O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, projetou que o país terminará o ano com a inflação dentro do esperado, podendo atingir 5,1% do Produto Interno Bruto, e afirmou que 2021 vai ser conhecido como o ano de concessões e privatizações no Brasil, ao citar agenda ecológica que conta com 117 ativos a serem negociados. Sachsida fez essas declarações no webinar “Brazil’s Mid-Year Economic Outlook: Perspectives and Predictions” que aconteceu no dia 9 de junho e foi organizado pela Brazil-Florida Business Council, Inc.
Adolfo Sachsida disse em sua exposição, que se o PIB vai crescer 3, 4 ou 5, e que isso é uma questão secundária. “O fundamental nesse momento é focar na qualidade, crescer de maneira sustentável, visando um longo prazo.” Foi então que o secretário de Política Econômica, explicou que é uma questão de tempo até que as projeções do PIB de 2021 cheguem à casa dos 5%.
No entanto, Sachsida alertou que as piores altas nos preços acontecerão nos meses de junho e julho. Segundo os dados do Índice de Preços do Consumidor Amplo, que mede a inflação no país, a alta acumulada é de 6,76%. Mas o secretário afirmou que confia que o Banco Central que faz um excelente trabalho para conter o avanço do índice.
Quanto às políticas adotadas pelo governo federal, Sachsida avaliou um saldo positivo. “Estamos no caminho certo, temos que insistir na estratégia de consolidação fiscal e aprovar as reformas pró-mercado, para aumentar a produtividade da economia. E garantir uma retomada a longo prazo.”
O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia defendeu as ações estabelecidas desde o início do governo, ao seguir uma agenda rígida de controle das contas públicas e reformas que estimulem investimentos no país, além de atuar fortemente em ações específicas para combater os impactos da pandemia da Covid-19.
Adolfo Sachsida ressaltou todo o apoio que têm recebido do Congresso Nacional na pauta apresentada pelo Ministério da Economia.
Debate entre os convidados
O webinar “Brazil’s Mid-Year Economic Outlook: Perspectives and Predictions” teve como objetivo debater o cenário e as projeções para o crescimento econômico brasileiro este ano, depois de um índice de atividade econômica do banco central, onde se observou que a maior economia da América Latina se expandiu no primeiro trimestre.
O evento reuniu economistas e analistas renomados que compartilharam suas percepções e previsões para o futuro, entre eles: a moderadora do fórum, Lisa Schineller, diretora-executiva para rating soberano da S&P Global Ratings, Alberto Ramos, economista-chefe do Goldman Sachs para América Latina; Cassiana Fernandez, Economista chefe do J.P. Morgan no Brasil, Andre Loes, Economista-Chefe do Morgan Stanley para a América Latina, e Sueli Bonaparte, Founding President & Chairwoman da Brazil-Florida Business Council, Inc.
O convidado Alberto Ramos, assegurou estar otimista com as exposições, porém externou uma preocupação, a falta de uma agenda com maiores progressos.
Ramos falou sobre o crescimento do PIB no primeiro trimestre, já que, diferente do ano passado, não houve tantas restrições que impediram o funcionamento das atividades econômicas no país. “O mercado estava esperando um maior impacto do PIB, que cresceu 1,2% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o último trimestre do ano passado”.
A moderadora do fórum, Lisa Schineller, completou que o governo tem atacado a agenda visando desafios a longo prazo.
Andre Loes, por sua vez, falou de encontro com Ramos, e salientou que é preciso analisar os pacotes emergenciais para que seja feita uma proposta de valores mínimos, para que cada munícipio tenha demandas voltadas para a educação e a saúde, assim ajustando os gastos governamentais. “Precisamos definir as regras fiscais e criar condições propícias para que esses investimentos cheguem até nós”.
Já Cassiana Fernandez, se mostrou positiva com as perspectivas e a possibilidade de reduzir a inflação abaixo da expectativa e garantiu que é necessário descobrir os erros do processo, verificar quais são os fatores que influenciam os choques que passamos para a retomada da economia.
De acordo com Adolfo Sachsida, o Brasil está surpreendendo o mundo em 2021 com o bom ritmo de recuperação, assim como ocorreu no ano passado, onde especularem projeções de mercado pessimistas que chegaram a indicar que haveria queda de 9% do PIB brasileiro no ano passado, mas o número foi de 4,1%. “Esse resultado foi bem melhor do que o apresentado por muitos países desenvolvidos. Em 2021, os resultados econômicos continuam a surpreender positivamente”, garantiu o secretário.
Sueli Bonaparte, agradeceu a presença dos painelistas e ressaltou a importância do debate sobre o tema para o conhecimento, informação e o desenvolvimento de qualquer país. “Temos que tornar possível e fazer o que é certo. No meio da discussão observei que podemos abordar perspectivas diferentes de maneira digna, assim como fizemos neste evento”.
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