Nenhum viajante está isento de “dores de cabeça” no caso de
perda ou furto do passaporte.
Se perder documentos pessoais no próprio país já exige uma
série de procedimentos burocráticos, não pense que em viagem
ao exterior seja diferente.
A pedido de um leitor assíduo de MC, que passou por esse
dessabor, recolhemos dicas, publicadas há algum tempo, no
Jornal Folha de São Paulo, que deverão amenizar o sofrimento
de quem vivencia essa situação indesejável.
A primeira providência tem caráter emocional. Relaxe, prepare-se
para alterar o roteiro e, provavelmente, permanecer mais tempo
do que gostaria em determinado destino.
O segundo passo é ir até a polícia local e fazer um boletim de
ocorrência. Caso não seja possível, faça uma declaração de
perda ou roubo no próprio consulado. Isso se você estiver em
cidade que tenha consulado brasileiro.
No consulado ou embaixada, apresente o boletim de ocorrência
e solicite o novo passaporte. Você vai desembolsar o dobro
do pagamento normal. Esses pagamentos não são feitos em
dólar. Será cobrado em “real Ouro”. Trata-se de um indicador
monetário para formação de preços das taxas dos consulados
e embaixadas.
Nos consulados não há regras de urgência. A demora, em geral,
depende da época em que ele é solicitado. Os meses de férias
são os mais demorados. Levar consigo na viagem um backup
do passaporte, na forma de CD ou cópia impressa, certamente
acelerará a retirada da segunda via.
Se você tiver um bom seguro viagem, acione-o. Neste caso,
algumas seguradoras, fornecem ao cliente um empréstimo e,
quando voltar ao Brasil, pagará com acréscimo as taxas do envio.
Lembre-se: Se precisar adiar o retorno ou a alterar a continuidade
de seu roteiro, a perda do documento não justifica a isenção
de multas de companhias aéreas. O custo dependerá do tipo
da passagem adquirida. Se tiver bilhete mais caro, em classe
executiva, por exemplo, provavelmente não precisará pagar
taxas extras.
De qualquer forma, se sua viagem foi organizada por uma
operadora de turismo idônea, com certeza ela lhe ajudará
na reprogramação do roteiro, quanto às hospedagens e
deslocamentos. Mas o bom mesmo é ter muito cuidado durante
sua viagem com esta preciosidade que é o passaporte.
Viajar é perigoso
TAM e Gol estão entre as quatro companhias aéreas
mais inseguras para se viajar no mundo, segundo
levantamento da Jacdec, consultoria alemã que
acompanha todos os acidentes aéreos que ocorrem
no planeta.
O estudo estipula um índice no qual zero representa
total segurança. A TAM teve média 1,077 – apenas
melhor que a da taiwanesa China Airlines (1,171). Já
a Gol recebeu 0,790. A melhor avaliada, a finlandesa
Finnair, teve índice 0,005.
Entre as 60 empresas listadas, a TAM (que em anos
anteriores chegou a estar posicionada no último lugar
do ranking) ocupa a 59ª colocação, enquanto a Gol
é a 57ª.
Os números são calculados a partir dos acidentes
ocorridos nos últimos 30 anos, relacionados com
a quilometragem já voada e o número anual de
passageiros de cada empresa. Nenhuma das nove
melhores colocadas registrou acidentes no período,
mas algumas delas foram fundadas recentemente,
como a Etihad Airways, dos Emirados Árabes Unidos,
que existe desde 2003.
Pelo levantamento, a TAM (fundada em 1976)
registrou seis grandes acidentes aéreos desde 1983,
com um total de 336 mortes (o último deles no dia 17
de julho de 2007, quando 187 morreram no voo 3054,
que fazia a rota Porto Alegre-São Paulo). No caso da
Gol (fundada em 2001), a consultoria considera um
acidente no mesmo período, com 154 mortes (no dia
29 de setembro de 2006, no voo 1907, que fazia a
rota Manaus-Brasília e caiu na Amazônia).
No total de acidentes desde 1983, as recordistas
são Aeroflot-Russian Airlines e American Airlines (10),
seguidas de US Airlines e Koren Air (9) e Air France
(7). No número de mortes no período, apenas China
Airlines (755), Korean Air (687) e American Airlines
(587) superam a TAM.
Quem viaja precisa conhecer esses indicadores.
1. Finnair (Finlândia) – índice 0,005
2. Air New Zealand (Nova Zelândia) – 0,007
3. Cathay Pacific (Hong Kong) – 0,007
4. Emirates (Emirados Árabes Unidos) – 0,008
5. Etihad Airways (Emirados Árabes Unidos) – 0,008
6. Eva Air (Taiwan) – 0,009
7. TAP (Portugal) – 0,009
8. Hainan Airlines (China) – 0,010
9. Virgin Australia (Austrália) – 0,010
10. British Airways (Reino Unido) – 0,011
11. Lufthansa (Alemanha) – 0,011
12. All Nipon Airlways (Japão) – 0,012
13. Qantas (Austrália) – 0,012
14. JetBlue Airways (Estados Unidos) – 0,013
15. Virgin Atlantic (Reino Unido) – 0,015
46. Asiana (Coreia do Sul) – 0,188
47. Japan Airlines (Japão) – 0,201
48. China Southern Airlines (China) – 0,204
49. Iberia (Espanha) – 0,222
50. SAS (Suécia) – 0,278
51. SkyWest Airlines (Estados Unidos) – 0,282
52. South African Airways (África do Sul) – 0,287
53. Thai Airways (Tailândia) – 0,316
54. Turkish Airlines (Turquia) – 0,524
55. Saudia (Arábia Saudita) – 0,544
56. Korean Air (Coreia do Sul) – 0,642
57. GOL Transportes Aéreos (Brasil) – 0,790
58. Air India (Índia) – 0,931
59. TAM (Brasil) – 1,077
60. China Airlines (Taiwan) – 1,171
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