 2021. Os dados relativos ao desempenho da economia brasileira, em 2023, foram divulgados no dia 1º de março pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que também são separadamente tratados nesta edição.
Do valor total do PIB mineiro em 2023, os serviços responderam por 61,37% (R$ 562,1 bilhões), enquanto a indústria gerou 30,98% (R$ 235,9 bilhões) e a agropecuária, 7,65% (R$ 70,1 bilhões). O setor de serviços registrou expansão de 2,2% e o agropecuário, aumentou 11,1%. A indústria registrou expansão de 3,1%.
De acordo com o IBGE –Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a população brasileira estimada para 1º de julho de 2024 é de 212.583.750 habitantes e São Paulo lidera o ranking nacional como o estado mais populoso do país, possuindo uma população de 45.973.194 habitantes, ou 21,63% do total. Minas Gerais vem em seguida, ocupando a segunda posição, com uma população de 21.322.091 habitantes – representando 10,03% do total brasileiro. Logo após, vem o Rio de Janeiro, detendo uma população de 17.219.679 habitantes e equivalente a 8,0% do total nacional. Vale destacar que esta estimativa do IBGE foi divulgada em outubro último e é relativa ao Censo 2022.
Cabe mencionar de outro lado que, de acordo com as projeções do IBGE, a população de Minas Gerais começará a declinar a partir do ano de 2039, quando atingirá 21.898.577 habitantes.
De acordo com dados divulgados em 14 de novembro último pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, entre 2002 e 2022, as Regiões Centro-Oeste e Norte registraram os maiores ganhos relativos de participação no PIB do país, com avanços de 2,0 p.p. e 1,0 p.p., respectivamente. A única região a perder participação na série foi a Sudeste (-4,1 p.p.), com a redução dos pesos das economias de São Paulo (-3,8 p.p.) e Rio de Janeiro (-0,9 p.p.). Mato Grosso teve o maior acréscimo de participação (1,2 p.p.), seguido por Santa Catarina, (0,9 p.p.) e Minas Gerais (0,7 p.p.).
De 2002 a 2022, o PIB nacional teve aumento médio de 2,2% ao ano (a.a.). Entre as grandes regiões, Norte e Centro-Oeste tiveram as maiores taxas de crescimento anual, ambas 3,2% a.a., enquanto a região Nordeste ficou próxima da média nacional, com 2,3% a.a. As regiões Sudeste e Sul registraram as menores elevações: 1,9% a.a. em ambas.
Entre os estados, Mato Grosso e Tocantins foram os maiores destaques, ambos com variação média de 4,8% a.a., seguidos por Roraima (4,5% a.a.), Piauí (3,7% a.a.) e Maranhão (3,4% a.a.). Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro mantiveram-se como as duas unidades da federação de menores aumentos médios em volume na série, com 1,4% a.a. cada. Já a economia de Minas registrou um crescimento médio anual de 1,9% (e acumulada de 45,9%) – inferior à média anual nacional de 2,2% e acumulada de 5,3% no mesmo período.
Distrito Federal permanece com o maior PIB per capita do país
O PIB per capita do Brasil, em 2022, foi R$ 49.638,29 e o Distrito Federal manteve-se como a unidade da federação com o maior PIB per capita brasileiro, com valor de R$ 116.713,39: 2,4 vezes maior que a média nacional. Rio de Janeiro ocupou a segunda posição, com R$ 71.849,66, seguido por São Paulo, com R$ 70.470,53. O cálculo considerou a população residente dos primeiros resultados Censo Demográfico 2022.
No ranking dos 10 maiores PIB per capita, aparecem apenas unidades da federação das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Na Região Centro-Oeste, além da primeira posição ocupada pelo Distrito Federal, ao longo de toda a série, destaca-se o avanço relativo do Mato Grosso, que saiu da 11ª para a quarta posição, entre 2002 e 2022. Mato Grosso do Sul ocupou a sexta posição em 2022, avançando duas posições em relação a 2002, enquanto Goiás aparece na 10ª posição, mesma colocação ocupada no início da série; embora tenha trocado de posição ao longo do período.
