Apesar de apresentar índices superiores à média nacional de abastecimento de água e de coleta de esgoto,
Minas Gerais ainda trata apenas 47,6% dos efluentes produzidos. Entre 2014 e 2016, segundo levantamento
da Confederação Nacional da Indústria (CNI), os investimentos em saneamento básico foram R$ 175,11 por
habitante – ante a média nacional de R$ 188,17 –, o que coloca Minas no ranking de estado do Sudeste que
menos investiu per capita no setor.
Para reverter o déficit, alguns municípios têm recorrido a parcerias com o setor privado, como é o caso de
Pará de Minas. Com investimento por habitante de R$ 468,14, a cidade praticamente universalizou os
serviços de água e esgoto. De acordo com dados levantados pela (CNI), o setor privado prevê investir R$ 63,7
milhões em saneamento, nos próximos quatro anos.
Números recentemente divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentaram
outros aspectos das carências em saneamento básico no estado. Segundo o IBGE, 290 dos 853 municípios
mineiros registraram, em 2017, doenças relacionadas à falta de saneamento, o que equivale a um terço das
cidades. Entre as doenças com maior incidência estão dengue, verminoses e diarreia.
UNIVERSALIZAÇÃO DISTANTE – A área de saneamento básico é a mais atrasada da infraestrutura brasileira. De
acordo com os dados mais atuais, apenas 51,9% da população dispõem de serviço de coleta de esgoto e
menos da metade do que é produzido recebe tratamento. Segundo o estudo Saneamento Básico: Uma
agenda regulatória e institucional, da CNI, para reverter esse quadro e atingir as metas do Plano Nacional de
Saneamento Básico (Plansab), o Brasil precisa ampliar em 62% os investimentos no setor, o que significa
aumentar a média anual de recursos para o setor dos atuais R$ 13,6 bilhões para R$ 21,6 bilhões.
O setor produtivo aposta no aumento da participação privada na gestão de companhias de água e esgoto
como o instrumento mais viável para universalizar o saneamento básico no Brasil. Nesse sentido, é
fundamental que o Poder Legislativo converta em lei a MP 844/2018, que institui o novo marco legal do
saneamento no país, e aprimora as normas para o setor privado operar na área de maior déficit de
atendimento da infraestrutura brasileira.
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Donec nec mauris interdum, suscipit turpis eget, porta velit. Praesent dignissim sollicitudin mauris a accumsan. Integer laoreet metus