Casos de sífilis aumentam 39% em Belo Horizonte

Em 2021 foram 4.364 novos casos, cerca de 1.200 a mais que no ano anterior

Dados divulgados pela Secretaria Municipal de Belo Horizonte apontam um crescimento de 39% no número de diagnósticos de sífilis na capital. Segundo o levantamento,  no ano passado foram 4.364 casos, contra 3.127 do ano anterior. São cerca de 1200 casos a mais só na capital. O aumento também é notório no contexto nacional. Em 2010, o Brasil diagnosticou quase 4 mil casos de sífilis, já em 2020, o número saltou para cerca de 115 mil – um aumento de 29 vezes em 10 anos.

Segundo o médico urologista Dr. Carlos Vaz, o aumento de casos da sífilis é preocupante: “a volta da sífilis é um problema, já que o tratamento do paciente tem sido mais complexo, pois a doença está a cada dia mais frequente e com maior resistência ao tratamento com antibióticos. Agora temos uma espécie de “sífilis resistente” que pode ser perigosa se não tratada corretamente”.

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) com grande chance de cura quando devidamente tratada. A doença quando diagnosticada precocemente pode ser tratada em questão de semanas, mas nos casos mais resistentes ou de diagnóstico tardio pode levar até dois anos para ser totalmente curada. De acordo com o Dr. Carlos, o tratamento mais comum é o uso de penicilina, antibiótico que trata doenças causadas por bactérias sensíveis.

O teste para sífilis e outras ISTs está disponível de forma gratuita nas unidades de saúde em todo Brasil. A prevenção ainda é a maneira mais eficaz de se proteger desse tipo de doença “é preciso usar preservativo e isso precisa ser mais difundido entre os jovens, que muitas vezes não têm dimensão do perigo das ISTs e se “aventuram”. Os casos de sífilis não param de crescer e é preciso conter a situação, sobretudo na faixa etária dos 20 aos 40 anos, onde a incidência da doença é maior”, completa Carlos.