Tesouros Ancestrais do Peru: Uma viagem pela história andina no CCBB BH

Rachel Capucio*

O CCBB Belo Horizonte convida o público a explorar as antigas civilizações andinas através da exposição “Tesouros Ancestrais do Peru”. Em exibição gratuita até 6 de maio, esta mostra apresenta 162 peças autênticas, incluindo cerâmica, cobre, ouro, prata e têxteis, abrangendo um período de 2500 anos de história (900 a.C. a 1600 d.C.).

As peças, reconhecidas pelo Ministério da Cultura do Peru, são resultado de expedições arqueológicas e pertencem à Fundação Mujica Gallo. Com curadoria de Patricia Arana e Rodolfo de Athayde, a exposição é dividida em cinco blocos temáticos: Linha do Tempo, Mineração, Divindades e Rituais, Cerâmicas e Têxteis, e Colonização, proporcionando uma visão abrangente dos tesouros da história andina até o auge do Império Inca.

O Império Inca, ou Tahuantinsuyo, simbolizou a fusão das culturas da América antiga, deixando um legado de técnicas avançadas em administração, mineração, irrigação e mais. A exposição revela aspectos culturais dos povos andinos por meio de artefatos como depiladores, máscaras funerárias e coroas de ouro, além de peças cerâmicas e têxteis que demonstram a sofisticação alcançada por essas civilizações.

Desde os primeiros habitantes até a era da agricultura de irrigação, o bloco “Linha do Tempo” destaca os marcos principais da história andina. A seção “Mineração” explora o domínio sobre os metais e seu impacto na sociedade, enquanto “Divindades e Rituais” aproxima os visitantes das crenças e práticas espirituais desses povos. “Cerâmicas e Têxteis” exibe a habilidade artística e funcional dessas culturas, e “Colonização” reflete sobre o encontro violento com os colonizadores espanhóis.

Além dos artefatos ancestrais, a exposição apresenta obras contemporâneas que dialogam com o legado, oferecendo uma perspectiva crítica sobre sua representatividade e o impacto da colonização. Destaque para “Saqueo” de Iván Sikic, que questiona o legado da extração de ouro, e a réplica do “Quipu de Nasca”, um antigo sistema de registro inca.

A raridade das peças expostas reflete a história turbulenta de saques e destruição que atingiu o legado inca. A exposição não só celebra a riqueza cultural dessas civilizações, mas também convida à reflexão sobre a preservação de sua história e conhecimentos.

Créditos da imagem: Garrafa Cultura Recuay. Serra Norte do Peru. 200 aC-400 d.C | Crédito- Museo Oro del Perú – Armas del Mundo | Fundación Miguel Mujica Gallo

Exposição: Tesouros Ancestrais do Peru

Local: Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte

Datas: Até 06 de maio

Entrada: Gratuita

Ingressos: Disponíveis na bilheteria ou pelo site ccbb.com.br/bh

*Advogada especialista em Cultura

De acordo com estatísticas do Google Analytics Search a publicação MercadoComum

Anúncio