Nos 23 anos já decorridos deste século XXI, em onze deles a variação da taxa do PIB – Produto Interno Bruto de Minas Gerais teve desempenho pior do que a média nacional (2001, 2006, 2007, 2008, 2009, 2011, 2013, 2014, 2014, 2018, 2019 e 2022). Nos demais, a taxa foi positiva e superior – mas não o suficiente para colocar, no acumulado do período, o Estado em uma situação confortável em relação aos demais. Estudos do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística revelam que, durante o período de 2002 a 2020 – (últimos dados disponíveis oficialmente) enquanto o PIB brasileiro contabilizou uma expansão média anual de 2,0% e acumulada de 42,0%, o de Minas Gerais aumentou em média 1,6% anualmente e, no acumulado, 34,0% – situando-se o estado na 24ª posição quanto ao desempenho da economia brasileira no período, ficando à frente apenas dos estados do Rio Grande do Norte (32,8%), Rio Grande do Sul (24,3%) e Rio de Janeiro (21,6%), respectivamente.
Já nos cinco anos do governo Romeu Zema – 2019 a 2023, a economia de Minas Gerais conseguiu se desvencilhar do aprisionamento ao já histórico crescimento inferior à média nacional deste século XXI pois, enquanto o PIB brasileiro registrou um aumento médio anual de 1,73% e acumulado de 8,73%, o do estado ficou restrito a uma expansão média anual de 1,76% e acumulada de 8,92% no mesmo período.
O documento contendo os dados do PIB de Minas Gerais relativos ao ano de 2023 foi apresentado pela Fundação João Pinheiro, responsável pelo cálculo oficial do Produto Interno Bruto do estado, durante apresentação à imprensa, no dia 14 de março último e contou com a presença do governador Romeu Zema. As informações encontram-se no Informativo FJP – Contas Regionais – PIB MG – 4º trimestre de 2023, disponível no site da instituição.
Em 2023, a Renda Per Capita dos mineiros foi de US$9.688 – inferior à apurada em 2011 – de US$ 11.963 e é considerada, ainda, menor do que a média nacional de US$ 10.268, verificada no mesmo ano.
Ressaltamos que dados relativos aos ano de 2023 são ainda considerados preliminares e estão sujeitos a futuras revisões.
Relativamente ao PIB de Minas Gerais em 2023, na íntegra, é a seguinte a nota oficial, divulgada pela FJP-Fundação João Pinheiro:
Impulsionado pelo crescimento em todas as atividades econômicas no último ano, Minas Gerais encerrou 2023 com o maior Produto Interno Bruto (PIB) da sua história. Pela primeira vez, o Estado superou, em preços correntes, a casa de R$ 1 trilhão (R$ 1,028 trilhão), um avanço real de 3,1% na geração de riquezas frente a 2022. Os dados foram divulgados, no dia14/3, pelo governador Romeu Zema e o vice Professor Mateus, com a Fundação João Pinheiro (FJP), responsável pelo estudo.
O desempenho de Minas Gerais ficou acima da média do país, que foi de alta de 2,9%, confirmando que as políticas públicas de fomento ao desenvolvimento econômico do Governo do Estado estão no caminho certo. No ano passado, a fatia mineira no PIB nacional fechou em 9,5%, o que coloca o estado em 3º lugar entre todos os outros, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro.
Para o governador Romeu Zema, a marca de R$ 1 trilhão do PIB confirma o empenho da atual gestão em impulsionar a economia do Estado, por meio da atração recorde de investimentos conquistada nos últimos anos, cenário que também favorece a geração de empregos e o aumento da renda da população mineira.
“É uma marca extremamente relevante para o Estado e está de acordo com aquilo que nós sempre falamos: é preciso melhorar a saúde, a educação, a segurança, a infraestrutura. Mas o mineiro quer também ter emprego, ter melhoria na renda. A atração de investimentos tem um papel fundamental neste processo. Temos R$ 390 bilhões atraídos na nossa gestão. Só para efeitos de comparação, o governo anterior atraiu R$ 26 bilhões. É uma mudança de patamar total. Diante disso, a nossa meta até o final de 2026 é gerar um milhão de empregos. Já estamos na casa dos 750 mil empregos e vamos chegar lá”, diz o governador.
MERCADOCOMUM estará circulando, em dezembro, com uma edição especial impressa e outra eletrônica trazendo matérias sobre os premiados, as empresas/instituições e personalidades – destacando a relevância desta iniciativa para a economia e o desenvolvimento de Minas Gerais. Cabe, ainda ressaltar, a importância da realização desse evento, que reúne expressiva parcela formadora do PIB mineiro e obtém ampla repercussão na mídia em geral. Nesta edição especial constará o descritivo do XXVIII Ranking de Empresas Mineiras, listando-se as Maiores Empresas de Minas – em ordem alfabética, por setor econômico, receita operacional líquida, resultado, patrimônio líquido e ativos totais, entre outros.
