COPOM decide diminuir os juros em meio ponto percentual

Analistas comentam sobre tom do comunicado e sobre como ficam os investimentos agora

O Copom – Comitê de Política Monetária do Banco Central se reuniu no oitavo e último encontro do ano para anunciar a decisão sobre a nova taxa Selic. O comitê decidiu pela queda de 0,50 pp com a redução dos juros de 12,25% para 11,75% ao ano. Este é o quarto corte desde agosto, quando o comitê iniciou o processo de queda de juros.

A seguir, algumas repercussões sobre o assunto:

Vinicius Moura, economista e sócio da Matriz Capital declarou que “o tom veio bem positivo com uma expectativa de mais reduções futuras, no plural e não no singular, o que anima o mercado. O comitê defende a manutenção desse ritmo de 0,50 pontos percentuais. E para as decisões futuras, mais uma vez mencionam as expectativas de quanto aos dados de inflação futura, de acordo principalmente com a questão do movimento fiscal hoje no Brasil. Afirmam que a ancoragem das metas fiscais para as expectativas é necessária para que a gente mantenha esse ritmo. E, no meu ponto de vista, veio uma ata bem prudente para o momento atual. Na minha opinião, deu bastante destaque também ao mercado internacional e à necessidade de desinflação também no exterior para que a gente tenha esse movimento desinflacionário aqui no Brasil. E, no meu ponto de vista, veio um comunicado bem brando, bem tranquilo. Não veio nenhum ponto para chamar atenção que traria preocupações quanto às expectativas da taxa de juros para as próximas reuniões.

E com a expectativa de menor queda de juros lá fora também, eu acredito que o Ibovespa deve ter um ritmo de alta amanhã porque basicamente não veio nada que traga algum comprometimento para o mercado local. E nesse cenário, se mantida essa questão da redução da taxa de juros no plural, as empresas mais alavancadas devem se beneficiar um pouco mais com uma redução das suas dívidas.

Um ponto que eu achei interessante ali é a questão da expectativa de menos crescimento para o próximo ano. Então, isso é visto por todos os players econômicos e foi algo comentado agora na reunião do Copom. E, também, reforça que a redução de inflação nos outros países é importante para que a gente consiga fazer esse movimento de redução de taxa de juros de uma forma mais consistente aqui também. Aqui o mercado está muito propício para uma redução mais forte da taxa de juros. O que a gente precisa na realidade, no momento atual, é uma redução de inflação lá fora para que a gente consiga fazer uma redução de taxa de juros mais consistente e em ritmo mais forte no Brasil.”

COPOM decide diminuir os juros em meio ponto percentual.

Como ficam os investimentos agora?

Para Caio Canez de Castro, especialista em mercado de capitais e sócio da GT Capital “a decisão veio de acordo com o esperado. A partir de janeiro poderemos ver algumas demonstrações com relação a aceleração nos cortes.

Apesar de estar em queda, a taxa Selic ainda segue em patamares altos e isso ajuda a renda fixa a se manter um investimento atrativo. Além disso, a renda fixa possui um acréscimo que são os prêmios de risco e estes seguem em patamares altos. Isso segue atraindo recursos dos investidores.

Nesse cenário, os ativos prefixados, principalmente para o longo prazo, já que é dada como certa a redução da Selic, já estão precificando boa parte dessa queda, por isso para curto prazo os mais atrativos são os pós-fixados atrelados ao CDI.

Investimentos atrelados ao IPCA, apesar das excelentes taxas praticadas no mercado, são os menos atrativos, pois a meta de inflação segue muito baixa e por consequência a expectativa também. Para o investidor mais conservador os títulos atrelados ao IPCA são muito importantes, pois oferecem um retorno real, ou seja, com taxas sempre acima da inflação, mas a tendência é que esse retorno seja menor que o CDI por um tempo.”

Ricardo Jorge, especialista em renda fixa e sócio da Quantzed, casa de análise e empresa de tecnologia e educação para investidores afirma que “sem dúvida, a renda fixa continua atrativa com Selic a 11,75%. Ainda mais em um cenário de juros altos nos EUA, a renda fixa global tende a seguir atrativa há algum tempo. Sem falar que qualquer taxa maior que 10% ao ano não é de se jogar fora.

Sigo na linha de que para o investidor pessoa física as incentivadas são as melhores escolhas. LCI / LCA ou mesmo debêntures incentivadas. A recomendação é escolher bem o emissor e não extrapolar o limite do FGC porque são produtos isentos e de baixo risco. Outro ponto é que eles geralmente pagam mais que outros investimentos como os CDBs e títulos públicos, por isso vejo mais vantagens. Os prazos variam em função da necessidade de caixa de cada investidor, mas no geral, esses investimentos possuem opções de três meses a 1 ano. Lembrando que em vários casos o dinheiro fica preso até o final, logo, é preciso investir o que não irá precisar de liquidez. Já para recursos com liquidez imediata, os CDBs são as melhores opções. Ainda acredito também nos prefixados de três anos aproximadamente. Os ativos ligados à inflação também são boas opções para quem quer se proteger. O importante é o investidor ter uma carteira bem diversificada e se atentar bem para os prazos e liquidez.”

Rodrigo Cohen, analista CNPI e co-fundador da Escola de Investimentos, empresa de educação financeira admite que “a renda fixa vale a pena com o juro real que se ganha, não com juro nominal. Nossa Selic ainda está em um nível alto e a inflação está caindo junto, proporcionalmente. Então, enquanto a Selic está lá em cima ainda, mas a inflação caindo junto, o juro real, que é a Selic menos a inflação, ainda é alto. Então, mesmo com o novo corte da Selic, acredito que ainda vale a pena investir em renda fixa sim, pois ainda estamos em patamares bons de juros que remuneram bem o investidor.

Para 2024 o ciclo de corte deve se intensificar sim, na minha opinião, se o mercado mundial e do Brasil melhorar. Lá fora a gente tem uma expectativa de queda dos juros a partir de março. A bolsa CME já aposta que juros nos EUA devem cair entre abril e maio. E com isso, a gente também tende a ter um cenário mais positivo aqui. E aí com isso, a Selic pode cair mais em ritmo até maior.

Até que a gente tenha, na minha opinião, uma Selic em 7%, por exemplo, ainda assim na minha opinião vai valer a pena se a inflação cair junto. Só que aí é aquele negócio. Selic caindo muito, a gente tem bolsa subindo e fundos imobiliários subindo. E aí o investidor precisa começar a diversificar.

Já está na hora de começar a olhar bolsa há muito tempo, mas fundos imobiliários também. Nunca é tarde. Para mim, o ideal é sempre preferir ativos atrelados ao IPCA. Os ativos prefixados, na minha visão, só valem quando a Selic está muito lá em cima e a gente não tem expectativa de novas altas. Mesmo assim é um risco. O pós-fixado pode ser uma boa alternativa, mas o investimento pode sofrer com a inflação, caso venha a subir.

Na renda fixa, temos a marcação a mercado. Muita gente acha que no Tesouro Direto pode-se retirar o investimento com liquidez diária. Não pode. Tem a marcação a mercado. Inclusive, pode até ter prejuízos mesmo sendo renda fixa. Em muitos casos, será necessário deixar o dinheiro até uma data determinada, ou seja, investir no longo prazo para não correr riscos de prejuízo.”

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