SEGUNDO MANIFESTO MINEIRO AO POVO BRASILEIRO e ABERTURA DO BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA
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https://conteudo.acminas.com.br/lp-abertura-do-ano-do-bicentenario-da-independencia
Tendo por inspiração documento similar de lideranças mineiras de 1943, cujo Manifesto foi vitorioso na medida que contribuiu para o término da Ditadura Vargas – colocando Minas como protagonista Nacional da Democracia, neste dia 01 de setembro está sendo lançado o “II Manifesto do Povo Mineiro aos Brasileiros”, juntamente com a “Abertura do Bicentenário da Independência”.
De acordo com o presidente da ACMinas-Associação Comercial e Empresarial de Minas José Anchieta da Silva esse documento pode ser considerado um atrevimento. “Foi um atrevimento, mas necessário em função do caos que, nacionalmente se apregoa e se anuncia”.
O Manifesto une personalidades, une pessoas, une lideranças representativas, as instituições vêm depois, e certamente acompanharão a voz orientadora de seus líderes. Nele constam assinaturas de pessoas naturais respeitando-se, assim, todas as diversidades, todas as correntes de pensamento. “Teve-se o cuidado de não coletar assinaturas de pessoas que detenham mandato, pela razão maior de que, aqueles que detêm mandato, são autoridades e o Manifesto tem por destinatárias as autoridades”, comentou.
Segundo José Anchieta da Silva o Manifesto não se esgota em si mesmo. “Agora é preciso ação por parte de toda a Sociedade Civil organizada, pessoas naturais e Instituições”.
O evento de lançamento conta, ainda, com as apresentações de Felipe Martins Pinto – Presidente do Instituto dos Advogados de Minas Gerais e de Carlos Alberto Teixeira de Oliveira – Presidente da ASSEMG-Associação dos Economistas de Minas Gerais e de MercadoComum, além de palestras de José Anchieta da Silva – Presidente da ACMINAS-Associação Comercial e Empresarial de Minas sobre o “Manifesto dos Mineiros” e do escritor Olavo Romano, com o tema “Uma Pincelada de História e um Jeito Mineiro de Ser”.
SEGUNDO MANIFESTO DOS MINEIROS AO POVO BRASILEIRO
As mudanças estruturais que o Estado Brasileiro necessita (e que o Povo Brasileiro reclama) exigem das lideranças, todas, e daqueles que ocupam cargos e funções nas estruturas produtivas e fornecedoras de serviço e de conhecimento (tanto públicas quanto privadas) uma urgente tomada de posição.
A ruptura pelas armas, pela confrontação física nas ruas, é sinônimo de anarquia, que é antônimo de tudo quanto possa compreender uma caminhada serena, cidadã e construtiva. A democracia não pode ser ameaçada, antes, deve ser fortalecida e aperfeiçoada. O que se pretende provocar é outro tipo de ruptura: a ruptura através das ideias e da mudança de comportamentos em todas as dimensões da vida.
O objetivo é construir (na verdade, reconstruir) um projeto de Nação para o Brasil, dando sentido novo ao que seja patriotismo, de modo a fazer do povo brasileiro uma gente mais feliz e colocando o Brasil como Nação altiva, livre e democrática no concerto das Nações.
O país necessita de uma verdadeira ‘reforma do Estado’ (reforma continente) nela compreendendo as reformas internas necessárias, sobressaindo: a reforma político-eleitoral, a reforma administrativa, a reforma do sistema de educação (só a educação transforma as pessoas), a reforma do sistema de segurança, a reforma orçamental e econômica, a reforma do sistema tributário (são reformas de conteúdo).
Já se revelou, e faz tempo, equivocada uma maneira de governar onde os Municípios e os Estados são reféns permanentes do que pensa e do que deseja o governo central sediado em Brasília. Esse centralismo que aumenta as desigualdades, já impôs atraso e miséria a toda a Nação Brasileira.
Vive-se um século XXI que já vai alto e os problemas da gente brasileira continuam, na base, praticamente os mesmos: analfabetismo, esquecimento, ausência de infraestrutura básica (como água e esgoto, por exemplo), além do agravamento de uma escalada criminosa crescente, em vários sentidos (de balas perdidas, assaltos e discriminações).
É preciso valorizar, e se necessário for criar um novo capitalismo que valorize a inteligência humana, um capitalismo humanizado, porque o centro da vida é a Pessoa Humana.
