Divulgado na manhã desta sexta-feira, dia 04 de março, pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o PIB – Produto Interno Bruto brasileiro cresceu 4,6% no ano passado e, mais uma vez, em nível inferior à média mundial de 5,9% – de acordo com o FMI – Fundo Monetário Internacional (World Economic Outlook). Os países considerados avançados cresceram 5,0% e os emergentes (categoria da qual o Brasil faz parte) tiveram expansão de 6,5%.
Em 2021 a agropecuária teve uma retração de 0,2% – enquanto a indústria registrou crescimento de 4,5% e o setor de serviços expandiu 4,7% – em linha com o que o mercado financeiro estimava.
No ano passado, a economia brasileira registrou um declínio de 3,9% – bem mais acentuado do que a média mundial, de 3,1%. Para este ano as projeções do FMI apontam um aumento do PIB global de 4,4% e as expectativas para a economia brasileira, de acordo com o último Relatório Focus do Banco Central Brasil, apontam um crescimento de apenas 0,3%.
Faço um alerta: se não voltarmos a crescer, as nossas dificuldades só vão se agravar e as soluções, para os nossos principais problemas estarão, cada vez, mais distantes. Mesmo já detendo, por exemplo, uma das mais elevadas cargas tributárias de nossa história, ela continuará se expandindo, assim como a dívida pública, que poderá nos direcionar a uma situação explosiva. E os recursos para investimentos em geral ficarão, também, sempre mais escassos
Neste século XXI o Brasil vem sendo vítima de uma doença que intitulo de “síndrome do raquitismo econômico” e fica evidenciado, simplesmente, que o País não consegue acompanhar o nível de crescimento da economia mundial. A marcha do crescimento econômico nacional parece enferrujada, emperrada e não consegue engatar qualquer ritmo que a possa levar avante e, ao contrário tem se mostrado como uma autêntica marcha a ré, um verdadeiro andar para trás, como um rabo de cavalo.
O Brasil não pode prescindir do crescimento econômico: o estoque de problemas sociais acumulados, eleva-se exponencialmente, apesar da desaceleração da taxa de crescimento da população. Entendo que só a expansão da economia preencherá as condições necessária para o enfretamento e atenuação dos mesmos.
A superação dos diversos impasses atuais e o ingresso do País em uma nova etapa de expansão econômica, contínua e segura exigirão coragem e firme determinação por parte da sociedade brasileira e de seus dirigentes. A saída não é simples nem trivial e demandará enfoques criativos e destituídos de preconceitos e de várias antigas verdades.
Repito e insisto no tema: precisamos nos reconciliar com o desenvolvimento e retomar o crescimento econômico vigoroso. Temos de buscar nos transformar em país desenvolvido.
A busca de um futuro melhor para o Brasil passa, inexoravelmente, pela urgente decisão de deixarmos de ser emergentes para nos convolar em país desenvolvido.
Reafirmo, com convicção que, assim como existe o “Sistema de Metas de Inflação”, o Brasil deveria criar outro modelo similar e a ser considerado a prioridade nacional número um. A proposta nesse sentido é a implantação de um “Sistema de Metas de Crescimento Econômico Vigoroso, Consistente, Contínuo e Sustentável”, resgatando-se o planejamento para que se possa captar o futuro promissor e iniciar já a sua transformação em realizações efetivas.
O crescimento econômico vigoroso deve deixar de ser apenas uma casualidade, uma questão episódica, uma efemeridade, um acontecimento meramente fortuito para se transformar, efetivamente, na grande meta econômica nacional, permeando a convolação do País em uma economia madura e desenvolvida.
Considero o desenvolvimento a trilha natural do Brasil rumo ao futuro, como já afirmava Juscelino Kubitschek há mais de 50 anos.
*Administrador, Economista e Bacharel em Ciências Contábeis. Presidente da ASSEMG-Associação dos Economistas de Minas Gerais. Ex-Presidente do BDMG e ex-Secretário de Planejamento e Coordenação Geral de Minas Gerais; Ex-Presidente do IBEF Nacional – Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças e da ABDE-Associação Brasileira de Desenvolvimento; Coordenador Geral do Fórum JK de Desenvolvimento Econômico e Vice-Presidente da ACMinas – Associação Comercial e Empresarial de Minas. Diretor da MinasPart Desenvolvimento Empresarial e Econômico, Ltda. Presidente/Editor Geral de MercadoComum.
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