Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB teve contração de 0,3% no primeiro trimestre de 2020. O Valor Adicionado a preços básicos teve variação negativa de 0,2% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios recuaram em 0,4%.
A Agropecuária registrou crescimento de 1,9% em relação a igual período do ano anterior. Este resultado pode ser explicado, principalmente, pelo desempenho de alguns produtos da lavoura com safra relevante no primeiro trimestre, como a soja, e pela produtividade, visível na estimativa de variação da quantidade produzida vis-à-vis a área plantada.
A Indústria apresentou variação negativa de 0,1%. Nesse contexto, a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-1,8%) registrou a maior queda sendo desfavorecida, além da pandemia e distanciamento social, pelo verão mais ameno.
O segundo maior recuo veio da Construção (-1,0%), com queda no emprego e na fabricação dos seus insumos típicos. A Indústria de Transformação (-0,8%) também sofre retração, sendo seu resultado influenciado, principalmente, pela indústria automobilística, confecção de artigos de vestuário e fabricação de outros equipamentos de transporte.
As Indústrias Extrativas (4,8%), por sua vez, tiveram alta, sendo beneficiadas, principalmente, pelo crescimento da extração de petróleo e gás que compensou a queda na extração de minérios ferrosos.
Os Serviços tiveram queda de 0,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior, com destaque para Outras atividades de serviços (-3,4%), com destaque para os serviços prestados às famílias, Transporte, armazenagem e correio (-1,6%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,4%). As que tiveram expansão foram Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (2,0%), Atividades Imobiliárias (1,6%), Informação e comunicação (1,3%) e Comércio (0,4%).
O Consumo das Famílias teve queda de 0,7%. Esse resultado pode ser explicado pela pandemia aliada ao distanciamento social que afetou negativamente o mercado de trabalho, prejudicando a demanda, além dos efeitos sobre a oferta.
A Formação Bruta de Capital Fixo avançou 4,3% no primeiro trimestre de 2020. Este crescimento é justificado pelo aumento da importação líquida de máquinas e equipamentos, principalmente para a atividades de petróleo e gás, que compensou a queda da produção nacional de bens de capital e da Construção. A Despesa de Consumo do Governo apresentou estabilidade (0,0%) em relação ao primeiro trimestre de 2019.
No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços apresentaram queda de 2,2%, ao passo que as Importações de Bens e Serviços avançaram 5,1% no primeiro trimestre de 2020. Dentre as exportações de bens, aqueles setores que contribuíram mais para o resultado negativo foram: máquinas e equipamentos, extração de minerais metálicos e veículos automotores. Na pauta de importações de bens, a alta se deu principalmente por máquinas e equipamentos; metalurgia e aparelhos elétricos.
PIB cresce 0,9% no acumulado em quatro trimestres
O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2020 cresceu 0,9% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou do avanço de 0,9% do Valor Adicionado a preços básicos e de 1,3% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (1,6%), Indústria (0,7%) e Serviços (0,9%).
Na análise da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo apresentou alta de 3,0% e a Despesa de Consumo das Famílias de 1,3%. Já a Despesa de Consumo do Governo teve variação negativa de 0,4%. No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços recuaram 2,7%, enquanto as Importações de Bens e Serviços apresentaram crescimento de 2,9%.
Taxa de Investimento foi de 15,8% no 1º trimestre
A taxa de investimento no primeiro trimestre de 2020 foi de 15,8% do PIB, acima do observado no mesmo período do ano anterior (15,0%). A taxa de poupança foi de 14,1% no primeiro trimestre de 2020 (ante 12,2% no mesmo período de 2019).
A Necessidade de Financiamento alcançou R$ 58,3 bilhões ante R$ 57,5 bilhões no mesmo período do ano anterior. O aumento da Necessidade de Financiamento é explicado, principalmente, pela redução de R$ 8,0 bilhões no saldo externo de bens e serviços e pela redução de R$ 6,6 bilhões em Renda Líquida de Propriedade enviada ao Resto do Mundo.
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