Especialista em finanças explica como as políticas monetárias estão em todos os lugares
O que passa na sua cabeça quando você ouve o termo “política monetária”? Provavelmente algo muito complicado, distante da sua realidade ou até mesmo, algo do governo. Apesar do nome complicado, a política monetária de um país está em todos os lugares: no preço que você paga no mercado, nos boletos que você quita e até mesmo, nas suas compras do cartão de crédito.
Para explicar melhor sobre esse termo, conversamos com o especialista Alison Correia, um dos principais influenciadores de finanças do Brasil e CEO da TopGain, plataforma informativa sobre investimentos. “Assim como todos nós precisamos controlar os nossos ganhos e gastos e estabelecer metas de investimento, um país também precisa. E para isso, damos o nome de política econômica”, explica.
A política econômica é formada basicamente por três pilares: política fiscal, política cambial e a política monetária. A política fiscal é o orçamento de um país, ou seja, seu controle de receitas e despesas. Já a política cambial é a relação financeira do país com outros países, isto é, como ele administra o câmbio dentro do seu território.
A política monetária é responsável por controlar o dinheiro que circula no país, que não pode ser excessivo, elevando a inflação, nem pouco, que pode disparar a busca por empréstimo e aumentar os juros. Por isso, podemos dizer que se o Brasil fosse uma pessoa física, por exemplo, a política econômica seria sua planilha de controle financeiro. “Esses pilares servem para equilibrar as contas de um país e evitar problemas como inflação alta, desemprego e economia parada.”, completa Correia.
Em outras palavras, cada pilar da política econômica cuida de um aspecto da economia e a política monetária cuida da forma como o dinheiro circula no país. Dinheiro demais faz com que a inflação dispare. A inflação é, basicamente, um aumento generalizado dos preços de bens e serviços pela maior quantidade de dinheiro em circulação. Ela diminui o poder de compra das pessoas e responde aquela velha pergunta da infância “não é só imprimir mais dinheiro?” Não. Afinal, ao imprimir, mais dinheiro estará circulando no país e a inflação irá nas alturas.
Por outro lado, dinheiro de menos faz com que as taxas de juros disparem. A Taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, de maneira simplificada. Ela define o valor a ser pago pelo dinheiro e é usada para controlar a inflação. Ela é definida e calculada pelo COPOM (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, a cada 45 dias. Em 2019, por exemplo, a Taxa Selic foi uma das menores da história. Quando a Selic é alterada para baixo, os rendimentos dos investimentos atrelados a ela também caem. Isso faz com que os custos dos bancos diminuam também e é provável que os juros cobrados por empréstimos, por exemplo, caiam junto. O oposto acontece quando a Selic aumenta. No entanto, pode acontecer do banco não repassar essas quedas da Selic para o consumidor final, aumentando assim o seu spread, ou seja, seu lucro.
“É preciso ter em mente que a política monetária principal de qualquer banco central, de qualquer país, é equilibrar o ecossistema que lhe beneficia. Eles não foram criados para beneficiar as pessoas e sim, para fazer com que as contas do governo estejam superavitárias, ou seja, com mais arrecadação que despesa”, esclarece o especialista, que compartilha diariamente sua visão do mercado nas redes sociais e ensina seus seguidores questões técnicas do ramo.
Saber como funcionam as políticas econômicas e cada um dos seus pilares é essencial para entender o seu comportamento com o dinheiro que você ganha e que você gasta. Quando você entende o que está por trás de uma ação – aumento da Selic para controlar a inflação, por exemplo – é possível estudar qual é a melhor direção para o seu dinheiro. Para ensinar melhor sobre o mercado financeiro, Alison Correia também realiza operações reais ao vivo para uma melhor interação e aprendizado dos alunos em seu Instagram @alisoncorreia.
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