Indústria da panificação em Minas espera crescimento de até 10% em 2020

Presidente da Amipão traça expectativas, tendências e desafios para o setor

Depois de um ano de grandes contratempos para a indústria, as perspectivas dos empresários da panificação em Minas Gerais apontam para um 2020 de prosperidade. O indicador de crescimento no Estado registrou alta de 6% no ano passado, em parte devido às questões cambiais impostas na segunda metade do ano. Com um cenário econômico mais favorável, a projeção é de uma evolução mais expressiva para 2020. “Contamos com uma inflação baixa e, por isso, esperamos um crescimento entre 8% e 10% no ano”, afirma o presidente do Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão), Vinicius Dantas.

Segundo ele, os resultados podem ser ainda melhores caso os empresários invistam em processos e produtos que acompanhem a crescente demanda por refeições práticas e customizadas, além da velocidade no caixa para atender o consumidor de forma prática. “As mini porções estão ganhando cada vez mais espaço na mesa do consumidor, que quer diversidade e economia. A indústria 4.0 incorpora tecnologias na atividade industrial. O consumidor está cozinhando cada vez menos em casa. Essas e outras tendências precisam estar no radar do empresário da panificação”, destaca. 

Dantas ressalta que o setor, um dos seis maiores da indústria brasileira, é composto majoritariamente por micro e pequenas empresas que precisam de mais incentivo. “Esperamos que o governo de Minas se empenhe em resolver a questão tributária. Hoje, a tributação penaliza o pequeno empresário e torna desleal a concorrência com os grandes”, afirma. “Estimamos que a cada R$ 9 mil em vendas, o mercado gera um novo posto de trabalho. É um impulso relevante para a economia e deve ser tratado como tal”, acrescenta.

Para Dantas, questões como a expansão do mercado asiático e a alta das tarifas de energia elétrica, do dólar e do trigo são os  grandes desafios a serem superados em 2020. “A indústria que abastece a panificação precisa ser mais consciente, principalmente o setor moageiro, que busca justificativas para a alta dos preços. É inadmissível que o consumidor pague por erros e problemas que não são provenientes da nossa economia, como a taxação de exportações agrícolas argentinas”, pondera.

De olho no acirramento da concorrência com novos entrantes —atacarejos e lojas de vizinhança, por exemplo—, a Amipão aposta em criatividade e qualificação para “driblar” as adversidades. A entidade auxilia gestores e profissionais do setor com a realização periódica de cursos de capacitação, qualificação e aperfeiçoamento. “O empresário precisa entender como a tecnologia e a inovação podem ser úteis para qualificar a mão de obra e melhorar a qualidade do produto”, destaca.

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