Em reunião do comitê de política monetária (FOMC) realizada no dia 04 de maio último, o banco central dos EUA (FED) decidiu elevar a sua taxa básica de juros em 50 pontos-base, para o intervalo de 0,75% a 1% ao ano. A decisão, desta vez, foi unânime – e veio em linha com a expectativa largamente preponderante nos mercados financeiros.
Também em linha com as expectativas, o FED anunciou formalmente que começará a reduzir o seu balanço de ativos a partir de 1º de junho. Nos primeiros três meses, o ritmo de redução do balanço será de US$ 47,5 bilhões (sendo US$ 30 bilhões em títulos do Tesouro e US$ 17,5 bilhões em papéis hipotecários). A partir de setembro, o ritmo de enxugamento da carteira de ativos será dobrado para US$ 95 bilhões (sendo US$ 60 bilhões em títulos do Tesouro e US$ 35 bilhões em papéis hipotecários). A esse ritmo, o balanço de ativos do FED será reduzido em quase US$ 1 trilhão ao longo dos próximos 12 meses, o que equivale a pouco mais de 10% de seu balanço total de ativos. No ciclo anterior de aperto quantitativo, realizado em 2018-19, o FED reduziu seu balanço em 8,2% nos primeiros 12 meses e promoveu uma redução total do balanço de 15% ao longo de 20 meses. O ritmo de enxugamento anunciado para começar em junho, portanto, será apenas um pouco mais acelerado do que aquele observado em 2018-19, com a redução total da carteira de ativos podendo alcançar quase 20% em 20 meses.
O comunicado da decisão sofreu poucas alterações, com o FED reconhecendo que a atividade segue robusta e que a “inflação continua elevada, refletindo desequilíbrios de oferta e demanda provocados pela pandemia, preços elevados de energia e pressões mais disseminadas de preços”. Ademais, a autoridade reiterou que a “invasão da Ucrânia pela Rússia” traz “implicações para a economia dos EUA que são altamente incertas” – avaliando que “a invasão e eventos relacionados estão “criando pressões altistas adicionais sobre a inflação e provavelmente pesarão sobre a atividade econômica”.
A principal mudança no comunicado foi a introdução de uma frase alertando que o “Comitê [de Política Monetária] está altamente atento aos riscos inflacionários”. Isso sugere que as projeções dos participantes do FOMC para a inflação (e, a reboque, para a taxa básica de juros) devem ter continuado a se deslocar para cima. Vale frisar que, nesta reunião, não houve atualização nas projeções macroeconômicas do FED.
Segundo analistas da LCA – Consultores Econômicos, “o desfecho da reunião do FOMC tende a reforçar a curva projetada para a taxa básica de juros dos EUA. Nosso cenário base contempla: (i) aumentos de 50 pontos-base da FED Funds Rate por reunião do FOMC enquanto o ritmo de enxugamento do balanço de ativos estiver em US$ 47,5 bilhões mensais; e (ii) desaceleração do ritmo da alta de juros para 25 pontos-base por reunião quando o ritmo de redução do balanço passar para US$ 95 bilhões mensais.
Assim, continuamos a contemplar outros dois aumentos de 50 pontos-base, a serem implementados nas reuniões do FOMC de 15 de junho e 27 de julho; e redução do ritmo de elevação da FED Funds Rate para 25 pontos-base a partir da reunião de 21 de setembro. Ademais, continuamos a avaliar que o ciclo de aperto será encerrado na virada de 2022 para 2023, com a taxa básica de juros no intervalo de 2,75% a 3%. Mas alertamos que os riscos de um aperto maior das condições monetárias nos EUA continuam relevantes”.
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