Detalhes sobre a história do Chevrolet Opala, que se tornou um ícone no país, e o seu contexto histórico emblemático Fábio Bennet* Os anos 1960 descortinam-se para a história com grandes mudanças e manifestações políticas em quase todo o mundo. O crescimento econômico do pós-guerra chega ao auge nos países mais ricos. O Brasil vivia,…
“As pessoas não morrem, ficam encantadas.” (Guimarães Rosa) Cesar Vanucci* 1) A reeleição para cargos públicos executivos parece estar com os dias contados. Pessoas familiarizadas com as engrenagens políticas, jornalistas que cobrem as atividades parlamentares e das agremiações partidárias entre elas, dão conta de reações contrárias ao dispositivo do código eleitoral que faculta candidaturas de exercestes…
Olavo Romano* – ([email protected]) No Tombadouro, Chico Theobaldo vivia numa simplicidade rústica. Viúvo, casou-se com a cunhada, que ajudou na criação dos filhos, quatro meninos, quatro meninas, todos com nomes começados por A. Quando ficaram moças, ele prometeu ao cunhado Mariano, chamado Maia, dar-lhe uma delas como esposa. Solteirão, passado dos cinquenta, Maia era feio,…
Olavo Romano* – ([email protected]) Zulmira, minha avó materna, Dinha para nós, se orgulhava das cinco tábuas aplicadas. Meu avô, o mais recente recusado, entrou na repescagem para evitar que Avelina se casasse antes, fazendo pinguela sobre a irmã mais velha. Dinha vivia ocupada. Café com quitanda para os retireiros, dia amanhecendo; apalpação de galinhas, soltando…
Olavo Romano* Antigo provérbio ensina que aves de mesma plumagem voam juntas. Nas primeiras gerações dos Silveiras, de minha avó materna, figuram um português e uma negra, a filha de uma bugra pega a laço, até que os casais pudessem se formar em galhos da mesma árvore. Olímpio, meu bisavô, vinha de uma família numerosa,…
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Olavo Romano ([email protected]) Preparando o almoço, mãe e filha conversavam na cozinha. Dona Sinhá picava couve, a mão esquerda apertando o molho, a direita indo e vindo com a faca, movimentos rápidos, as tiras fininhas caindo na cuia. Dália fritava batatinha. Dona Sinhá descansou a faca na cuia, apertou a mão direita um pouco acima…
*Por Olavo Romano Homem bom de garfo feito Sô Mundico Ribeiro, nem por encomenda. Uns lembram dele batendo um prato fundo de melado. Outro vinha com o caso da carne. Com essa fama toda, foi um espanto ele não tugir nem mugir quando chamaram pro almoço. – O que será que deu no seu pai…
Pedro da Lica tocava sua vidinha lá em Dores na maior tranquilidade. Muito estimado, tinha entrada em qualquer roda, todo mundo apreciava suas papeatas. Se perguntavam o que andava fazendo, bem que podia responder como um outro sujeito, meio colega dele: – “Tretas.” Entre seus diversos amigos, um era muito importante: o Doutor Francisco Campos,…
O caminhoneiro vinha sozinho. Carga pesada, viagem vagarosa, vontade de poder conversar. Na baixada logo depois do Rio Pará, numa reta mais comprida, avistou um homem fazendo sinal. Diminuiu a velocidade, reduziu a marcha, foi encostando. O mercedão sacolejou, deu uma suspirada, parou. – Vai pra onde, compadre? – Lages, Santa Catarina. – Rumo…