MercadoComum, ora em seu 31º ano de circulação e em sua 336ª edição é enviado, mensalmente, a um público constituído por 121 mil pessoas formadoras de opinião em todo o país diretamente, via email e Linkedin, Whatsapp,Telegram, além de estar disponibilizado, para acesso, o seu site www.mercadocomum.com, juntamente com as suas edições anteriores.
De acordo com estatísticas do Google Analytics Search a publicação MercadoComum obteve – de 31 de agosto de 2023 a 1º de setembro de 2024 – 36,4 milhões de visualizações no acumulado do período.
O vice-governador Professor Mateus ressaltou a evolução da participação do PIB de Minas em relação ao país, tendo registrado crescimento de 0,8 ponto percentual na parcela mineira da produção de riquezas do Brasil, desde o início da atual gestão.
“A gente recebe o Estado com a economia mineira representando 8,8% do PIB brasileiro. Hoje, estamos em 9,6% de participação. Esse crescimento é muito importante porque demonstra a capacidade de Minas Gerais atrair investimentos e gerar oportunidades, mesmo tendo passado por uma grave crise que afetou todo o mundo durante a pandemia de 2020. Tivemos mudança de cenário econômico e continuamos progredindo. Ficamos felizes de ver essa participação aumentar”, avalia o vice-governador.
Líderes de crescimento
De acordo com os dados da FJP em relação ao PIB de Minas Gerais, em 2023 a Agropecuária foi o setor que mais cresceu percentualmente, 11,5%, seguida da Indústria (3,1%) e Serviços (2,2%).
“Tivemos o setor agropecuário com o aumento de volume de produção, com as principais culturas apresentando acréscimo. Na indústria extrativa mineral, houve um crescimento importante na produção do minério de ferro com as principais empresas do setor. Ainda na indústria, outro destaque foi o segmento de Energia e Saneamento, que, com o aumento das temperaturas e do consumo de energia, elevou a geração de eletricidade. Nesse aspecto, houve crescimento robusto na produção de energia solar fotovoltaica, onde tivemos uma série de investimentos nos últimos anos no estado”, analisou o pesquisador da Coordenação de Contas Regionais da FJP, Thiago Almeida.
Apesar do menor avanço dos Serviços, o peso do crescimento do setor na geração de riquezas do estado é significativo. Isso porque o segmento representa quase dois terços da economia mineira. Ele inclui as atividades de comércio, transportes, administração pública e outros serviços.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), Fernando Passalio, avalia que a expansão da economia mineira resulta do esforço conjunto e diário do Governo de Minas para consolidar o estado no lugar de destaque que merece no país.
“Nos últimos cinco anos, e agora entramos para o sexto, temos buscado, intensamente, impulsionar o desenvolvimento econômico mineiro. Para isso, são constantes os esforços para estruturar o nosso estado e atrair investimentos privados para Minas Gerais. E é isso que temos feito por meio de ações conjuntas, orquestradas pelo governador Romeu Zema e o vice Professor Mateus. Os números do PIB reiteram que Minas Gerais avança no caminho certo”, afirmou.
Geração de energia e de riquezas
Na produção industrial estadual, um dos destaques no ano passado, que reflete o intenso trabalho de estímulo do Governo de Minas ao desenvolvimento econômico e responsável, foi o setor de Energia. No período, a geração de eletricidade no território mineiro, em GWh, apresentou crescimento de 15,8% frente a 2022. No confronto com o trimestre imediatamente anterior, também houve alta, de 16,7%.
Na comparação anual, o aumento da geração ocorreu nas usinas de Furnas, de Peixoto/Mascarenhas de Morais, Marimbondo, Porto Colômbia, Três Marias, Nova Ponte e Água Vermelha, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico.
Desde 2019, o Governo tem mostrado o compromisso de conduzir Minas no processo da transição energética, com a geração de energia por meio de fontes limpas e renováveis. Uma das políticas públicas de destaque da atual gestão, neste sentido, é o Projeto Sol de Minas, executado pela Sede-MG, e que explica o sucesso do estado na geração solar fotovoltaica.
O subsecretário de Atração de Investimentos e Cadeias Produtivas, Frederico Amaral e Silva, reforça ainda que o crescimento da geração de energia limpa no estado tem a ver não só com o desenvolvimento da energia solar, mas com o de outras matrizes de energia de fontes limpas, salutares para o processo de transição energética em todo o mundo.
