*Por Inimá Souza
(inimá.souza@gmail.com)
Vinhos Ditos Gastronômicos e o Tal Bouchonné
A indagação é recorrente: o que é vinho gastronômico? É aquele que harmoniza com a comida. Opa! Então, existe uma categoria de vinhos especiais para combinar com comidas? Sem salamaleques; qualquer vinho combina com alguma comida, mas, ainda assim, não pode ser considerado gastronômico. Vinho gastronômico harmoniza com uma variedade de pratos, e possui os elementos ideais para isto.
O mais destacado desses vinhos é o espumante, exatamente porque reúne tais elementos que o torna versátil com as mais variadas comidas: moderado teor alcoólico, corpo médio e elevada acidez; componente fundamental na harmonização, pois, salienta os sabores do prato, combate as gorduras e ameniza o sal.
Ao contrário da acidez, elevado teor alcoólico cria problema de harmonização com pratos condimentados e comidas muito salgadas, fazendo realçar naqueles, ainda mais, os condimentos, e com estas a sensação de mais álcool. Portanto, vinho gastronômico deve ter estrutura alcoólica moderada.
Outra característica do vinho gastronômico é o corpo médio, o que lhe permite ajustar-se com a maioria das comidas.
Versatilidade é o que identifica o vinho gastronômico; branco, rose, tinto, ele é múltiplo e sem limitações que o torne dogmático, vale dizer, não se impõe regras inflexíveis.
BOUCHONNÉ
Já que o vinho vem frequentando com mais assiduidade mesas dos brasileiros – especialmente nestes períodos, identificar defeito que, eventualmente, alguma garrafa possa apresentar, exige um pouco mais de atenção e sensibilidade.
Se o seu vinho tem cheiros/aromas de mofo, papelão molhado, bolor, sem dúvidas, ele está com o defeito chamado bouchonné. Este é, certamente, o mais comum entre os defeitos em um vinho, e se origina na rolha (bouchon, em francês) de cortiça.
Segundo especialistas, o defeito pode ocorrer também em rolhas sintéticas e até na screw cap (tampa de rosca), e, embora afete o vinho, tornando-o intragável, não causa dano à saúde humana. Na abertura da garrafa sua presença pode ser quase imperceptível, só se destacando minutos depois.
Todavia, atualmente, com o rigor de qualidade observado nas vinícolas, é rara a possibilidade de se encontrar vinho com defeito, inclusive de bouchonné.
VINHOS DO VERÃO
Chegado o verão, quais os vinhos? Certamente, os brancos, e são dezenas com os mais variados estilos e tipos, desde secos com alta acidez e grande frescor aos mais complexos. No primeiro grupo, destaque para Sauvignon Blanc, Riesling, Pinot Blanc ou Pinot Gris, Alvarinho. No outro grupo, Chardonnay e Viognier, entre outros.
Sauvignon Blanc costuma ser o queridinho do verão. Leve e com grande frescor, seus aromas vão de cítricos (casca de limão), a herbáceos, frutados e florais. Essa uva não gosta de climas quentes, logo, seus melhores vinhos vêm de regiões frias; e, no Novo Mundo, os originados da Nova Zelândia estão entre os mais famosos.
Sauvignon Blanc, de Bordeaux, é boa pedida para tardes de verão, pois, leves e frutados, como é característica também naqueles produzidos no Vale do Loire; mas, é preciso conhecer o Sauvignon e o Chardonnay da região do Friuli, ambos com destacada acidez.
Chile tem bons Sauvignons Blancs vindos de suas regiões mais frias, Maule, Rapel e Curicó, e aqui, no Brasil, os melhores saem da Serra Gaúcha.
Tantos outros brancos são, também, para o verão. Portugal tem muitos, mas, fico com as uvas Alvarinho (a rainha da região do Minho, na zona de Monção e de Melgaço, e hoje uma das mais importantes uvas brancas da Península Ibérica), com vinhos acídulos e bem aromáticos; e Arinto, que produz vinhos de acidez refrescante. À parte, o vinho verde com sua pungente e refrescante acidez.
Rioja, na Espanha tem brancos bem expressivos elaborados das uvas Viura e da aromática Malvasia.
Alemanha é pródiga em vinhos brancos, e seu Riesling é um dos melhores do mundo.
Enfim, branco, venha das mais variadas regiões vinícolas, é o vinho do verão.
GUIA
Com previsão de lançamento para o início de 2021, está chegando aos apreciadores de vinho e frequentadores de restaurantes o Guia Wine Center D.O.C de Vinhos com Descontos nos Restaurantes de Belo Horizonte.
Inédito, o Guia, segundo a Wine Center D.O.C, tem o objetivo de contribuir para incremento na venda de vinhos à mesa nos restaurantes da Capital – através de descontos surpreendentes, e, assim, elevando os índices de comercialização da bebida, sabido que restaurantes são o seu principal canal de vendas.
Tim, tim. Que 2021 seja um ano de muita saúde para todos!
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