O Brasil deve alcançar uma produção total de 33,58 bilhões de litros de etanol, o que representa um aumento de 23,3% ou 6,3 bilhões de litros, em relação ao período passado. O recorde se mantém também para a quantidade de etanol hidratado, com 22,99 bilhões de litros, ou seja, 41,5% ou 6,7 bilhões de litros a mais que o ciclo anterior. Este cenário confirma o novo recorde de produção de etanol para o país, batendo o índice anterior de 30,5 bilhões na safra de 2015/16. No hidratado, o maior valor até então alcançado havia sido de 19,6 bilhões de litros, na safra 10/11.
Os dados são do 4º levantamento da Safra de Cana-de-açúcar 2018/2019 divulgado nesta terça-feira (23) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O estudo mostra também que houve redução com relação ao anidro, que é utilizado na mistura com a gasolina. A produção ficou em 10,59 bilhões de litros, 3,7% a menos que no período antecedente.
De acordo com o superintendente de Informações do Agronegócio da Conab, Cleverton Santana, o aumento na produção de etanol nesta safra deveu-se, principalmente, à queda de preços do açúcar no mercado internacional e a um cenário mais favorável para o etanol no mercado interno, frente à alta do dólar e do petróleo. “Esses fatores fizeram com que as unidades de produção aumentassem a destinação de cana-de-açúcar para a produção de etanol nesta safra”, explica.
A safra da cana foi de 625,2 milhões de toneladas, apresentando redução de 1,3% em relação à anterior de 633,26 milhões de t. No caso da produção de açúcar, esta atingiu 31,35 milhões de t, um decréscimo de 17,2% ou 6,5 milhões de t, se comparado à temporada passada. A área colhida ficou em 8,59 milhões de hectares, o que representa uma diminuição de 1,6% se comparada a 2017/18.
Na região sudeste, principal produtora do país, com São Paulo e Minas Gerais abrangendo quase 64% da produção nacional, a produção total foi de 402,8 milhões de t, uma redução de 3,5% em relação à safra 2017/18, por problemas climáticos e devolução de terras arrendadas.
Nova safra – A pesquisa realizada em campo, que permitiu a coleta de dados por parte dos técnicos da Conab para este estudo, servirá também para a divulgação do 1º Levantamento da Safra de Cana-de-Açúcar 2019/2020. “A cana-de-açúcar é uma cultura semi-perene, não é necessário que seja feita toda a sua colheita para que haja um replantio”, explica Cleverton. “Isso nos permite aproveitar a viagem a campo para realizar duas pesquisas distintas: uma de fechamento da safra atual e outra de estimativas para o início da próxima”, explica o superintendente.
A divulgação do 1º Levantamento da Safra de Cana-de-Açúcar 2019/2020 será no dia 7 de maio, em Brasília. Clique aqui para acessar a íntegra do Boletim de Cana 4º Levantamento.
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