“Em Minas, já são mais de 7 GW de geração de energia solar, sendo que fomos o primeiro estado brasileiro a atingir a marca, já em 2024, de 4 GW de geração centralizada. Isso significa que 20%, ou seja, um quinto de toda a energia gerada em Minas pela nossa matriz elétrica é proveniente de fonte solar. Os números são frutos dos esforços desta gestão para impulsionar essa cadeia produtiva e dar a este setor todo respaldo e apoio necessários para que ele possa se desenvolver”, explica o subsecretário da Sede-MG.
Liberdade econômica atrai investidores
Na comparação do quarto trimestre de 2023 com igual intervalo em 2022, Minas também registrou expansão real na atividade econômica, que foi de 2,6%. Houve aumento das quantidades produzidas tanto na agropecuária quanto nas indústrias e nos serviços. Frente ao trimestre imediatamente anterior na série com ajuste sazonal, verificou-se recuo de 0,5%.
O estímulo à atividade econômica mineira ao longo de todo o ano resulta também da implantação dos princípios da Lei de Liberdade Econômica, por meio do Programa Minas Livre Para Crescer, na região. O objetivo da atual gestão é transformar Minas Gerais no estado mais livre para se empreender no Brasil.
De 2019 até agora, o Governo do Estado já atraiu mais de R$ 391 bilhões em investimentos privados, em protocolos que representam a criação de mais de 194,3 mil empregos diretos.
Os principais setores contemplados são: Infraestrutura (R$ 90 bilhões), Mineração (R$ 85,7 bilhões), Energia Solar (R$ 74,9 bilhões), Ferroviário (R$ 33,6 bilhões), Automotivo e Autopeças (R$ 26,1 bilhões), Sucroenergético (R$ 12,4 bilhões), Minerais Críticos (R$ 9,8 bilhões), Outras Energias (R$ 7,2 bilhões), Siderurgia (R$ 6,4 bilhões) e Embalagens (R$ 5,8 bilhões).
Na avaliação do secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Thales Fernandes, o bom desempenho do setor agropecuário no estado se deve ao aumento, no ano passado, da produção de algumas culturas relevantes no estado, especialmente o café.
Foi um ano de bienalidade positiva, característica da cultura do café, que alterna anos de safra boa com outra de produção menor. Em 2023, o crescimento foi em torno de 7 milhões de sacas. Houve aumento também no milho de segunda safra, soja e cana-de-açúcar”, destacou.”
Economia de Minas Gerais diminui o ritmo e volta a crescer menos do que a média nacional no primeiro semestre de 2024
PIB estadual passa a representar 9,8% da economia nacional
A FJP-Fundação João Pinheiro divulgou, no dia 12 de setembro, os resultados preliminares correspondentes ao PIB – Produto Interno Bruto de Minas Gerais relativos ao primeiro semestre deste ano. No acumulado deste ano – janeiro/junho a economia mineiro teve uma expansão de 2,0% – inferior aos 2,9% alcançados em nível nacional. A tabela apresentada, a seguir, especifica as principais variações ocorridas no período:
De acordo com a FJP, “o segundo trimestre de 2024 Minas Gerais registrou crescimento de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB) em comparação ao mesmo período do ano anterior, somando R$284,0 bilhões. Deste valor, R$32,4 bilhões foram originados pelas atividades de agricultura, pecuária e produção florestal, R$70,9 bilhões pelas indústrias, R$149,1 bilhões pelos serviços e R$31,6 bilhões dos impostos indiretos sobre produtos líquidos de subsídios. No período, a participação do estado no PIB brasileiro, estimado pelo IBGE em R$ 2,89 trilhões, foi de 9,8%.
O PIB é considerado o principal indicador do valor econômico criado pelas atividades produtivas de um território durante determinado período, e sua análise possibilita compreender os fatores responsáveis pelo desempenho agregado da economia.
Se comparada ao 1º trimestre deste ano, a expansão do PIB mineiro foi de 0,6%, especialmente pelos resultados positivos do 2º trimestre nos serviços, na agropecuária e indústria da construção. No entanto, é percentual de crescimento é inferior ao verificado em nível durante o mesmo período, que foi de 1,4%.
Setores – No 2º trimestre, a agropecuária de Minas Gerais registrou expansão de 1,7% na comparação com o trimestre imediatamente anterior. O crescimento do setor no período pode ser atribuído principalmente à contribuição das atividades agrícolas. Na pecuária, nessa mesma base de comparação, a produção de leite praticamente não se alterou e, na produção florestal, houve queda da demanda por insumos tanto na metalurgia estadual quanto na fabricação de produtos de papel, papelão e celulose.
