Hindemburgo Chateaubriand Pereira Diniz: um dedicado ao desenvolvimento de Minas Gerais

Carlos Alberto Teixeira de Oliveira

Presidente e Editor Geral de MercadoComum

Nas palavras do ex-ministro de Estado de Ciência e Tecnologia José Israel Vargas, “Hindemburgo Pereira Diniz tornou-se personagem pública bem conhecida em Minas Gerais, onde exerceu atividades tão variadas quanto importantes. Elas cobriram setores de planejamento, de que é exemplo a Fundação João Pinheiro, que criou e presidiu na Administração Israel Pinheiro, e depois a presidência do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais – BDMG, cujo Conselho de Administração veio mais tarde a presidir.

Militou intensamente na imprensa mineira, particularmente no “Estado de Minas”, órgão do Condomínio dos Diários e Emissoras Associadas, fruto da criatividade explosiva de Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello, de quem era sobrinho-neto.

Hindemburgo Diniz era jornalista de presença frequente no trato dos mais variados temas, particularmente naqueles vinculados à nossa problemática econômica e social.

 

Seu interesse pela Ciência e, particularmente, pela tecnologia da informação, o levou à criação pioneira de uma indústria de transistor em Montes Claros, região mineira da SUDENE, já nos anos 70 com o apoio inicial do Conselho Nacional de Pesquisa Científica e Tecnológica – CNPq.

A descontinuidade do apoio à inovação entre nós, fruto de profunda incompreensão do papel da criação técnico-científica para o desenvolvimento do País, levou à frustração dessa importante iniciativa.”

Marcelo Bomfim, Hindemburgo Diniz e Carlos Alberto Teixeira na sede de MercadoComum, em dezembro de 2022

Durante muitos anos, mantive uma profunda amizade e relacionamento com  Hindemburgo e ele sempre prestigiou, com a sua presença, os inúmeros eventos e realizações de MercadoComum, fazendo parte, também, do seu Conselho Consultivo, bem como, do Conselho do atual Centro Universitário Estácio de Sá de Belo Horizonte durante a minha administração. Comecei a convivência com ele à época da criação da Transit e, desde então, não mais nos separamos.

Ele também contribuiu, com um depoimento pessoal, ao livro, de minha autoria, intitulado “JK: Cinquenta Anos de Progresso em Cinco Anos de Governo”, lançado em 2006.

Por ocasião da edição do livro Ciência e Tecnologia – Origem, Evolução e Perspectiva, lançado em 2011, tive o grande privilégio de ser convidado pelo Dr. Hindemburgo para escrever a apresentação do mesmo e destaco, a seguir, algumas observações que destaquei daquela obra:

“Para o autor, as novas gerações passarão a viver de forma muito melhor do que a média dos anos atuais, terão um substancial aprimoramento cerebral e estarão livres de doenças e da escassez. Por isso mesmo, só deverão manter apenas a aparência física e tudo lhes será muito mais facilitado.

Quanto às perspectivas para o amanhã, o autor é otimista, a ponto de afirmar que, no futuro, o ser humano não terá as limitações materiais que tem agora, e a era dos robots não pode ser subestimada, podendo surgir o Robot sapiens, muito mais inteligente do que o homem.”

Hindemburgo Chateaubriand Pereira Diniz, faleceu no dia 28 de maio, aos 92 anos e foi velado na Academia Mineira de Letras, na Rua da Bahia, no Centro de Belo Horizonte-MG.

Atuou como presidente do BDMG em duas oportunidades, entre 1967 e 1970; e de 1991 a 1995. Suas ações à frente do banco estadual foram recordadas pela instituição por nota:

O BDMG recebeu com pesar a notícia do falecimento do ex-presidente do BDMG Hindemburgo Chateaubriand Pereira Diniz. Advogado, foi presidente do Banco por dois períodos: entre janeiro de 1967 e setembro de 1970 e novembro de 1991 e janeiro de 1995, além de presidente do Conselho de Administração em diferentes períodos.

O presidente Gabriel Viegas Neto se solidariza com a família e amigos. “Hindemburgo foi um presidente atuante em diversas frentes e valorizou o planejamento e o desenvolvimento de uma economia diversificada. Com um perfil visionário, ele deixou um legado para Minas Gerais que é marcado pela inovação e os avanços no desenvolvimento econômico do Estado durante as suas duas passagens pela presidência do BDMG”, lembrou.

“As marcas deixadas por suas gestões são vistas ainda hoje, tendo atuado sob uma ótica desenvolvimentista e de incentivo à economia mineira. Além da elaboração do Primeiro Diagnóstico da Economia Mineira, que representou um marco no planejamento e se consolidou como referência para o desenvolvimento das políticas públicas, também foi durante a sua administração que o projeto para construção da atual sede do prédio do BDMG se consolidou”.

Primeiro presidente da Fundação João Pinheiro e um de seus criadores, Hindemburgo Pereira Chateaubriand Diniz nasceu em Campina Grande no dia 16 de maio de 1932.  Tendo se formado em Direito em 1954, na atual UFRJ, foi Presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais entre 1967 e 1970, após ter ocupado diversos cargos administrativos em outras instituições. Sua trajetória nesse momento histórico destaca-se por ter sido um homem público formado pelo contexto de consolidação da tecnoburocracia brasileira.

No processo de criação  da FJP, Hindemburgo  pensava em fazer estudos para o Estado, em três áreas tidas como principais: a econômica, tecnológica e administrativa, sendo a FJP oriunda de uma das diretorias do BDMG. 

