O mais recente levantamento do índice iCFO Saint Paul Escola de Negócios e IBEF, com mais de 100 executivos de empresas nacionais e multinacionais, chega atualmente ao patamar de 126,7 pontos, tendo viés de otimismo aproximadamente 7% acima do período anterior. Percebe-se, assim, que o CFO tende a vislumbrar para os próximos 12 meses otimismo geral – para o país, setor e empresas. A expectativa média dos CFOs, quanto às variáveis macroeconômicas para os próximos 12 meses, apresentaram inflação de 4,1%, câmbio a R$ 3,90, Selic 6,9%, e PIB de 2%. Ou seja, eles ainda esperam aumento da Selic em 0,4 pontos percentuais
O objetivo desta edição especial foi analisar diversos momentos político-econômicos enfrentados pelo Brasil, que passou pelo impeachment, eleições e início do mandato do presidente eleito. À época das eleições, os CFOs se encontravam apreensivos diante das possíveis incertezas decorrente de mudanças no ambiente político. Já após as eleições e divulgações de informações públicas sobre pretensões do novo governo, percebe-se tendência de aumento no otimismo.
“Além de representar importante indicador antecedente para a atividade econômica, na análise com indicadores macroeconômicos selecionados identifica-se relação direta entre a evolução do índice e o investimento produtivo – principal motor de crescimento econômico”, afirma Eliane Teixeira dos Santos, professora da Saint Paul.
Mas apesar do sentimento de otimismo verificado na última pesquisa, o índice ainda não atingiu o ponto mais otimista já observado, talvez em função do ambiente de incertezas que ainda permeia a aprovação de reformas relevantes para a retomada do crescimento, como a da previdência.
“O investimento produtivo é o principal motor de crescimento econômico, e está apresentando baixo dinamismo, primeiro porque o governo não tem recursos para investir mas, principalmente, porque o setor privado ainda não retomou a confiança para colocar dinheiro em investimentos que terão retorno no médio ou longo prazo. Por isso as reformas estruturais, como a da previdência, são cruciais para a retomada do crescimento econômico – porque são elas que irão reativar a confiança dos empresários, o investimento produtivo e, consequentemente, o PIB”, afirma a professora.
Dentre os pontos de preocupação, os que mais se destacam são demanda de mercado interno (21,7%), competividade e atuação da concorrência (12%), estrutura tributária (12%), custos de insumos (9,8%) e atração, retenção e motivação de talentos; custo de mão-de-obra; e acesso a recursos financeiros (funding) 7,6%.
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