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Seguro Garantia pode dobrar de tamanho em 5 anos, prevê Alper

Fernando Cirelli, especialista da corretora, estima que D&O também tem potencial para dar um salto
O Seguro Garantia tem conquistado a cada ano mais espaço no mercado e a tendência é que continue em curva ascendente, com maior demanda, uso intensivo de tecnologia pelas seguradoras e perspectiva de crescimento do Brasil nos próximos anos. A avaliação é de Fernando Cirelli, Superintendente de Linhas Financeiras da Alper, uma das maiores e mais inovadoras corretoras de seguros do Brasil.
Para Cirelli, esse tipo de seguro — que garante o cumprimento das obrigações assumidas pelo tomador com o segurado –, é um dos que mais tem aproveitado o avanço tecnológico: “Está cada vez mais fácil fazer o cadastro utilizando os portais das seguradoras (nesse segmento é emitida uma apólice em cada contrato). Além disso, o pós-cadastro também está agilizado o que facilita demais a emissão da apólice”.
Ele mantém seu otimismo em relação a esse segmento mesmo com o crescimento de apenas cerca de 1% no ano passado nos prêmios emitidos, conforme a SUSEP. Ele atribui essa alta modesta à entrada de novas seguradoras de porte no seguro garantia, o que pode se repetir em 2019 e às taxas mais baixas em consequência do acirramento da concorrência.
Esse cenário, no entanto, não representa um obstáculo para o crescimento expressivo no médio e longo prazos: “Não será surpresa se o seguro garantia dobrar de tamanho em 5 anos, acompanhando o que acontece com o mundo jurídico. A Alper está totalmente preparada para atender essa alta da demanda”. Os prêmios desse segmento somam aproximadamente R$ 2,5 bilhões.
D&O também promete – Fernando Cirelli também enxerga boas perspectivas para o seguro de responsabilidade civil conhecido como D&O, pelo qual as empresas protegem o patrimônio de executivos que são responsabilizados judicial ou administrativamente por decisões que resultaram em prejuízo para terceiros.
Esse segmento, com prêmios totais na casa de R$ 400 milhões, também teve em 2018 a entrada de novas seguradoras e o percentual de sinistralidade é elevado, na casa de 85%.
Apesar desses números, Cirelli está otimista que o segmento continue crescendo, com maior demanda por parte das empresas. “A consciência da importância dessa proteção é cada vez maior. Veja o exemplo do que aconteceu com a Vale em Brumadinho, em que é possível que os administradores sejam acionados, com elevados custos de defesa e de honorários. Em caso semelhante que aconteceu em Mariana a Samarco tinha apólice de D&O para amparar administradores”. Ele recorda que o D&O teve crescimento de 12% em 2018.
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