Taxa básica de juros do país em 6,5% é mantida pelo Copom

Decisão era esperada em função da manutenção do cenário de atividade estagnada

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) manteve, no dia dia 8/05, a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, em 6,5% ao ano. A taxa, que foi definida no ano passado, é a mais baixa da história.

O Comitê de Política Monetária – COPOM manteve a taxa Selic em 6,50% ao ano. A decisão era esperada em função da manutenção do cenário de atividade estagnada com elevada ociosidade do emprego e da capacidade instalada, inflação baixa e expectativas ancoradas, em meio a uma distribuição equilibrada de riscos inflacionários futuros.

Se, por um lado, o agravamento da tensão comercial no exterior atua na direção da desvalorização de moedas em países emergentes, o que eleva a inflação local, a decisão de manutenção dos juros baixos nas economias maduras atua na direção oposta. Internamente, ainda que com perspectiva de desidratação, a reforma da previdência dá os primeiros passos no Congresso Nacional, juntamente com outras propostas que têm o potencial de destravar o investimento, como a redução de entraves à atividade industrial e o avanço em processos de licitação e concessão. Nesse contexto, o aumento recente do IPCA, concentrado em itens voláteis como é caso dos preços de alimentos, não deverá ser suficiente para colocar em risco o cumprimento da meta de inflação em 2019.

Contudo, entendemos que já seja o momento de discutirmos a viabilidade de continuar o processo de redução de juros no país, tendo em vista a recorrente frustração com o crescimento econômico doméstico. Depois de mais de dois anos em meio a uma forte contração econômica, a economia brasileira tem exibido sinais de escassez de demanda agregada, crescendo pouco mais do que 1% ao ano, o que é insuficiente para permitir o avanço da renda per capita na direção do patamar atingido em países mais ricos. A produção industrial, em particular, apresenta queda tanto a nível nacional, como em Minas Gerais.

Vale lembrar que o investimento depende da combinação de um ambiente propício aos negócios com o adequado acesso ao capital financeiro. Acelerar as reformas estruturais é essencial para que essa conjunção de fatores se instale no Brasil.

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