Em entrevista coletiva concedida à imprensa no dia 15 de junho último, em seu gabinete, o prefeito de Betim, Vittorio Medioli, apresentou proposta de parceria público-privada para construção da arena do Cruzeiro na cidade. O projeto será detalhado em reunião com o presidente do clube, Ronaldo Nazário, em breve. O prefeito adiantou, no entanto, que caso o clube mineiro não aceite a proposta, o estádio será construído ainda assim, com a participação de outros agentes.
O projeto da Prefeitura de Betim prevê obra localizada em terreno doado pelo município de cerca de 100 mil metros quadrados, de fácil acesso – atrás do Partage Shopping -, com saída para as BRs 381, 262 e a Via Expressa. A proposta busca construir a segunda arena 100% coberta no Brasil, com público estimado de 45 mil pessoas e estacionamento. O projeto tem como modelo básico o conceito de arquitetura da Arena da Baixada, do Atlético Paranaense, e modelo de negócios semelhante ao do Allianz Parque, estádio que é a “casa” do Palmeiras, em São Paulo. Para isso, a proposta já conta com um investidor europeu interessado na construção.
Durante a entrevista, o prefeito explicou que o projeto está sendo finalizado. “Em breve poderemos detalhar melhor a proposta. Mas, para se ter ideia, seguiremos o conceito da Arena da Baixada, porém maior e totalmente coberta. Um espaço moderno e multiuso, local também para grandes shows, com grandes públicos”.
Vittorio Medioli contou ainda que esteve com investidores em Betim e que a ideia, que surgiu em 2018, foi amadurecendo. “Vários grupos estiveram em Betim. Amadurecemos a ideia com diálogos e hoje, em especial, temos um investidor Internacional que vê a viabilidade do projeto. A prefeitura já tem o terreno. A proposta foi oferecida, então, ao Cruzeiro. Se o clube aderir, não precisará fazer nenhum investimento. Além disso, poderá explorar direitos comerciais semelhantes aos que o Palmeiras detém hoje em sua arena. Poderá comercializar, por exemplo, cadeira, camarote, espaço para propaganda e espaço para a venda de produtos licenciados. Isso, conforme nossos cálculos, possibilitaria uma renda de 150 milhões ou mais, dependendo do uso que se fizer. Além disso, a ideia inicial é que 80% do valor dos ingressos fique para o clube, enquanto 20% fique para o grupo investidor”.
“O Cruzeiro está avaliando. Haverá reuniões nos próximos dias. Já fizemos contato e há interesse. Se aderir, muito bom. Se não, a obra será feita de qualquer forma, pois há a necessidade de um grande empreendimento para eventos em Betim”, acrescentou o prefeito.
Ainda de acordo com Medioli, o investidor prevê um custo de R$ 450 milhões para o empreendimento. “É um projeto relativamente simples, mas ainda há tempo de fazer ajustes com o Cruzeiro e com outros parceiros. Daremos garantia real ao investidor de não ter percalços no processo e de ter custo reduzido, diferentemente do que ocorreu em outras situações em Minas Gerais”, finalizou o prefeito.
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