Arthur Lopes Filho*
A tensa conjuntura política da época foi um teste particularmente difícil para o exercício das qualidades do médico JK na Presidência da República. Sua campanha política, com o slogan “50 anos em 5?, começou pelo interior e não pelas grandes capitais como era o habitual. E foi justamente em uma cidadezinha no interior de Goiás, Jataí, que no comício teve de responder à pergunta se mudaria a capital brasileira para o interior, como propunha a Constituição. O candidato passou a expor em sua campanha seu Programa de Metas e anunciava a mudança da capital brasileira, denominada Meta – Síntese. A eleição dele havia sido contestada e sua posse se deveu à decisiva atuação do Exército sob as lideranças do general Lott e do general Denis.
No primeiro mês de governo – fevereiro de 1956 – houve, um levante de oficiais da Aeronáutica no Norte do país. Contra os que haviam tomado das armas para tentar impedi-lo de exercer o governo, JK não recorreu às tradicionais medidas repressivas – a expulsão das Forças Armadas,- e preferiu a anistia. Na luta político-parlamentar, sem armas mas acirrada, JK colocaria em prática sua concepção da política como a arte de respeitar e se aproximar dos adversários. Os correligionários políticos o admiravam pela sua liderança sincera e cheia de ideais cívicos, seus adversários políticos e até inimigos eram tratados por ele com tolerância e desprendimento.
O Presidente Juscelino Kubitschek era um democrata e gostava de se misturar ao povo. Ele, o contemporâneo do futuro, convivia com o cidadão de origem humilde, o Nonô de Diamantina, o Juscelino de Belo Horizonte, o JK que a Nação admirava em seu corajoso projeto de fazer o Brasil avançar cinquenta anos em cinco. Após sofrer todas as injustiças, o grande, maior de todos, Presidente JK afirmou: “: “Fui combatido aos limites da resistência humana, quando me propus trazer a capital para o planalto. Atacaram-me com rancor e não me pouparam os insultos mais pesados. Aí está o que ficou de tudo: a sede do mundo moderno”.
No Brasil de hoje, o Capitão da Reserva do Exército Jair Bolsonaro, é presidente da República do Brasil, e por isso o Comandante Supremo das Forças Armadas. Lastimável que não tenha metade da dimensão de JK e banaliza estes altos postos quando, todos os dias, na Portaria do Palácio da Alvorada, derrama impropérios contra seus adversários. Pior, diante de uma pandemia que assusta o Mundo, desrespeita até seu ministro da Saúde e desdenha o uso da máscara protetora e chama a “nova peste” de “gripizinha”. Disse que não tem medo e promoveria um churrasco no Palácio da Alvorada, mas deve ter sido chamado à ordem, recuou dizendo que foi uma “fake” e insultou jornalistas. Isto é mais que banalizar, é demonstrar desdém para com os milhões de brasileiros que estão respeitando a quarentena.
Lastimável! Que falta faz ao Brasil um outro JK.
*Engenheiro, ex-presidente da ACMinas – Associação Comercial e Empresarial de Minas
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