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Retomada do crescimento económico passa por choque de credibilidade proposto por Aécio

A retomada do ritmo de crescimento econômico do Brasil passa pela criação de uma agenda efetiva de desenvolvimento. Esta é a principal avaliação do ex-presidente da Usiminas e da Vale, Wilson Brumer, que defende a adoção de um “choque de credibilidade”, para que o país volte a atrair mais investimentos e, consequentemente, gere mais empregos e mais renda aos cidadãos. O candidato da Coligação Muda Brasil à Presidência da República, Aécio Neves, defende a ampliação do volume de investimentos na economia brasileira, dos atuais 18% para 24% do Produto Interno Bruto (PIB). Aécio se compromete a adotar um conjunto de medidas para que o Brasil volte a ser competitivo. As propostas do candidato envolvem investimentos na qualidade da educação, em infraestrutura, a simplificação do sistema tributário e maior integração do Brasil com o mundo. “A busca da competitividade deve ser tratada como uma obsessão absoluta pelo próximo governo”, afirmou Aécio ao expor suas propostas a representantes do setor industrial na Confederação Nacional da Indústria, em Brasília (DF). Ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do governo Aécio Neves, Wilson Brumer, concorda que algumas medidas sejam adotadas já no início do próximo governo, como forma de dar uma sinalização clara ao mercado de que a agenda será cumprida, com foco na segurança jurídica e o respeito aos contratos. “O papel do governo é ser promotor, articulador e indutor do desenvolvimento. O mais importanteé garantir segurança jurídica para que os investidores possam participar. O Brasil não irá avançar se não atingirmos níveis de investimentos públicos e privados da ordem de 24% do Produto Interno Bruto (PIB)”, afirmou. Um dos coordenadores do Programa de Governo de Aécio, Brumer avalia que o Brasil passa por um forte processo de desindustrialização, em função de um erro de condução do atual governo do PT, que concentrou esforços no aumento do consumo para aquecer a economia e não investiu em uma estratégia sistêmica que envolvesse outros segmentos. Por isso, e também pela alta carga tributária, o Brasil vem perdendo cada vez mais investimentos em cadeias produtivas importantes, como a siderurgia, a mineração, a indústria automobilística e o setor sucroalcooleiro. “O setor sucroalcooleiro foi praticamente destruído pela política de preços do atual Governo e por isso, os empresários deixaram de investir. É um caso grave, porque o setor é um grande gerador de em-pregos e ainda capaz de produzir energia renovável, a partir da biomassa. O próximo governo terá que agir de imediato para recuperar o setor”, diz ele.

Competitividade

Para Brumer, a proposta de Aécio em apresentar ao Congresso Nacional, já nos primeiros dias do seu governo, uma proposta de simplificação tributária pode ser considerada uma sinalização clara ao mercado da importância que a competitividade terá para o seu governo. “O Brasil já dispõe de uma série de estudos sobre a necessidade de uma reforma tributária ampla, mas é preciso sair do discurso e partir para a ação. Algumas medidas podem ser tomadas pelo Poder Executivo já nos primeiros dias do Governo. Para as ações que dependam de negociação com o Congresso Nacional, o próximo presidente terá que esclarecer aos governadores que os Estados não irão perder receita de arrecadação e, ao contrário, poderão até mesmo ampliar a receita.”, avaliou. O ex-secretário enfatizou que o Brasil é um país cheio de oportunidades, capaz de atingir um novo patamar de crescimento econômico e gerar mais empregos e mais renda aos cidadãos. O caminho a ser seguido, segundo ele, já está contemplado nas propostas de Aécio Neves para a área econômica e passa, fundamentalmente, pelo planejamento. “O Brasil pode conquistar um novo nível de investimentos, mas ainda não somos um país competitivo. Precisamos de um projeto de país. Durante o seu período de governo em Minas, Aécio Neves já demonstrou que possui a liderança necessária para motivar a equipe de Governo e demonstra aos investidores que temos capacidade para disputar novos projetos com outros países do mundo”, concluiu Wilson Brumer 

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