Em reunião de política monetária realizada no dia 07 de dezembro, o Copom – Conselho de Política Monetária do Banco Central manteve a sua taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano. A decisão veio em linha com a expectativa predominante nos mercados. A decisão foi unânime.
O comunicado da decisão mostrou que a avaliação do Copom sobre as conjunturas internacional e doméstica pouco se alterou. A autoridade avalia que o “ambiente externo mantém-se adverso e volátil, marcado pela perspectiva de crescimento global abaixo do potencial no próximo ano, alta volatilidade nos ativos financeiros e um ambiente inflacionário ainda pressionado”, com a “política monetária nos países avançados em direção a taxas restritivas”.
A autoridade notou, ainda, que “a divulgação do PIB apontou ritmo de crescimento mais moderado no terceiro trimestre”, de modo que o “conjunto dos indicadores mais recentes corrobora o cenário de desaceleração esperado pelo Copom”.
As projeções oficiais de inflação sofreram alguns ajustes modestos para cima, a despeito da pequena alta de juros verificada na mediana de projeções da pesquisa Focus no horizonte prospectivo. A projeção para a alta do IPCA em 2022, no cenário de referência, passou de 5,8% para 6,0%. A projeção para 2023 avançou de 4,8% para 5,0% e, para 2024, de 2,9% para 3,0%. A projeção da inflação acumulada em 12 meses até o segundo trimestre de 2024 passou de 3,2% para 3,3%, ainda relativamente próximo do centro das metas para 2023 (3,25%) e 2024 (3%), que já têm pesos equivalentes nas decisões de política monetária.
Em relação ao balanço de riscos, o Copom manteve o mesmo balanço apresentado em sua reunião anterior. Apenas reforçou, conforme esperado, que “acompanhará com especial atenção os desenvolvimentos futuros da política fiscal e, em particular, seus efeitos nos preços de ativos e expectativas de inflação, com potenciais impactos sobre a dinâmica da inflação prospectiva”.
A LCA Consultores Econômicos espera a manutenção da taxa nas próximas reuniões, ao menos até o terceiro trimestre do próximo ano – quando a Selic deverá começar a ser cautelosamente reduzida. Mas o timing da flexibilização da política monetária doméstica dependerá de diversas condicionantes externas e internas, em particular do grau de sucesso do próximo governo em resgatar a confiança dos agentes na condução da política econômica e no reequilíbrio das contas públicas.
Para manter a inflação do IPCA em 5,90% ao ano custou ao governo federal brasileiro, no acumulado em doze meses até outubro de 2022, uma despesa com juros de R$ 573,2 bilhões (6,03% do PIB) – o que significa um aumento real em relação ao PIB de 9,24%, comparativamente ao acumulado em doze meses até dezembro de 2018 de R$379,2 bilhões (5,52% do PIB).
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