O país comemora os 25 anos de lançamento do Plano Real, criado após sucessivos planos econômicos com o objetivo de controlar a inflação e estabilizar nossa moeda.
É o momento de reconhecermos a importância de Itamar Franco, que assumiu o governo após o impeachment de Fernando Collor, de quem era vice, e que teve a ousadia de encampar um plano desenvolvido = por jovens economistas ligados à PUC Rio. Político probo,que não escondia o pouco conhecimento de economia, Itamar tinha, em seu governo, pessoas competentes e de sua inteira confiança, como o advogado José de Castro Ferreira, que o estimulou a levar adiante o plano, após minuciosa análise jurídica de seu conteúdo.
A ousadia do mineiro de lançar um plano econômico quando o país ainda lambia as feridas do fracasso dos planos econômicos de Collor, vivendo uma hiperinflação que chegou a ser superior a 1.300%, acabou mudando a vida do país, que tem hoje uma inflação sob controle – apesar de ter enfrentado momentos de alta descontrolada, ultrapassando os 10%, como ao final dos governos Fernando Henrique e Dilma Rousseff.
Ao completar seus 25 anos, o real atinge o status de moeda mais longeva da nossa história, marcada por vários planos econômicos em diferentes governos. Num país sem memória, é importante resgatar a
história dessa grande guinada para fazer justiça a alguém que soube fazer política com honradez.
Itamar Franco deixou o governo com uma aprovação superior a 80%, elegendo seu sucessor, Fernando Henrique Cardoso, que fora seu ministro da Fazenda durante o lançamento do real. Pelo cargo que ocupava à época, FHC é apontado por muitos – e ele próprio se intitula assim – como “pai do real”, o que não é verdade. Ele teve, sim, importância no sucesso do plano, mas foi a inconteste liderança e firmeza de Itamar, sustentada porsua inquestionável seriedade e honestidade – qualidade em falta no Brasil de hoje –, que garantiram a consolidação do plano.
O Brasil hoje vive outra crise econômica profunda, resultado da falta de continuidade do processo de mudança iniciado por Itamar. Tivessem FHC e Lula realizado as reformas que hoje se tenta fazer, o país seria outro. Faltou a ambos a coragem de Itamar, pois tinham liderança e apoio popular, pelo menos em parte de seus governos, para implementar as mudanças. Preferiram evitar o confronto e se acomodaram. Bolsonaro, apesar de seu pouco tato político, sustentado pelo conhecimento técnico de Paulo Guedes, que formou uma equipe de peso, tem ousado propor reformas como a da Previdência e a desestatização.
Para levar adiante esses projetos fundamentais para o país, o presidente precisa encontrar alguém que tenha habilidade para negociar politicamente com o Congresso. Mas, antes disso até, precisar mudar seu comportamento pessoal, falando menos e deixando de estimular a radicalização, como se já estivesse sobre o palanque da reeleição.
- Brasil pagou R$ 746,9 bilhões de juros sobre a dívida pública consolidada nos últimos…
Mesmo podendo conquistar a 8ª posição no ranking das maiores economias neste ano, o PIB…
Sergio Augusto Carvalho O Mundial do Queijo do Brasil realizado mês passado em São Paulo…
Presidente do Conselho de Administração do Sicoob Central Crediminas, João Batista Bartoli de Noronha Instituição teve…
Enóloga Marta Maia apresentou as vinícolas de Portugal Novidade foi divulgada durante eventos em Belo…
Maior fabricante de genéricos injetáveis do Brasil completa 40 anos de atividades neste mês e…