É quase ulceroso falar, no Brasil, em reforma constitucional, mas é imperativo reconhecer que a Constituição de 1988 já cumpriu o seu papel histórico de assegurar a democracia e de valorizar a cidadania. Quanto ao demais, o que dela se recolhe é um texto antônimo de si mesmo, na medida em que oferece, para uma mesma pergunta, como resposta, sempre um sim e um não. Não se desconhece a delicadeza do tema e as dificuldades a serem encontradas no seu enfrentamento.
É preciso extirpar das leis todo tipo odioso de privilégio que cria castas e diferenças entre as pessoas em função de seus fazeres e de suas responsabilidades. É situação, afinal, que não faz de Pessoa alguma, figura diferente e privilegiada em relação aos demais. É preciso repristinar esta verdade: perante o Estado todos os cidadãos são cidadãos comuns.
É preciso pôr fim à vida estamental do aparelho do Estado que, no Brasil, desde sempre, é uma presa capturada por grupos de pessoas que se autoprivilegiam e conduzem a vida das pessoas segundo seus interesses pessoais, secundando os legítimos interesses do Povo e da Sociedade Brasileira.
É preciso criar mecanismos eficientes de erradicação e de controle da erva daninha da corrupção, banindo da vida pública aqueles que se servem do Estado para, criminosamente, atender a interesses menores e que não correspondam às obrigações do cargo e das funções que exerçam. Tais medidas devem alcançar, por igual, aqueles que ocupem posições de destaque em todos os poderes do Estado: Executivo, Legislativo, Judiciário e Instituições agregadas.
É preciso criar mecanismo a permitir que as instituições representativas da Sociedade Civil tenham voz ativa junto aos poderes constituídos, fazendo as vezes daquele ‘Poder Moderador’ criado na França pelo pensador Benjamin Constant, de modo a nunca mais permitir arranjos que, atendendo a interesses outros, não correspondam aos anseios da Sociedade e do Povo Brasileiro.
O Brasil se insere dentre os países do mundo que já viveram todas as experiências de governos e mandonismos: o Brasil colônia deu lugar ao Brasil império; que deu lugar ao Brasil república, a velha e a nova; experimentou, por mais de uma vez, as ditaduras; conheceu, em voo de pássaro, a experiência do parlamentarismo, antes de chegar à nova república. Portanto, a experiência para reescrever o Brasil quem a possui somos nós próprios: os Brasileiros.
Esse passado inspirador retém matéria prima suficiente para que possamos, de mãos dadas, construir um futuro promissor para o Brasil-nação. A respeito, é relevante trazer a texto a constatação de que instituições brasileiras sérias e comprometidas existem e são inúmeras, como ilhas, no entanto. O propósito deste Manifesto está em propiciar a ligação de todas essas ilhas, dando-nos as mãos. Se todas essas ilhas derem as mãos, a partir de propósitos comuns, construiremos um grande Brasil-arquipélago.
Dessa construção, (na verdade, reconstrução), sobressairá fortalecido o respeito à integridade das pessoas e suas diferenças e nascerá uma sociedade mais tolerante. É preciso plantar e implantar definitivamente uma política que reconheça o valor do meio ambiente.
As mudanças estruturais e estruturantes que este Manifesto suscita – e que por certo serão aprimoradas – caminharão através de um ‘GRANDE PACTO PELO BRASIL’. Esta é a pregação maior com a qual se pretende plantar e colher um Brasil que tenha futuro.
Registro final: Não se adota neste texto por equívoco, como título, a expressão ‘SEGUNDO MANIFESTO DOS MINEIROS’. A iniciativa compreende um alertar a Gente Mineira e a Gente Brasileira, chamando a atenção para aquele corajoso e desprendido ato praticado por um grupo de pró-Homens de Minas e do Brasil, que no século passado (mais precisamente em 24 de outubro de 1943) ousou mudar o Brasil. E conseguiu.
De Belo Horizonte para o Brasil, em 07 (sete) de setembro de 2021 (dois mil e vinte e um).
– Seguem 300 (trezentas) assinaturas iniciais [uma evocação à celebração do tricentenário de Minas Gerais] no ano de 2021.
– Seguir-se-á, posteriormente e como anexo, uma relação das lideranças que aderirem ao MANIFESTO, fazendo-o entre a data de 7 de setembro a 31 de dezembro de 2021.
– Na data da lavratura da Escritura Pública da Ata Notarial que contém este MANIFESTO, o texto contava com 212 (duzentas e doze) assinaturas, em colunas indicando: nome legível, CPF, e-mail, telefone e assinatura.
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