Em meio a um bombardeio incessante de imagens e notícias, a vivência no mundo contemporâneo se mostra conflituosa. Dúvida e caos sobem ao palco. Como dar vazão a esses sentimentos angustiantes? Como resistir às opressões cotidianas?
Para o artista plástico mineiro e contemporâneo Mateus Moreira, as respostas se manifestam em tinta. Na exposição “Desolação”, situações que carregam significados ambíguos na memória humana e na própria existência do artista tomam forma em 15 pinturas a óleo. Cada obra nasce de um impulso inicial, catártico, incerto, gestual e necessário, para, então, se transformar em paisagem.
O artista destaca que o próprio espaço da imagem começa a sugerir suas condições, como as diversas possibilidades de cores, formas e acidentes pictóricos. “Identificar-me nesse processo é fundamental. É necessário perceber o que há de mim ali, ainda que eu não tenha a compreensão dos significados. Existe algo inconsciente que deseja se manifestar em tinta, e eu realizo inúmeras tentativas até que o todo esteja em união”, afirma.
Com referências artísticas como os pintores Claude Monet (que desbravou o universo da luz e da paisagem) e Alberto Giacometti (que teve a coragem e a persistência de migrar sua obra do surrealismo para o expressionismo ). Sua pintura nasce abraçando a intuição, por meio de gestos rápidos e misturas fluidas. A cor surge da primeira tinta
que suja o pincel na paleta. O tom predominante e a luz determinam a construção dos acontecimentos, em formas pictóricas que, ao final, resultam na obra singular do artista. “O processo de experimentação é constante e a despretensão é intrínseca. Quando o acúmulo de cores e matéria me intuem a parar, me distancio desse delírio”, explica.
A mostra, montada na Piccola Galleria, está em cartaz até 28 de novembro e pode ser visitada virtualmente. Além de um tour virtual, serão oferecidas visitas virtuais mediadas (transmissão ao vivo), com inscrições gratuitas pela Sympla.
A exposição “Desolação” é uma realização da Casa Fiat de Cultura, com apoio do Ministério do Turismo, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, patrocínio da Fiat, do Banco Safra e da Gerdau, copatrocínio da Expresso Nepomuceno, da Sada, do Banco Fidis e do Mart Minas. A mostra tem apoio institucional do Circuito Liberdade, do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico (Iepha), do Governo de Minas e do Governo Federal, além do apoio cultural do Programa Amigos da Casa, da Brose do Brasil e da Brembo.
*Advogada, especialista em Cultura
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