Por Inimá Souza

Ainda é Primavera, que é flores, perfume, alegria. E sempre trazendo temperaturas mais elevadas, e, com elas, o vinho parceiro ideal na Estação, o Rosé ou Rosado.

Discriminado por muitos – até porque são muitos os desavisados que acham que vinho rosé ou rosado é, simplesmente, a mistura de vinhos tinto e branco -, o Rosé vem, no entanto, conquistando, a cada dia, mais e mais apreciadores. Aliás, e só para refrescar a memória, é exatamente um rosé, o português, Mateus Rosé, que se inclui entre os vinhos mais vendidos no mundo.

Geralmente, de textura leve e fresco, é elaborado, em sua maioria, a partir de uvas com pouca acidez, e vários revelam certa doçura, embora tratando-se de vinho seco.

Versátil, pode acompanhar, adequadamente, pratos com alto teor de gordura, embutidos, salsichas, mariscos, pratos com ervas aromáticas, salmão (olha o ajuste de cor!), pescados, e, ainda, bebido como delicioso aperitivo.

Elaborado a partir de uvas tintas, e vinificado como se fosse um branco, com maceração o suficiente para a tomada de cor (a cor do vinho provém dos pigmentos contidos na casca dos bagos das uvas tintas), o vinho Rosé deve ser bebido jovem, aproveitando-se, plenamente, do seu frescor e sabor frutado.

França, Espanha, Itália e Portugal são os maiores produtores de vinho Rosé; e o Brasil, que até há pouco tempo resistia em avançar na sua produção, possui, hoje, rosés dignos de compartilhar a taça de todos os apreciadores de vinho.

Ibravin

Fundado em 1998, o Instituto Brasileiro do Vinho nasceu para representar nossos produtores de uva, sucos, vinhos e espumantes. Constituiu-se, de fato, num importante espaço que reuniu todos os entes diretamente envolvidos na cadeia produtiva, incluindo membros do governo, com o compromisso de desenvolver a vitivinicultura brasileira.

Sediado na cidade de Bento Gonçalves – considerada a capital da mais importante região vitivinícola brasileira, o Vale dos Vinhedos -, foi, sim, o elo entre essa cadeia produtiva, e tinha como principal fonte de recursos o Fundo de Desenvolvimento da Vitivinicultura do Rio Grande do Sul (Fundovitis), formado a partir do recolhimento de taxas junto às vinícolas.

Entre suas atribuições tinha o de promover e divulgar os derivados da uva nos mercados interno, através do projeto Vinhos do Brasil, e externo, com o projeto Wines of Brasil. E, nos últimos 15 anos, inequivocamente, deu ao vinho brasileiro uma nova imagem, dentro e fora do País.

Este texto coloca toda aquela atuação no pretérito, pois, hoje, diante de todas as informações conhecidas, e da realidade presente, o Ibravin, como escreveu Carlos Drummond de Andrade, é apenas uma fotografia na parede. Deixa de existir, em decorrência de problemas de gestão, detectados pelo Tribunal de Contas do Estado, que suspendeu o repasse de recursos para o seu funcionamento. Esses recursos irão, agora, de acordo com o que se noticia, para a União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), passando ela a responder pelas atribuições antes detidas pelo Ibravin. Somemos votos positivos para a Uvibra, na certeza de que o vinho brasileiro continuará conquistando mercado aqui e mundo afora.

Casa do Porto

O espaço de enogastronomia da Importadora Casa do Porto continua sendo uma das boas conquistas da Capital. Amplo e confortável, o espaço tem no happy hour, diariamente, uma clientela cativa a se deliciar com uma gastronomia refinada, servida com vinhos de um portfolio que contempla regiões vinícolas de todos os quadrantes.

Aberto ao agendamento de eventos empresariais e de grupos, o espaço mantém cardápio elogiado, e, entre os sucessos, um leitão à pururuca, de larga tradição por lá. O vinho para acompanha-lo a gente sabe na ponta da língua.

Rio Verde

Em sucessivas degustações a Importadora Casa Rio Verde vem apresentando dezenas de novos rótulos – provenientes das mais diversas regiões, que passam a integrar a sua já extensa carta de vinhos.

Nos encontros realizados nas últimas semanas para o trade e convidados o destaque ficou por conta de dezenas de rótulos portugueses e espanhóis. Entre aqueles, por exemplo, o Dão com belos vinhos do Carlos Lucas, Douro – aqui menciono o D. Graça Rabigato Reserva 2017 (acidez viva, muito frescor, austero, mas delicado e ótima estrutura). Da Espanha, os surpreendentes vinhos da Casa Castillo (Las Gravas 2016, corte de Monastrell e Garnacha, lindo vinho); Castillo Pie Franco 2016, (17 meses em barricas, complexo, saboroso, taninos encantadores), Pulpo Albariño, 2016, Rias Baixas (frutado, grande frescor, final longo, belo vinho). Enfim, um elenco de ótimos vinhos para os bons apreciadores.

Topo do Mundo

No Restaurante Topo do Mundo se come com os olhos. Não as iguarias de um cardápio, que se renova constantemente, agora, pelas mãos do chef, Uamiri Menezes, mas, o cenário luxuriante – tudo o que a vista alcança, que integra a decoração da Casa. Os eventos enogastronômicos se sucedem, sob o comando do casal, Ludmila e Rogério Tamietti, atraindo mais e mais adeptos da boa mesa, com vinhos, naturalmente.

Tim, tim.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da publicação.

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