Ministro da Fazenda Haddad fala de reformas, arcabouço fiscal, Selic e metas de inflação

Em entrevista ao jornal Valor ocorrida em 17 de janeiro, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acredita que a reforma tributária sobre o consumo poderá ser aprovada ainda no primeiro semestre. Num cenário otimista, é ter aprovada na Câmara Federal em abril. A segunda parte da reforma, referente à renda, dependerá da aprovação da primeira. Haddad reafirmou o propósito de promover uma reforma tributária neutra do ponto de vista da carga tributária.

Haddad também acredita na apresentação do arcabouço fiscal ainda em abril. Sua equipe está examinando todas as propostas apresentadas recentemente. O presidente Lula terá de aprovar a proposta da Fazenda para o arcabouço fiscal antes de encaminhar para o Congresso.

Quanto a oneração do etanol e da gasolina, Haddad indicou que as condições melhoraram em relação a 2022, com o fortalecimento do real e o recuo das cotações do petróleo. Nenhuma decisão foi tomada, pois depende do novo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

Haddad não comentou sobre a Taxa Selic. Apenas comentou que os problemas fiscais contribuíram para a Selic elevada. Assim, ele defendeu o solucionamento do problema fiscal, que contribuirá para a harmonização das políticas fiscal e monetária.

A respeito das metas, o ministro da Fazenda defendeu que a meta deve ser exigente para garantir o controle da inflação e factível ou alcançável. Ele destacou que antes de tomar uma decisão sobre as metas, é necessária uma avaliação se está ocorrendo uma convergência para as metas, após dois anos de não cumprimento. Ele afirmou que no momento adequado, conforme o calendário estabelecido essa decisão será tomada. Normalmente, a decisão das metas é feita em junho pelo CMN.

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