Silicon Valley Bank

João Lucas Tonello* 

Recentemente vimos o SVB (Banco do Vale do Silício) conhecido como banco das startups nos EUA, não conseguindo saudar mais suas dívidas devido ao aumento da taxa de juros realizado pelo FED. Com isso, teve no dia 10 de março seus ativos bloqueados pela FIDC, (Federal Deposit Insurance Corporation) que é uma agência governamental dos Estados Unidos responsável pela proteção dos depositantes e pela estabilidade do sistema bancário do país.

Uma das principais consequências imediatas foi a tensão no mercado critpo pela principal stable coin ter perdido sua paridade com dólar devido ao bloqueio de 8,25% dos recursos.

No dia 12 de março, com intuito de proteger a economia dos Estados Unidos fortalecendo a confiança pública e o sistema bancário americano e após receber uma recomendação dos conselhos do FDIC e do Federal Reserve, e consultar o Presidente, a Secretária Yellen foi aprovado ações permitindo que o FDIC conclua sua resolução do Silicon Valley Bank, de Santa Clara, Califórnia, de maneira garanta aos depositantes o saque dos valores investidos. Assim, os depositantes já tiveram acesso a todo o seu dinheiro desde a segunda-feira, 13 de março. Nenhuma perda associada à resolução do Silicon Valley Bank será suportada pelo contribuinte. Desta forma, foi feito uma espécie de Bailout para evitar um temor em cadeia de outros bancos nos EUA. 

Finalmente, o Conselho Federal de Reserva anunciou ainda que disponibilizará financiamento adicional para instituições depositárias elegíveis para ajudar a garantir que os bancos tenham a capacidade de atender às necessidades de todos os seus depositantes.

O FDIC declarou ainda que “o sistema bancário dos Estados Unidos continua resiliente e em uma base sólida, em grande parte devido às reformas que foram feitas após a crise financeira, que garantiram melhores salvaguardas para a indústria bancária”. 

Resta aguardarmos cautelosamente riscos de quebra de outros bancos. No caso de ter sido um ato isolado, não há maiores preocupações. Mas, se for o início de uma nova crise de 2008, temos muito que nos preocuparmos.

*CNPI, analista da Benndorf Research

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