Na terceira edição da pesquisa, percepção sobre desemprego, poder de compra, inflação, custo de vida e taxa de juros mantém tendência pessimista verificada em março e junho.
Mesmo com a projeção de crescimento do PIB em 2021 entre 5% a 5,5%, o avanço da vacinação contra a Covid-19, e a flexibilização de boa parte das restrições impostas em todos os setores, a maioria da população permanece apreensiva, temendo a piora nos próximos seis meses do desemprego, inflação e poder de compra.
A terceira edição do RADAR FEBRABAN mostra que a maioria dos brasileiros aposta na recuperação da economia e das finanças pessoais a partir do próximo ano. Depois de um recuo de 54% em março para 52% em junho, voltou a crescer para 55% a proporção de brasileiros que não acreditam que a situação financeira pessoal se recupere ainda esse ano.
Assim com
o na pesquisa de junho, mais de dois terços dos entrevistados (68%) estimam que a economia brasileira só deve dar sinais de melhora a partir do ano que vem. O percentual daqueles que acham que a economia não vai se recuperar passou de 9% em março para 15% em setembro.
Realizada no período de 02 a 07 de setembro, com 3 mil entrevistados em todas as cinco regiões do País, a terceira edição do RADAR FEBRABAN avaliou a evolução da expectativa dos brasileiros sobre os seguintes temas e apresenta ainda um recorte regional:
A pesquisa se soma ao Observatório FEBRABAN e à FEBRABAN News, criados em 2020, como instrumentos para estreitar o diálogo do setor bancário com os brasileiros, tornando-se polo de notícias, conteúdo e ponto de encontro de debate.
Sobre os bancos, a avaliação da população é majoritariamente positiva. “A credibilidade no setor bancário alcançou os patamares mais elevados de opinião positiva desde o início da série histórica do estudo: confiança nos bancos; satisfação com o atendimento bancário; avaliação positiva da contribuição dos bancos para o desenvolvimento da economia, a ajuda ao país, à sociedade e aos clientes no enfrentamento da pandemia, a geração de empregos, e a melhora da qualidade de vida das pessoas”, aponta o cientista político e sociólogo Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), responsável pela pesquisa.
A seguir, alguns pontos da terceira edição do RADAR FEBRABAN:
Recuperação Econômica
Faltando menos de quatro meses para o fim do ano, mais da metade dos brasileiros (55%) creem que sua situação financeira familiar só vai se recuperar em 2022. Menos de um quinto (18%) acredita na melhora de sua situação financeira ainda este ano – um recuo de 5 pontos em relação a junho. Os mais pessimistas, que não veem qualquer perspectiva de recuperação das finanças pessoais, somam 7%, um aumento de 2 pontos em relação ao levantamento de junho.
A expectativa de recuperação somente a partir de 2022 se amplia quando pensam na economia do país. Assim como na pesquisa de junho, mais de dois terços dos entrevistados (68%) estimam que a economia brasileira só deve dar sinais de melhora a partir do ano que vem.
Na medida em que se aproxima o final do ano, cresce o descrédito quanto à recuperação econômica em 2021: somente 9% creem nisso, uma queda de 4 pontos em relação a junho, e retorno ao patamar de março. Embora pequena, segue em trajetória crescente a parcela dos que não enxergam quaisquer perspectivas de recuperação da economia: 9% em março, 12% em junho e 15% agora. Esse número chega a 21% entre os jovens de 18 a 24 anos.
Principais preocupações
Aumento do desemprego, queda do poder de compra, elevação da inflação, do custo de vida e da taxa de juros compõem o leque das principais inquietações dos brasileiros e embasam o sentimento desfavorável sobre a recuperação da vida financeira familiar e da economia em curto prazo.
Ainda assim, é possível observar perspectivas mais favoráveis em relação a março e relativa estabilidade em relação a junho. Numa projeção para os próximos seis meses:
Consumo
O desejo de comprar um imóvel vem crescendo entre os brasileiros. Nesta edição do Radar Febraban, 34% dos entrevistados expressam essa intenção como uma alternativa de investimento preferencial caso a situação financeira melhore e haja sobra no orçamento nos próximos meses. Em março e junho passados, esses índices eram, respectivamente, 23% e 27%.
Cerca de dois terços das pessoas ouvidas acham mais interessante, na hipótese de sobras financeiras, fazer investimentos bancários: 31% aplicariam na poupança e outros 31% fariam outro tipo de investimento. E ainda:
Ao contrário das opções de investir na educação e reformar a casa, que mantiveram patamares semelhantes às ondas anteriores, o levantamento de setembro registra o menor índice quanto ao desejo de viajar, que em março era de 25% e em junho, 29%.
Outros itens receberam menos de 15% das menções:
Contribuição dos bancos
A confiança nos bancos em setembro alcança a melhor marca entre as rodadas do levantamento (60%). A confiança nas fintechs deu um salto significativo entre março e setembro: de 49% para 59%. Quanto às empresas privadas em geral, a confiança é de 54% (eram 51% em junho).
Essa opinião favorável sobre os bancos também se expressa no crescente reconhecimento de sua relevância para a economia, o país e as pessoas:
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