Também, foi o único presidente da FJP a ocupar o cargo duas vezes. Hindemburgo foi além de primeiro, o décimo presidente da Fundação, quando a recebe em uma situação diferente, já estabilizada e com bons anos de trabalhos desenvolvidos. Com relação à Escola de Governo, ele teve papel fundamental na criação de um projeto pioneiro destinado a formação de especialistas em Administração Pública, por meio de uma perspectiva holística.

Sobre o futuro e o papel da Fundação, Hindemburgo afirmava que: “A Fundação foi feita a partir da desagregação do Banco de Desenvolvimento que o pessoal estabelecia a teoria econômica do estado, a Fundação podia fazer isso de novo, compor o processo dessa natureza, atuar mais na Fundação. Eu sinto a Fundação hoje tímida, não sei se é porque eu estou fora, mas eu sinto a Fundação tímida, não sinto a Fundação presente, gostaria que a Fundação tivesse uma participação nas orientações, pelo menos na área econômica em Minas Gerais”.

Hindemburgo Pereira Diniz iniciou suas atividades profissionais como Auxiliar de Advogado da Divisão Regional do SESI do Rio de Janeiro (1951 -1953). Atuou como Oficial-de-Gabinete, Secretário e Assistente do Ministério da Viação e Obras Públicas, nas administrações de José Américo de Almeida, Lucas Lopes e Rodrigo Octávio Jordão Ramos (1953-1956). Foi, também, assistente jurídico e advogado da Central Elétrica de Furnas (1957-1961); Diretor-Secretário do jornal Correio Braziliense (1961- 1965) assessor de fiscalização e Controle do Governo de Minas Gerais (1966), e coordenador do Projeto Rondon em Minas Gerais (1968-1969). Nomeado pelo Governador José de Magalhães Pinto Presidente do BDMG (1967-1970), foi, ainda, incorporador e Presidente da Fundação João Pinheiro (1970); Diretor da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica – Abinee; Presidente da Associação Brasileira de Empresas do Nordeste (1980) e Presidente da Fundação João Pinheiro (1985-1987). Foi genro do Governador Israel Pinheiro da Silva e cunhado do Deputado Israel Pinheiro da Silva Filho.

Atividades desempenhadas

Presidente do Conselho Consultivo do Condomínio dos Associados

Membro do Conselho Consultivo da Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte

Membro do Conselho Consultivo da revista MercadoComum

Membro do Conselho Curador da Fundação Assis Chateaubriand

Membro permanente do Conselho da ALDE

Fundador, ex-presidente e membro do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Estudos Contemporâneos – IBEC

Membro do Conselho Deliberativo da Fundação Israel Pinheiro

Presidente do Conselho da Fundação José Maria Alkmim

Presidente do Conselho de Administração do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais S.A – BDMG

 

Obras Publicadas

– Da Desapropriação Sociedade de Economia Mista ambas da Editora O Cruzeiro, Rio, 1958 e 1959. respectivamente.

– Uma Sentença de Morte, Editora codecri, Rio, 1980.

– A Monarquia Presidencial – Editora Nova Fronteira. Rio, 1984.

– Microetetrônico e Sociedade: Impactos de Tecnotogias Emergentes, Fundação João Pinheiro, Belo Horizonte, 1986.

– Financiamento do Progresso. Importância da Tecnologia: O Papel do Estado, editado pelo BDMG Cultural. 2002.

– BDMG – Histórico e Desafios – Editado pelo BDMG – 2008

– Federação Hemiplégica e Semidemocracia –A realidade do Brasil, 2 volumes. Editado pelo BDMG. 2009.

– Ciência e Tecnologia – Origem, Evolução e Perspectiva. Editado pelo BDMG – 2011

Silviano Azevedo, Serafim Jardim, Hindemburgo Diniz e Carlos Alberto Teixeira
Ex-presidentes do BDMG, na sede de MercadoComum, por ocasião do 50º aniversário da instituição
Salim Mattar, Carlos Alberto Teixeira, José Luiz, Hindemburgo e Paulino Cícero
Hindemburgo Diniz, Marco Aurélio Baggio e Emerson Fidelis Campos
Jadir Barroso, Hindemburgo Diniz e Carlos Alberto Teixeira

 

Hindemburgo e Glorinha Diniz, Arthur Lopes Filho
Estevão Fiúza, Raul Paixão, Fernando Lana, Djalma Moraes, Hindemburgo Diniz e Marilena Chaves
Carlos Alberto Teixeira, Jayme Vita Roso e Hindemburgo Diniz
Hindemburgo Diniz, Carlos Alberto Teixeira, José Augusto Trópia Reis e Jairo José Isaac.

 

PRÊMIOS E EVENTOS EM DESTAQUE

Encontros em MercadoComum

MercadoComum recebeu na sua sede para um happy-hour, no dia 30 de maio, dois ilustres mineiros radicados fora do estado: Humberto Mota – presidente do Dufry e ex-presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro e da ECT-Empresa Brasileira de Correios, e o jornalista Lucas Mendes, criador e apresentador do programa Manhattan Connection, de Nova York, nos Estados Unidos.  Também compareceram ao evento:  Aguinaldo Diniz, Cyro Mota, Estevão Fiúza, João Carlos Amaral, J.D. Vital, Márcio Fagundes, Paulo Sérgio Ribeiro da Silva e Roberto Baraldi,

 

 

 

 

 

 

 

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