Detalhes sobre a história do Chevrolet Opala, que se tornou um ícone no país, e o seu contexto histórico emblemático
Fábio Bennet*
Os anos 1960 descortinam-se para a história com grandes mudanças e manifestações políticas em quase todo o mundo. O crescimento econômico do pós-guerra chega ao auge nos países mais ricos.
O Brasil vivia, então, um momento muito peculiar. O AI-5, decretado em 1968, mostrava que o regime militar se tornaria mais denso e repressivo nos anos seguintes. Na economia, o Brasil começava a surfar numa onda de maciços investimentos, e nesse período a industrialização promovida por JK já apresentava seus frutos. O mercado automobilístico foi, é, e deverá seguir sendo um termômetro protagonista de uma economia pujante ou tímida, a depender do momento vivido. Como cantava Caetano, “enquanto os homens exercem seus podres poderes, motos e Fuscas avançam os sinais vermelhos”.
O mercado nacional tinha o Fusca como o principal carro de passeio em circulação, repetindo no Brasil o que aconteceu na Europa do pós-guerra. O Fusca, aqui como lá, ressignificou a forma como o brasileiro se deslocava. Mas existiam outras opções. Gordini, DKW, Simca, Aero-Willys, etc, O problema que todos esses que citei eram já obsoletos demais, ou grandes demais, ou caros demais, ou beberrões demais, quando não eram tudo isso junto.
A Ford apresentou em 1966 o refinado, gigante e caro Ford Galaxie. E em 1968 apresentou sua aposta para concorrer com o Fusca, um projeto da Willys, baseado no Renault 12, que viria a ser o delicioso Corcel (se você nunca dirigiu um Corcel, vale a pena esta experiência). No mesmo Salão do Automóvel de 1968, a Chevrolet deu sua cartada, o Opala. Nem tão grande quanto o Galaxie, mas suficientemente generoso no tamanho e no espaço interno, ele conquistou o coração de diferentes segmentos sociais.
Ao longo dos anos 70 e 80, os Opalas e Caravans eram presença obrigatória em qualquer foto ou filme da época. Foram empregados no serviço de táxi, como viaturas policiais, como veículos de representação de políticos e diplomatas, como ambulâncias, e a partir dos anos 90, carros voltados ao serviço pesado, como serralheria e construção civil, dada sua simplicidade e resistência mecânica.
Viajando de volta para o futuro (olha a referência), no meio daquelas reflexões que sempre fazemos na virada do ano, mando essa pra você: o Opala tem lugar nas ruas e estradas de 2023? Afinal, o que realmente mudou? Na era do imediatismo e da busca por eficiência energética, o papel do Opala, assim como de outros modelos da mesma época, se transformou. Não acabou. Apenas mudou.
?*Instrutor de Condução Veicular Policial da Polícia Rodoviária Federal e idealizador do Canal Cabeça Tronco e Rodas
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