O governo de Minas Gerais divulgou, no dia 7 de março, na página 3 do diário oficial do estado “Minas Gerais” matéria intitulada “Cidade Administrativa completa quatro anos com economia de R$ 121 milhões em 2013” (grifo nosso), destacando que o desempenho indica o alcance de 100% da meta do racionamento projetado a sede do executivo, que abriga 52 órgãos.
Desde quando foi inaugurada, todos os anos seguintes ao completar aniversário o governo mineiro vem divulgando, com ufanismo e como uma grande proeza o fato de aquela iniciativa vir gerando substanciais economia para os cofres públicos estaduais.
Na reportagem deste ano o texto inicial diz: “A Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves completou, na terça-feira (4), quatro anos de funcionamento com bons motivos para comemorar. Entre eles, a economia de R$ 121 milhões registrada em 2012, com a manutenção dos serviços da administração estadual.”
Sabe-se que tal empreendimento público custou ao tesouro estadual, à época de sua construção, cerca de R$ 1,2 bilhão que, somado a outras obras posteriores – como viaduto de acesso etc totalizaria em torno de R$1,5 bilhão – valores não corrigidos para os tempos atuais. Há de se acrescentar, ademais, que somente a correção de tal valor pela inflação medida pelo IPCA – de 26,44% nesse período – levaria o preço da mega obra, nos dias atuais, para cerca de R$ 1,9 bilhão.
Minas Gerais detém a 2ª maior dívida junto à União, sobre a qual incidem anualmente juros de 7,5% mais a correção através do IGP-DI que, no passado, foi de 5,52%.
Portanto, se o governo mineiro tivesse tido a decisão de empregar o dinheiro aplicado na construção da Cidade Administrativa e o usasse na amortização de sua dívida com a União – somente nessa conta teria economizado no mínimo R$ 195,300 milhões – valor muito superior ao apregoado de R$ 121 milhões e, ainda, não considerando o reajuste do valor patrimonial que seria corrigido pela inflação do período – o que ampliaria significativamente ainda essa economia.
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