Andressa Mundim*
A cegueira atinge 0,75% da população brasileira, segundo dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Pode parecer pouco, em porcentagem, mas isso significa que, ao menos, 1.577.016 brasileiros são cegos.
A pandemia impactou diretamente no atraso de diagnósticos e tratamentos de outras doenças para além do Coronavírus. Muitos pacientes tiveram atendimentos, tratamentos, exames e até mesmo cirurgias adiadas por conta das medidas de prevenção. Para ter uma ideia, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 2.5 milhões de consultas oftalmológicas de janeiro a maio de 2020. Este número, em 2019, foi de quase 3.9 milhões.
Soma-se a esse cenário a nossa cultura, que é muito mais baseada no tratamento do que na prevenção de doenças. Geralmente, procuramos um médico quando temos algum problema – nos casos de oftalmologia isso é ainda mais evidente. O que é bastante alarmante, já que, ainda de acordo com a CBO, 74,8% dos casos de cegueira são preveníveis ou curáveis.
Muitas pessoas não sabem, mas a catarata é uma das principais causas de deficiência ocular no Brasil e no mundo todo. E vale lembrar que é a principal causa reversível, ou seja, problemas permanentes podem ser evitados. Geralmente, a doença ocorre com o envelhecimento do cristalino e é mais comum a partir dos 55 anos.
Já a miopia, dificuldade para enxergar longas distâncias, também é outro problema comum entre os brasileiros. As causas são as mais variadas, mas a exposição excessiva e muito próxima das telas de computadores, smartphones e outros dispositivos eletrônicos comprometem bastante a saúde ocular.
Tanto a catarata como a miopia são tratáveis e, se forem feitos acompanhamentos rotineiros, consequências mais graves podem ser evitadas. E existem, hoje, muitas outras opções para além do uso de óculos ou cirurgia corretiva – essa última, assusta muitas pessoas por ser muito invasiva.
Avanços e novas frentes
Nos últimos anos, a medicina avançou muito, especialmente no mercado de oftalmologia. Hoje, existem opções inovadoras como as lentes implantáveis. A palavra implante pode assustar, mas em uma cirurgia de apenas 15 minutos, a pessoa pode ter uma melhoria significativa na qualidade da saúde ocular.
Imagine, ainda, a diferença que esse ponto não faz na vida de um atleta. Acabamos de acompanhar um dos maiores eventos esportivos do mundo – as Olimpíadas. Percebemos que em algumas modalidades, o uso dos óculos ou lentes removíveis não são permitidos e por isso, de alguma forma, pode impactar a performance do atleta.
Uma judoca perdeu as lentes de contato durante a competição e, para continuar, ela encontrou as lentes no tatame, pegou, passou saliva e devolveu ao olho — algo que a colocou em alto risco de contaminação. Mas, no calor da emoção, luta que segue.
O outro caso, que marcou, não é focado no desempenho e sim no resultado, foi de uma atleta canadense, que ao conquistar a medalha de ouro nos 100m borboleta, demorou para perceber a vitória porque estava sem óculos – ou seja, não conseguia enxergar direito o placar.
Concluímos que os casos são muitos e tudo para dizer que: precisamos focar mais na saúde dos olhos. Temos tecnologia e muita inovação nesse mercado, mas tudo depende de um acompanhamento preventivo para evitar casos mais graves e extremos. E você? Quando foi pela última vez ao oftalmologista?
*Gerente de Marketing da Advance
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