Receitas das operadoras de saúde cai mesmo com o aumento no número de beneficiário de planos, segundo pesquisa
Receitas das operadoras de saúde cai mesmo com o aumento no número de beneficiário de planos, segundo pesquisa
Receitas das operadoras de saúde cai mesmo com o aumento no número de beneficiário de planos, segundo pesquisa

O crescimento anual dos custos de assistência à saúde e o perfil da população brasileira atuam como fatores determinantes para esse movimento


A cada ano, a sustentabilidade financeira do setor de saúde é colocada à prova devido aos custos de assistência que crescem anualmente acima da inflação e ao perfil da população brasileira. Em 2025, mais de ¾ dos brasileiros entre 20 e 59 anos terão sobrepeso ou estarão obesos, segundo estudo feito pela EY-Parthenon, com base em dados de organizações como IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e Ministério da Saúde. Já em 2030, a estimativa é que esse número chegará a 83% da população.

Além disso, há expectativa de aumento na longevidade dos brasileiros. Nos próximos 40 anos, o número de brasileiros com mais de 65 anos triplicará e chegará a um quarto da população. “Essas perspectivas também impactam diretamente no financeiro do setor. Estima-se que as doenças crônicas custarão ao Brasil US$ 184 bilhões até 2030”, afirma Fabio Schmitt, sócio da EY-Parthenon. 

A pesquisa também indica que, após uma década de estagnação, houve um aumento no número de beneficiários de planos de saúde de 2021 para 2022, saindo de 48,9 milhões para 50,5 milhões. Mesmo assim, o preço elevado ainda é uma barreira para que mais pessoas possam contratar um convênio. “81% dos brasileiros escolheram o alto custo como grande dificuldade para esse tipo de contratação”, explica Schmitt. “E as empresas também consideram o preço como o principal elemento na busca por operadores de saúde para seus colaboradores”, completa. 

Segundo Fabio, “para as operadoras de planos de saúde, o controle da margem se torna cada vez mais relevante, considerando a pressão de preços por parte dos consumidores, o aumento do custo medico e o aumento da sinistralidade, causado pela frequência maior de utilização do convênio pelos beneficiários, principalmente para exames, cirurgias, internações e consultas de alto valor”. 

Ainda sobre questões financeiras, o levantamento aponta que os beneficiários estão migrando para planos mais simples com redução de ticket médio de 4,9%. “Isso é uma das justificativas para a receita líquida das operadoras caiu 2,6% de 2021 para 2022, apesar do aumento observado no número de beneficiários”, explica o executivo. Considerando valores absolutos, essa queda representa uma queda de R$ 245 bilhões para R$ 239 bilhões. 

Aquisições e M&As na saúde

E, como reflexo dessa realidade, o setor de saúde vem sofrendo mudanças, principalmente no que se refere a aquisições e M&As. “Nos últimos anos, tem se tornado ainda mais comum a verticalização e consolidação de competidores das operadoras de saúde”, afirma Luciane Infante, sócia e líder da EY-Parthenon para a América Latina. A executiva completa explica que “o mercado de saúde está caminhando para uma diminuição de players em uma tentativa de fortalecer a operação, já que nas operações verticalizadas, parte ou toda a rede de abrangência assistencial ocorre com recursos próprios da operadora”. 

O estudo da EY-Parthenon reforça o aumento nas transações do setor, que bateu recorde em 2021, com 49 transações de saúde e valor divulgado de US$ 12,2 bilhões. Já no ano passado, as 34 transações movimentaram US$ 2,5 bilhões. 

Segundo Luciana, “se considerarmos as transações concretizadas entre 2013 e 2022, 93% envolveram aquisição das chamadas ‘medicinas de grupo’, que são entidades que operam planos privados de assistência à saúde cujas características não se encaixam em outras modalidades, estando entre elas as seguradoras e as cooperativas médicas”. 


A análise indica que as medicinas de grupo adquirentes apresentam melhor controle de custos, com a manutenção de uma experiência para o beneficiário superior ao mercado. “Essa melhor experiência dos beneficiários e controle de custos ainda não se refletem em maior retorno para os acionistas. De toda forma, as aquisições são uma ferramenta de geração de valor e obtenção de vantagens competitivas no setor de saúde, tendo como palavras-chave tempo e disciplina de execução para atingir os resultados esperados”, finaliza Infante. 

A EY possui dados e tecnologia como viabilizadores, equipes diversas da EY em mais de 150 países oferecem confiança por meio da garantia da qualidade e contribuem para o crescimento, transformação e operação de seus clientes. Com atuação em assurance, consulting, strategy, tax e transactions, as equipes da EY fazem perguntas melhores a fim de encontrarem novas respostas para as questões complexas do mundo atual. 

A EY tem também uma meta ambiciosa de impactar positivamente 1 bilhão de pessoas até 2030, através do seu programa de responsabilidade corporativa, EY Ripples, plataforma que permite que os colaboradores se envolvam em iniciativas comunitárias e sociais mais amplas. Para saber mais como a EY tem gerado valor no longo prazo para seus stakeholders, acesse o nosso relatório EY Value Realized, relatório integrado que apresenta nossos resultados nos pilares do ESG de acordo com as métricas do World Economic Forum – International Business Council Stakeholders Capitalism Metrics.

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