Estudo prevê crescimento na adoção de bancos digitais em cerca de 70%, com um mercado potencial de 1,4 bilhão de clientes.
À medida em que a demanda global por serviços financeiros digitais e inovadores acelera, os bancos digitais continuam a ganhar força com milhões de clientes em todo o mundo. Como parte disso, a N26 lançou o “2021 Global Digital Banking Index” (Índice Global de Bancos Digitais, em tradução livre) – uma análise de pesquisas feitas com mais de 47.000 clientes bancários em 28 mercados para explorar as mudanças de atitude dos consumidores em relação ao banco digital.
O índice analisa motivadores e barreiras para a adoção do modelo, as percepções em relação aos bancos digitais e indicações sobre o crescimento do setor nos próximos anos. Além de enfatizar a crescente demanda por serviços bancários simples, intuitivos e convenientes que sejam 100% digitais, o estudo também mostra um enorme potencial de crescimento inexplorado nos próximos anos. O futuro dos bancos digitais parece não apenas brilhante, mas também mais diversificado em sua base de clientes, com clientes do sexo feminino prontas para impulsionar a próxima onda de crescimento do segmento.
Potencial de crescimento e os principais impulsionadores da adoção do banco digital
Nos 28 países onde o estudo foi feito, cerca de 1 em cada 4 pessoas (23%, em torno de 450 milhões de clientes) já possui uma conta bancária digital. Quase metade (46%) dos respondentes que não possuem conta online revelaram que ficariam motivados a adotar o modelo para acessar a experiência do usuário simples e conveniente, com comunicação clara e simples, preços competitivos e recursos amigáveis que os bancos digitais oferecem. As descobertas também sugerem que o número de clientes de bancos digitais pode crescer para cerca de 70% da população nos países pesquisados – potencialmente 1,4 bilhão de pessoas no total.
Nesse sentido, a confiança continua sendo um fator importante para atrair e reter clientes. Com a falta de interação “cara a cara” no espaço online, é particularmente importante para os bancos digitais transmitirem intimidade e humanidade em suas interações.
“É claro que construir e ganhar confiança é um fator significativo no futuro de nosso setor, especialmente porque não temos o legado de séculos que os bancos tradicionais possuem. No entanto, a pandemia mostrou que devemos nos concentrar no futuro, não no passado. É por isso que o N26 está construindo serviços bancários para o século 21 e continua a ganhar a confiança de milhões de clientes em todo o mundo “, disse Alex Weber, diretor de crescimento da N26.
Países que lideram o crescimento no setor
De acordo com o estudo, os três principais países com maior participação de clientes com contas digitais são: Arábia Saudita (54%), Emirados Árabes Unidos (51%) e Brasil (44%). Os países que demonstraram o crescimento mais rápido na adoção do modelo nos últimos dois anos foram Suíça (82%), Brasil (73%) e Austrália (58%).
A Europa fica para trás neste quesito: França (20%), Espanha (15%), Bélgica (13%), Alemanha (10%) e Holanda (8%). No entanto, esses países também viram um grande aumento na população de bancos digitais entre 2018 e 2020, por exemplo, Suíça (82%), Irlanda (56%), Reino Unido (55%), França (53%), Espanha (44%), Alemanha (35%), Bélgica (30%) e Itália (28%).
Mudança no perfil do usuário para uma base mais diversificada
Embora a maioria dos usuários de bancos digitais sejam pessoas de maior renda, do sexo masculino e com idade entre 25 e 44 anos, o estudo mostra o início de uma mudança notável no perfil do usuário quando se trata do assunto. O levantamento mostrou que a Espanha observa uma alta adoção de serviços bancários exclusivamente digitais entre a classe média, dos quais 55% destes têm renda média, seguida de perto pela Itália com 53%. Embora muitos vejam esse público como predominantemente membros da Geração Z, esse não é mais o caso. Na Itália, 45% dos usuários têm mais de 45 anos. Na França, há tantos clientes de banco digital com mais de 55 anos quanto entre 18 e 24 anos – 1 em 5 em ambos os casos.
Outro exemplo interessante é o Brasil, que é o primeiro país com mais mulheres clientes de bancos digitais do que homens (52% mulheres e 48% homens). Muitos países europeus também vêem a lacuna entre os clientes do sexo feminino e masculino diminuindo. Com muitos destes tendendo a uma divisão igual entre os sexos, como na Itália (45% mulheres), Dinamarca (44% mulheres), Suécia (44% mulheres) e Espanha (42% mulheres), o estudo aponta para o papel importante que elas desempenham na adoção do modelo.
N26 Brasil
Mesmo com a ampliação do acesso a serviços financeiros promovida pela primeira geração de fintechs nos últimos anos, o brasileiro ainda não melhorou sua relação com o dinheiro. Não à toa, quase 70% da população tem gasto maior ou igual à renda, segundo o I-SF (Índice de Saúde Financeira), lançado pelo Banco Central e Febraban. Com a missão de promover saúde financeira, a N26 anuncia o plano de lançar a primeira fincare do país.
Após impulsionar a revolução bancária na Europa, o melhor banco do mundo – segundo a Forbes em 2021 – chega ao Brasil com uma equipe 100% local para dar conta das particularidades do país.
“Nos últimos anos, vimos grandes avanços na relação dos brasileiros com os bancos. O acesso digital e o relacionamento mais próximo e centrado no usuário permitiu a abertura de milhões de contas digitais. Mas mesmo assim, a relação do brasileiro com dinheiro não melhorou”, diz Eduardo Prota, CEO da N26 Brasil.
Sobre a pesquisa
A N26 trabalhou com um importante parceiro de consultoria global, cuja pesquisa entrevistou 47.810 pessoas em 28 países, incluindo Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, China – continente, China – Hong Kong, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Malásia, México, Holanda, Noruega, Rússia, Arábia Saudita, Cingapura, África do Sul, Espanha, Suécia, Suíça, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos. Neste relatório, esses mercados são considerados representantes do mercado global.
Os entrevistados eram consumidores de serviços bancários e de seguros que possuíam conta em banco e pelo menos uma apólice de seguro. Eles incluíram várias gerações e níveis de renda. O trabalho de campo foi realizado entre julho e agosto de 2020.
Fundada em 2013 por Valentin Stalf e Maximilian Tayenthal, a N26 é o primeiro banco digital europeu. Após sucesso absoluto na Europa, a empresa chega ao Brasil, em sua 26º operação, para lançar a primeira fincare no país. Com mais de 60 funcionários, a fintech promete resolver uma grande dor do mercado local: a organização e planejamento financeiro com um produto totalmente customizado para os brasileiros.
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