A indústria extrativa estadual teve retração de 8,8% em relação ao trimestre imediatamente anterior, mas, na comparação com o mesmo período de 2023, contabilizou expansão de 3,0%. Já a indústria de transformação desacelerou 0,2% em relação ao trimestre anterior, com expansão de 0,1% frente ao mesmo período de 2023.
Nas atividades de geração e distribuição de eletricidade, gás, água e saneamento, o crescimento em relação ao mesmo trimestre do ano passado foi de 3,4% e, em relação ao trimestre imediatamente anterior, houve retração de 3,2%. Na construção civil, o crescimento foi de 0,6% em relação ao trimestre anterior e de 6,0% em relação ao mesmo período de 2023.
Nos serviços, o comércio apresentou expansão de 2,2% na comparação com o período Janeiro-Março/2024 e de 5,6% com o mesmo período de 2023. Nas atividades de transporte, foi registrado crescimento tanto na comparação com o trimestre imediatamente anterior (1,1%) quanto na interanual (1,7%). Em relação a outros serviços, o estado registrou avanço de 2,8% em relação ao trimestre anterior e de 3,8% com o mesmo período do ano passado. Também houve expansão na administração pública, que contabilizou aumento de 0,5% frente janeiro a março, e de 1,8% em relação ao mesmo período de 2023””.
A FJP estimou o PIB nominal de Minas Gerais em R$284,0 bilhões no segundo trimestre de 2024, contra R$269,0 bilhões no mesmo trimestre do ano passado. A variação nominal, de 5,6%, pode ser decomposta na soma da variação real (1,2%) com a variação do deflator implícito do PIB (4,3%).
Nesse segundo trimestre de 2024, a composição do PIB de Minas Gerais incluiu o valor adicionado nas atividades da agricultura, pecuária e produção florestal (R$32,4 bilhões), das indústrias (R$70,9 bilhões) e dos serviços (R$149,1 bilhões), além dos impostos indiretos sobre produtos líquidos de subsídios, que adicionaram R$31,6 bilhões aos preços pagos pelos consumidores.
Contraposto ao valor nominal do PIB do Brasil, estimado pelo IBGE em R$ 2,89 trilhões no segundo trimestre de 2024, conclui-se que a participação do PIB de Minas Gerais no total nacional foi de 9,8% no período considerado (gráfico 3), abaixo da participação estimada para o mesmo trimestre no ano passado (10,0%).
*Carlos Alberto Teixeira de Oliveira – Administrador, Economista e Bacharel em Ciências Contábeis, com vários cursos de pós graduação no Brasil e exterior. Atuou como Executive Vice-Presidente e CEO do Safra National Bank of New York, em Nova Iorque, Estados Unidos.
Ex-Presidente do BDMG-Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais e do Banco de Crédito Real de Minas Gerais. Foi Secretário de Planejamento e Coordenação Geral e de Comércio, Indústria e Mineração; e de Minas e Energia do Governo de Minas Gerais. Foi presidente dos Conselhos de Administração e Deliberativo do Sebrae-Minas (Ex-CEAG-MG); do INDI-Instituto de Desenvolvimento Industrial de Minas Gerais e da FJP-Fundação João Pinheiro.
Também foi Diretor-Geral (Reitor) e fundador do Centro Universitário Estácio de Sá de Belo Horizonte; Ex-Presidente do IBEF Nacional – Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças e da ABDE-Associação Brasileira de Desenvolvimento. Atuou como professor de diversas faculdades e coordenou diversos cursos de pós-graduação.
Atualmente é Coordenador Geral do Fórum JK de Desenvolvimento Econômico; Presidente da ASSEMG-Associação dos Economistas de Minas Gerais. Presidente da MinasPart Desenvolvimento Empresarial e Econômico, Ltda. Integra vários Conselhos Consultivos e de Administração de diversas empresas e instituições.
É membro da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais e da Academia Brasileira de Ciências Contábeis. Faz parte, como Vice-Presidente, da Diretoria Executiva da ACMinas – Associação Comercial e Empresarial de Minas.
Fundou e é Presidente/Editor Geral de MercadoComum. Autor de vários livros, como a coletânea de 3 livros – 2.336 páginas, intitulada “Juscelino Kubitschek: Profeta do Desenvolvimento – Exemplos e Lições ao Brasil do Século XXI” e “A Economia com Todas as Letras e Números”.
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